Capítulo 21

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“Você nunca sabe quando vai ser o dia mais importante da sua vida, que aquele dia é o mais importante. Não até que as horas começam a passar e você começa a vive-lo. Não, até que você esteja bem no meio dele. O dia que você se comprometer com algo ou alguém...O dia que seu coração for pisado e amassado por quem você já amou... O dia que você encontrar sua alma gêmea... O dia em que você perceber que não há tempo suficiente... O dia que você descobrir o motivo que quer viver e quer que alguém viva para sempre... Esses são os melhores dias. Os dias perfeitos...”

JESSICA - PDV

Eu não consigo acreditar que Sara estava sentindo prazer com aquela mulher. Meu coração estava completamente despedaçado, a dor era insuportável. Meus olhos despejavam todo o oceano em minha face. Eu preferia não estar ali, prefira a morte ao ter que ver aquilo. No ultimo gemido da latina, imploro desesperadamente para que ela me desse alguma chance que ela não gostava daquilo, mas ao vê-la se estremecer diante do corpo de Emily, foi como levar uma sequencia de tapas em meu rosto.

Decidi manter aquilo internamente, focando somente nas nossas vidas. Eu amo-a como nunca, e quero tira-la dali urgentemente. Após a loira sair do quarto, havia me recordado do canivete que eu tinha pegado antes de sair de casa para me prevenir. Movo meu corpo rapidamente, soltando-me e indo diretamente para Sara.

Assim que a latina beija os meus lábios, uma onda de negação passou por minha cabeça. Senti um gosto que não pertencia a ela, senti o gosto de Emily na boca da minha mulher. Meus pensamentos voam para o presente e meu corpo tenta executar a tarefa de sair dali o mais rápido possível. Mas em poucos segundos criou-se um enorme obstáculos para cruzarmos pela porta, pois a mulher voltara para o quarto e segurava uma nove milímetros em sua mão.

Tensão. Medo. Adrenalina. Ódio. Tudo está sendo misturado dentro daquele quarto. Meus olhos focam-se em Emily, a loira aponta uma arma para nós, enquanto eu estou apenas com um canivete em minhas mãos. Não abaixei a guarda, continuei firme na minha posição. Sara aperta a minha mão, transmitindo a sua insegurança. Meu corpo está completamente trêmulo, minha mão esquerda suava segurando aquele objeto frio.

– Deixe a gente ir Emily... – implora Sara ao meu lado, esticando seu braço e pegando uma camiseta jogada no chão.

– E porque eu faria isso? – ela responde brincando com o objeto, movendo-o de um lado para o outro – Então... Quem quer ir primeiro?

– Sua louca! - grito pra mulher que se aproxima com passos curtos. – Deixe-nos em paz! – a latina pega um short qualquer, ficando vestida novamente.

– Parece que alguém acabou de se oferecer... Hum... Então será você vadiazinha, ajoelhe-se! – comanda ela.

– Eu não tenho medo de você. – cuspo em direção a loira.

– É bom você ter! Porque eu vou te matar, e quando você estiver quase deixando esse mundo, eu vou transar com a sua mulherzinha para você se lembrar dela se deliciando com a minha língua. – ela sorri para Sara.

– Você acha que eu tenho medo de morrer? – digo ironicamente, sentindo a frustração passar por ela se referir a Sara daquela maneira. – Desculpa lhe informar agora, mas eu já estou morrendo. – abaixo o canivete, deixando-me vulnerável. – Então, se você acha que eu me importo com isso, está errada... Você pode até me matar, mas eu não vou implorar por isso, não vou implorar pra você! – solto o canivete no chão. – Minha cova já está pronta, e não foi uma mulher como você que a cavou, não foi uma mulher tão incompetente que me colocou nela... Meu destino já foi marcado. – abro os braços. – E isso, isso aqui só vai adiar... Então eu não vou implorar... Se você quer ouvir alguma coisa de mim... Eu só posso lhe dizer um “obrigado”. – curvo-me, fazendo uma reverência para ela.

This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora