Capítulo 15

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A noite se aproxima e nós caminhamos pelo píer, rumo ao carro de Sara, que ficou estacionado a poucos metros da ponte. Estamos de mãos dadas e latina firma um sorriso de orelha a orelha em seu rosto. Seu olhar brilha como nunca, ela solta as minhas mãos e corre em minha frente. Vou seguindo lentamente o caminho, esperando a morena retornar com as suas duas mãos ocupadas. Tento distinguir o que era, mas cada vez ficava mais confuso.

Sara chega ao meu lado e só assim pude ver oque ela segura, ela está com dois farolillos voadores brancos, eles eram médios, e reconheci-os porque há um tempo encontrei um daqueles em uma viagem feita á Tailândia. Na sua outra mão a latina segura um isqueiro.

– Vamos soltá-los? – pergunta ela, me entregando um deles.

– Eu não sei... Não sei fazer isso. – digo envergonhada e aceito o farolillo.

– É a coisa mais fácil a se fazer. – ela pega minha mão. – Vem, eu te ensino!

Sara vai me guiando novamente para a beirada, perto do barco.

– Você precisa estica-lo, assim. – ela pega o cordão na parte superior e puxa-o, sigo o seu conselho e faço o mesmo com o meu.

– Tá, e agora? – pergunto.

– Agora é só ascender, vamos soltar juntas okay? – ela sorri.

– Sim, no três... – ascendemos os dois farollilos. – um... dois ... tr...

– Espera... Feche os olhos e faça um desejo. – pede ela.

Atendo o seu comunicado fechando os olhos e imaginado o que eu gostaria de pedir. Não penso mais que duas vezes e começo a lançar o pequeno objeto brilhante para cima. No mesmo instante vou abrindo os olhos e vendo que a latina também soltava o dela.

Ficamos ali, observando os farolillos sumir em meio á neblina da noite sobre as ondas do mar. Sara se junta a mim, colocando sua mão direita sobre o meu quadril, e eu aconchego a minha cabeça sobre o ombro da morena.

– Oque você pediu? – sussurra ela, com um olhar distante.

– Se eu contar não vai se realizar... – respondo, seguindo o mesmo olhar da latina. – Mas oque você pediu?

– Se eu contar... Não vai se realizar. – murmura a latina, no mesmo tom.

Sorrio para ela entendendo o recado. Após ficarmos ali por alguns minutos, decidimos por bem voltar para o carro. A latina vai me guiando pelo caminho, minhas pernas e as minhas articulações ainda estavam doloridas, porém o motivo era o melhor dos remédios. Sento delicadamente sobre o banco de passageiro, minha bunda ainda estava marcada e completamente sensível, a latina começa a rir, vendo a expressão da minha face assim que ela começa a mover o carro sobre as pedras.

– Ainda está doendo? – pergunta ela, olhando seriamente para a estrada.

– Mas é claro, estou assada e ainda por cima, minha bunda quase foi desfigurada por aquele maldito chicote... – cerro os olhos para a latina.

– Em nenhum momento você me pediu pra parar, você se molhou inteira... Então, acho que não tem porque você reclamar! – a latina ergue uma de suas sobrancelhas e solta um sorriso convencido no rosto.

Decido não responder á aquela afirmação, pois eu sabia que ela tinha razão. O caminho seguiu silencioso, pois nossos corpos estavam exausto e precisavam descansar. Sara vai estacionando o carro calmamente na frente da minha casa. Estamos novamente vestidas, o meu vestido completamente amassado, devido a moagem da latina sobre ele noite passada.

Ela caminha comigo pelo jardim de casa, parando em frente á entrada principal.

– Você não vai entrar? – pergunto.

This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora