"Olhe para os meus pés
Olhe para baixo
A sombra se assemelha a mim
Mas é ela que está tremendo
Ou são os meus próprios pés?
Claro que eu fico com medo
Claro que não está tudo bem
Mas eu sei que, desajeitadamente, eu fluo
Eu voo junto com aquele vento negro"ON - BTS
🌺🐝
SE-RI POV
Voltar para a Coreia era como estar em casa novamente. Ok, isso era óbvio, já que era lá que eu morava mesmo. Mas não se tratava só do meu apartamento. Por mais que não fosse meu país, minha língua e minha cultura, em Seul era onde eu me sentia segura. Onde eu sentia que estava longe de toda maldade e amparada e acolhida por duas das minhas pessoinhas preferidas no mundo.
Que, inclusive, aguardavam notícias minhas.
Assim que o avião pousou no aeroporto de Incheon tirei o celular do modo avião para avisar a Naeri e Michan que já tinha chegado. Mas antes de sequer falar com elas abri uma mensagem de Naeri, que não tinha nada além de um link.
HYBE ABRE VAGAS PARA ASSESSORIA DE IMPRENSA
Abri o site e li a descrição.
A vaga era TUDO que eu procurava desde que terminei a faculdade de jornalismo. E, por sorte, eu preenchia todos os pré requisitos.
Enviei meu currículo naquele mesmo dia, logo que cheguei em casa, mas já tinha se passado um mês inteiro e eu ainda não tinha sido contatada. Com certeza não havia sido selecionada. De novo. E eu tinha certeza que era por causa da foto do currículo. A Coreia era muito restrita, e mesmo com um nome oriental, eu tinha certeza que eles me cortavam quando viam minhas feições ocidentais, o que era totalmente frustrante.
Fiz uma nota mental de começar a enviar o currículo sem foto. Estava cansada de ser julgada por algo tão banal como aparência e nacionalidade porque isso, definitivamente, não diminuía minhas competências.
Enquanto isso o trabalho na Low Classic não parava. Nossa viagem para a Europa alavancou ainda mais a empresa e nos fez fechar três vezes mais contratos do que tinham sido fechados na mesma época do ano anterior.
Naeri não perdia nenhuma oportunidade de dizer que esses contratos só tinham sido fechados por minha causa e, apesar de não responder, Sungmin sempre reprimia um sorriso quando ela falava isso. Mesmo assim eu não acreditava muito, porque foi Sungmin quem fez a maior parte das negociações, eu só apresentei os projetos e tirei dúvidas. Mas da última vez que ela falou isso, saiu de perto logo em seguida e Sungmin chegou perto de mim e falou, pra que só eu ouvisse.
- Ela tem razão, você sabe.
Acho que nunca fiquei tão orgulhosa de um trabalho bem feito.
Nesses dois meses que tínhamos voltado à rotina, após o beijo e a declaração de Sungmin, nada mudou entre nós dois, como ele havia prometido.
No começo fiquei meio receosa, e coisas que antes eram normais entre a gente passaram a me deixar aflita. Mas, astuto como sempre, ele percebeu isso, me chamou em sua sala e abriu o jogo comigo.
"Se-ri, eu falei sério quando disse que não queria que nada mudasse entre a gente. Você não precisa ficar com um pé atrás comigo, porque a partir do momento que você me disse não, é não e acabou. Eu não vou insistir e deixar um clima horrível entre nós dois aqui na empresa. Como eu disse em Paris, prezo muito por você como amiga e funcionária, e jamais colocaria isso em risco insistindo em algo que você já disse que não quer".

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Runaway {Jungkook} +18
FanfictionCONCLUÍDA 💜 Ela queria fugir do passado e começar uma vida nova. Ele queria voltar ao passado e mudar o presente. De forma alguma qualquer um dos dois planejava se apaixonar. Eles não queriam, não deveriam... não podiam. Ela tinha uma história som...