This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)

Capítulo 25

“Amor? O que é exatamente o amor? Amor não pode ser explicado, ele apenas pode ser sentido. Mas para a pergunta não ficar no vácuo... É aquele friozinho na barriga, aquele momento em que seu coração dispara ao ver a pessoa. Ou a ansiedade que corre em suas veias em um simples toque, ansiar por mais? Sim, amor... amor faz você querer mais! Faz você querer a pessoa ali ao seu lado o tempo todo. Faz seu coração ser forte e ultrapassar seus próprios limites. Você só saberá o que é o amor, quando palavras lhe faltarem e um único nome vir a sua mente. Amar alguém é mais do que um sentimento forte. É uma decisão, um julgamento, uma promessa. É doar-se de todas as maneiras... Mas o amor também machuca, o amor machuca da pior maneira possível... Principalmente quando as pedras surgem do lado da sua prometida, vindo do lado da pessoa que você mais idolatra, a qual mais você quer cuidar... A pergunta que se deve fazer... Será que esse amor vale á pena?”

SARA - PDV

Duas semanas haviam se passado desde que Jessica saiu daquele hospital. A nossa relação estava cada vez mais estranha, onde nenhum tipo de carícia era permitido pela loira. O mau humor da mulher sobre qualquer coisa que eu fizesse era evidente. Mas toda vez que eu perguntava o que estava acontecendo de errado, se era por causa de Emily que ela estava daquela maneira, ela se deitava sobre o silêncio sem me dar qualquer explicação. A cada vez que eu tocava no nome da mulher, era impossível ter uma conversa com Jessica, pois ela se exaltava em poucos segundos, não deixando com que eu terminasse de falar. Emily havia sido indiciada como autora de tentativa de homicídio, sequestro e portadora de arma de fogo. A mulher estava presa, tirando qualquer preocupação que viesse em relação á ela. Algumas brigas ocorreram no começo dessa semana por causa de Charlotte, a loira não concordava de maneira alguma que eu tivesse uma amizade com a garota. Então, pedi a ruiva muita paciência para fortalecermos a nossa relação.

Jessica está se recuperando em minha casa, mesmo contra a vontade dela eu a levei ali para poder estar aos seus cuidados. De imediato ela se negou a ficar no mesmo quarto que eu, então fui obrigada a coloca-la no quarto de hospedes. Um quarto agradável, quase igual o meu. A única diferença era que a paisagem da janela, apontava para o jardim dos fundos. A pintura e textura tinham um tom mais ameno, onde os móveis eram mais claros, compondo uma harmonia mais suave.

O anel de noivado e o colar ainda estão em seu dedo e em seu pescoço, mas é como se nada estivesse ali, como se não significassem absolutamente nada para ela. E isso doía, doía como se eu estivesse revascularizando o meu miocárdio sem nenhuma anestesia.

A cicatriz em seu abdômen estava quase cicatrizada, mas sempre que eu iria trocar os curativos, ela negava o meu toque.

– Jessica eu preciso trocar isso. – pego os gases, as faixas e a fita na maleta, indo em direção á mulher na cama. Sento-me, e com a mão livre vou levemente erguendo a sua blusa. Mas um tapa cai sobre a minha mão, fazendo o ato parar e meus olhos correrem para a loira.

– Me deixe em paz! – retruca ela. – Tire suas mãos de mim! – empurrando o seu corpo para o lado oposto, dando as costas para mim. Um suspiro sai dos meus lábios, sabendo que aquele seria mais um dia difícil. Corro minhas mãos pelo tronco de Jessica, tentando virá-la para mim novamente. – Não me toque! – grita ela, mostrando a fúria em seu olhar.

– Jessica... – suspiro. – Eu só vou trocar os curativos... Você sabe que eu tenho que fazer isso!

– Eu não pedi para você fazer nada, eu não pedi para estar aqui. - ela responde, rispidamente.

– Mas eu quero fazer isso, eu estou aqui, pode contar comigo. – indago, olhando seriamente nos olhos da mulher.

– Me poupe dessa sua boa ação, eu não quero suas mãos em mim. Eu não quero sentir sua pele tocando na minha... Ainda mais depois de tudo... Me deixe em paz! Saia daqui. - Jessica me empurra para trás, e eu me esquivo de sua mão que iria encontrar a minha face a tempo.