33ª - A festa de fogo

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Patrick Medeiros

Um ano passa rápido, ainda mais quando estamos com quem gostamos... hoje por incrível que pareça era o dia em que tia Eva e tio Nicolas foram mortos pela igreja e por Baltazar. O silêncio de Gabriel e sua falta de ânimo já era sentido desde o início da semana tento poucos risos em seu rosto comigo ou com as crianças.

— Querido? Você não quer tomar café? - Me aproximo dele sentando na cama atrás dele vendo ele assentir.

— Eu só tô sem fome amor.

— Gab... por favor, eu não consigo controlar o Ethan e a Belatriz sozinhos. - Ele se virou me olhando e deu um riso de canto.

— Posso te ajudar com isso. - Disse ele se sentando na cama e beijando minha bochecha. — Eu te amo. - Com pouco consegui fazê-lo sair da cama, assim descemos e entramos na sala vendo os dois rindo e correndo até o Gab.

— Papai... o Ethan comeu toda a geleia de morango. - Disse Belatriz seria.

— Podemos fazer mais querida. - Digo a pegando no colo.

— Papai eu também posso ajudar? - Gabriel o pegou no colo arrumando suas mexas de cabelo e o cheirando.

— Pode sim meu lobinho e quem sabe podemos fazer até mais delas. - Disse ele rindo e nós sentamos na mesa, como de costume Ethan sentou próximo ao Gab e começou a comer tudo enquanto Gabriel ficava apenas olhando para a mesa farta sem comer nada.

— Querido? - Chamo sua atenção rindo gesticulando para a comida.

— Papai o senhor tem que provar esse bolo de sementes, está muito gostoso. - Belatriz riu dando uma fatia a ele que a pegou gentilmente.

— Eu aprendi com minha mãe querida, sua avó. - Olho para ele que ficou de pé rapidamente e antes de dar o primeiro passo Cerberus apareceu na porta da sala e ficou estátua ao ver Gabriel. — O que foi Cerberus?

— Ah... bom não é nada demais e somente coisa minha, volto depois! - Escondeu o papel atrás dele e deu um passo para trás mais Gabriel o puxou até ele pegando o papel. Me levanto também vendo o brasão de Baltazar naquela carta.

— O que e isso?

— Gab isso... quero dizer.

— O que esta tentando dizer Cerberus? - Questiono sério o olhando.

— O Baltazar... digo a igreja dele! Eles vão!

— Eles vão?

— Estão festejando pelo. - Abro os olhos rapidamente mostrando as crianças para ele e ele parou e olhamos para Gabriel.

— Eles... estão festejando!

— Gab as crianças estão aqui. - Falo e ele me olha suspirando, ele estala os dedos e uma das damas chega.

— Leve as crianças para seu quarto.

— Sim senhor.

— Mais papai!

— Ethan querido, o papai só quer conversar com seu pai e seu professor. - Gabriel falou beijando a testa deles que assentiram dando as mãos e saindo.

— Aquele Bispo de um figaaaaaaaa. - Gabriel gritou e o chão tremeu brevemente e depois parou! — Eu vou queimar aquela igreja, vou abrir o véu naquele lugar e abrir espaço para os demônios! Eu quero aquela cidade em cinzas, quero todos ali queimados e mortos. - Me aproximo de Gabriel tocando seu ombro e ele me encara com aqueles olhos vermelhos que saiam um brilho deles como uma espécie de "rabo" igual tinham em estrelas cadentes, respiro fundo o abraçando e ele ficando parado a princípio e logo escuto ele soluçar.

— Está tudo bem... - Acaricio ele cheirando ele é o confortando. — Um pouco de água aqui Cerberus. - Ele correu e me trouxe água para o Gab o acalmando. — Você não precisa fazer isso hoje! Hmmm? Lembra das táticas militares?

— Está induzindo ele!

— Não, estou apenas o acalmando... não se mata um inimigo antes que esteja no campo de batalha.

— Eu... eu só quero que esse dia acabe! Eu ordeno que esse dia acabe. - Ele fungou e o chão tremeu, o vento soou e o claro se tornou escuro, Cerberus correu até a janela e me olhou.

— Está de noite!

— O que que horas são? - Questiono sério acariciando Gabriel e vendo que estava dormindo. — Gab? Vida! Ei acorda.

— Não não... deixe-o, ele se esforçou demais! Ninguem conseguiu passar o tempo tanto assim. - Cerberus se aproximou de mim e dele tocando a testa dele. — Está sem febre e um bom sinal!

— O que eu faço?

— Está de noite! Levei-o para dormir e traga as crianças para jantar. - Falou e me abaixo pegando Gabriel no braços e Cerberus ajudando.

— Ele vai querer conversar amanhã!

— Isso é bom! Talvez estaremos mais preparados para o que ele estiver planejando, e também mais despreocupado.

— Você teme que ele machuque alguém?

— Não Patrick... eu sou um familiar, meu deve e proteger o bem está dele... e isso, vingança nunca vai fazer bem ao Gab!

— Mais nos não podemos fazer nada! Não podemos alterar o que ele deseja apenas ir andando com ele.

— Eu sei, se ao menos tivéssemos a ajuda da mãe dele ou de alguém que fosse como a mãe dele!

— ...

—  Sabe podemos falar com seu avô!

— Cerberus voce sabe que pelo meu avô, todos naquela cidade estariam mortos agora.

—  Sua famila tem uma boa relação com a morte, imagino que deva conhecer ela.

— Não, nunca vi ela, mais eu sei que o Gabriel ja... quero dizzer ele disse que viu uma mulher nos calabolsos do castelo perto dos corpos.

— Não e de se admirar q ela a conheca... mais e agora? Patrick

— Vamos ter que aguardar... novas ordens.

Meu Rei: A Vingança de um Traído Onde histórias criam vida. Descubra agora