Capítulo 24

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JESSICA - PDV

Por muitas vezes acordei para logo em seguida adormecer. Neste período que despertei, observei o local onde estava. Era um quarto com paredes claras e uma janela fechada. O local estava claro demais, onde a única cor a se destacar era das minhas vestes. Sentia-me extremamente bem, ali não havia nenhuma dor.

Ouvia uma voz conhecida, de uma mulher, que dizia ao longe: “Por favor, você precisa melhorar... Volte bem para mim”. A voz é acompanhada por uma música. Embora estas palavras fossem ditas com muito carinho, eram ordens. Sentia-me protegida e amparada.

Estou deitada numa cama alta, como as dos hospitais, branca e confortável. Meus olhos abrem e fecham, tentando estabelecer um foco em meio á tanta luz. Até que despertei de fato. Sentei no leito. Virei á cabeça devagar observando o quarto e foi então que vi ao lado do meu leito, sentado numa poltrona, um menino. Quando o olhei, ele sorriu agradavelmente. Apalpei-me, ajeitando-me entre os lençóis alvos e levemente perfumados. Estava vestida com a minha camisola azul-bebê de malha. Arrumei com as mãos meu cabelo. “Onde será que estou?” pensei. Não conhecia o local e nem aquele menino, que calmamente continuava a sorrir. Não tive medo e nem me apavorei. Fiquei calada por minutos, tentando entender. Até que o risonho garoto me dirigiu a palavra.

— Oi, Jessica! Como se sente?

— Bem... – “Calma, esteja tranquila, diante do desconhecido, procure conhecer; nas dificuldades ache soluções”. – meu cérebro respondia as minhas questões de imediato. Senti coragem e ânimo, certamente fluidos que meu corpo me enviava. Confiei. Voltei a cabeça na direção daquele pedaço de gente, olhei-o fixamente e indaguei. — Como sabe o meu nome?

— Jessica é um lindo nome, conheço-a a tempo. – responde ele, retirando um pirulito de seu bolso.

— Onde estou? - pergunto assustada, analisando mais uma vez a paisagem diante dos meus olhos.

— Entre amigos. – realmente me sentia assim. Estava calma. Ter acordado num lugar desconhecido e com aquele estranho ao meu lado pareceu-me natural. Logo eu, que sempre fui tão avessa a estranhos. Interroguei-o novamente.

— Como se chama? - encaro-o, parando o olhar intuitivamente para ele.

— Oliver. Sou seu amigo, mas você ainda não sabe. - ele responde, seguindo seu olhar em minha direção.

— Seus pais são médicos? - Ele não me respondeu, seu olhar tranquilo dava-me calma. Observei-o detalhadamente. Seu cabelo é escuro como a noite. Com sardas pelo rosto, olhos azuis e bem delineados, boca grande e um sorriso encantador. Deixou que eu o observasse. Minutos passamos em silêncio. Até que ousei perguntar. — Estou sonhando ou... estou no céu? – Aquele menino estranho, que por afinidades senti um amigo a velar por mim, continuava a sorrir. Olhou-me profundamente nos olhos. E assim, lembranças de acontecimentos vieram à minha mente. Levando-me para um mundo diferente.

Oque eu via, era uma mulher morena. Onde a qual estava em uma cama, acompanhada de uma loira alta. A morena estava sentindo alguma coisa, as vozes não eram reproduzidas. Mas pelo o que se entendera, pareciam que estavam em um ato prazeroso. Eu parecia estar imobilizada em uma cadeira, onde a cena ficava bem diante dos meus olhos.

Meu cérebro rebobina, e agora a imagem era completamente diferente. Eu parecia participar do ato, onde aquela mulher alta não estava ali. Em meu dedo, continha um anel, que era extremamente lindo, a mesma morena beijava-me, onde a única coisa que eu conseguia ouvir eram sussurros. Onde em um deles, três palavras me chamam a atenção... “eu te amo”... o que aquelas palavras significavam?... E por que elas haviam sido ditas?

This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora