Capítulo 36

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JESSICA - PDV

Exatamente 18 horas de voo não é uma coisa muito legal de se esperar, mas devido ao nosso cansaço semanal acabamos dormindo a maior parte da viagem. O jato particular cruzou o Golfo do México e intercalou uma rota que passava entre o Oceano Atlântico Norte e a República Dominicana.

Sara me perguntou a viagem inteira sobre o local que estávamos indo, mas a minha boca funcionou como um túmulo e ela não conseguiu extrair nenhuma informação que condizia com o nosso destino.

O avião pousa calmamente e a aeromoça sorridente nos guia até a porta principal, abrindo-a logo em seguida. Deixo com que a minha esposa vá em minha frente, para que ela mesmo se surpreenda com a paisagem das Ilhas Virgens Britânicas.

- Oh... Meu... Deus! – a latina murmura para si mesmo e posso ver seus olhos brilharem na penumbra da noite ao encarar o mar logo á frente.

- Gostou? – pergunto, entrelaçando nossos dedos.

- Co-mo não gostar, Jessica, como? – ela me encara, abrindo o melhor dos seus sorrisos.

- Você merece... – sorrio, beijando sua bochecha.

- Onde... – ela olha para os lados, afundando os seus pés na areia. – Onde vamos ficar?

- A casa fica atrás daqueles arbustos... Vá em frente! – pego a chave no bolso da minha calça, e entrego-a.

- Você não vem? – ela semicerra os olhos, dando dois passos para trás.

- Claro que eu vou, mas antes preciso resolver algumas coisas com o piloto e pegar as nossas coisas.

- Quer ajuda?

- Não precisa, querida. Vá conhecer a casa, aposto que vai gostar da banheira... – pisco para ela, Sara abre um riso no canto dos lábios e continha a caminhar pela areia morna.

Suspiro, caminhando até o jato novamente. A aeromoça me cumprimenta formalmente com o olhar e, eu retribuo de imediato. 

Vou até a cabine do piloto e bato calmamente.

- Entre. – a voz grave permite.

- Olá... – murmuro ao entrar. – Eu vim para acertarmos o dia da sua volta, creio que a companhia aérea já lhe informou, mas gostaria apenas de confirmar com você.

- Em dois dias, de acordo com o pedido, não é? – ele não se vira, continua a encarar os controles da aeronave.

- Sim. – respondo timidamente.

- Então, está certo, Srta. Capshaw! Abby vai lhe ajudar com as malas, vamos partir em vinte minutos, preciso reavaliar o meu plano de voo, então, se não for muito... Poderia me dar licença?

Assusto-me com a hostilidade do homem, mas deixo passar, visando o meu estado de alegria.

- Okay. Nos veremos em dois dias.

Caminho em passos rápidos para fora da cabine sem ouvir nenhuma resposta do homem. A aeromoça me espera na porta, ainda sorrindo.

- Srta. Capshaw, eu vou lhe ajudar com as malas, ok?

- Sim, obrigada e pode me chamar de Jessica.

- Não há de que senho... Jessica.

Caminhamos em silêncio até o local onde estão as nossas bagagens.

 – Ele é sempre assim? – pergunto.

- Na maioria das vezes...

- Estranho.

This is Moment: Parte 2 / (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora