Capítulo 31

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SARA - PDV

Acordar foi difícil, levantar então, complicado demais. Ainda mais quando suas pernas e o interior delas ardiam em cada suspiro. Jessica está em cima de mim, com sua cabeça em meu colo. Olho no rosto da loira, onde no canto de seus lábios ela abria um sorriso bobo e inocente. Parei por longos segundos para observar aquele pedacinho de sua felicidade. Com a minha respiração sua cabeça subia e descia, e é engraçado, pois parece aprofundar ainda mais o sono da mulher.

Senti o aconchego da mão da minha noiva em minha barriga, que solta levemente o peso de seus braços por todo local. Elevo uma das minhas mãos, retirando alguns fios loiros que invadiam a sua face, descobrindo a beleza que continha sua inocência imaculada em sonhos. Passos levemente meus dedos por suas bochechas, contornando aquelas lindas covinhas.

Jessica suspira, murmurando coisas para si mesmo, sem abrir os olhos. Sorri, guiando meus dedos para sua boca macia, que na qual se encaixa perfeitamente com a minha.

— Você está encarando. — rosna ela, com sua voz embriagada pelo sono.

— Não tem como. — beijo sua cabeça. — Preciso guardar cada detalhe da sua beleza, amor. — sorrio.

— Mas não quando eu estou dormindo... — ela se desfaz de seu abraço-de-urso e vira para o lado oposto.

Está frio no quarto, e Jessica estava me aquecendo. Não aguento, e em movimentos lentos vou me envolvendo em seu corpo novamente, ficando como uma conchinha atrás dela. Ouço o estralar dos lábios da mulher em minha frente, arrumo mais a minha postura, supostamente para encarar o sorriso que ela acabara de abrir.

— Eu te amo... — sussurro em seu ouvido. Abraçando-a mais ainda.

— Hummm... Eu te amo também... — sinto as mãos de Jessica se envolver nas minhas, entrelaçando aqueles dedos mornos aos meus.

— Preciso ir para casa... — murmuro, acrescentando alguns beijos em seu ombro descoberto.

— Está cedo ainda amor...

— Não está, olhe. — desvencilho-me de sua mão, agarrando cegamente o meu celular na mesinha ao lado da cama. Aperto a tecla, fazendo o aparelho ascender. Entrego-o para ela, mostrando que já se passavam das nove horas da manhã.

— Ah, droga... — rosna Jessica. — Estou toda dolorida. E é culpa sua... Não vou conseguir nem dançar na minha despedida de solteira. — brinca ela, virando-se para mim.

— Eu também estou dolorida... — sussurro, olhando em seus olhos azuis. — Mas eu não estou reclamando, por que o que fizemos ontem... Meu deus... — suspiro. — foi mágico. Não sei como seus filhos não bateram na porta!

— Paredes reforçadas. — ela sorri, passando seus dedos por meus lábios, delicadamente. — Eu também não estou reclamando amor, apenas comentando o estrago prazeroso que você fez na minha... — ela não termina, move sua boca até a minha, emaranhando aqueles lábios macios aos meus; rondeando toda área propensa com sua língua. Respondo ao beijo, dando passagem para que a sua língua se encontrasse com a minha.

— Querida... — descolo o beijo, mantendo uma distância segura para poder encara-las nos olhos. — Isso está mesmo acontecendo? — sorrio — Nós vamos nos casar, amanhã?

— Sim... — Jessica acompanha a minha alegria, sorrindo sem parar. — Isso parece um sonho... — ela beija a minha mão. — Eu vou me casar com você... Vou me casar com uma mulher, cuja qual roubou o meu coração de uma maneira inexplicável... Sara Ramirez, você me enfeitiçou!

— Não me faça chorar logo pela manhã, por favor. — me emociono. — Você sabe que eu sempre... sempre serei sua, e os meus sentimentos, minha alma, coração... Você é dona de tudo aqui. - aponto para o meu peito.

This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora