Gabriel Moonlight
Talvez seja meu instinto protetor ou talvez o medo do meu filho se tornar algo pior que minha tia... um vampiro? Tão novo, morrer e depois nascer dos mortos.
— Eu conseguiria, te achar em qualquer lugar sabia? - Olho para trás vendo Patrick me olhando e se aproximando. Ele me abraçou por trás tocando meu peito e rindo. — Não fique assim, se calme vamos.
— Me acalmar? Nosso filho quer ser um vampiro e você fala isso?
— Tem algum problema!
— Tenho sim...
— Diga então.
— E se ele se transformar em alguém como a tia Cora? Ou pioro como a Victoria! - Ele me virou por um instante e ficou me olhando e depois começou a rir me apertando.
— Sério? Igual a Tia Cora, amor você já viu o jeito do Ethan... transformá-lo em vampiro não vai fazer ele desenvolver uma personalidade nova, em questão isso só vai transformá-lo é um vampiro. Ele vai continuar sendo o mesmo!
— Não sei não amor! Uma criança!
— ...
— Quero ficar com ele!
— O que ? Não... de maneira alguma, vampiros na primeira noite são imprevisíveis!
— Eu quero ficar com nosso filho e... - Paro ouvindo algo e ficando quieto
— O que foi? Conheço essa cara. - Patrick falou sério
— Você, não ouviu isso?
— Ouvi o que amor?
— Um chamado, um grito de ajuda!
— Amor está ficando confuso! - Ele se aproximou de mim e me esquivei dele.
— Não... olha novamente! - O encaro e ele se aproxima mexendo meu cabelo e encarando minha orelha!
— Não é possível! - Ele olhava elas me deixando curioso.
— O que foi? O que tem minha orelha.
— Não sai daqui! Eu volto já! - Quase como instantâneo ele retornou com nosso avô sério! Meu avô estava com um semblante de gente irritada, aquela capa negra cobrindo todo seu corpo não ajudava
— O que foi? Porque esta assim! - Me afasto do meu avô e ele me mantém imóvel no lugar virando meu pescoço e se aproximando de mim.
— Falta de conversa não foi! - Ele disse irritado encarnado Patrick.
— Mais... mais eu tomei cuidado, eu não fiz nada sem a permissão dele eu juro.
— O que esta acontecendo? - Questiono sem entender entrando na frente de Patrick. Meu avo me encarou pegou um espelho pequeno e me mostrou minha orelha pelo reflexo.
— Veja você mesmo. - Minha orelha sempre escondida pelo meus cabelos agora era um pouco mais pontiaguda como a de Patrick, nela pequenos canais minúsculos que vibravam a todo tempo igual a de Patrick e de meu avo. — Abra a boca. - Abro e ele olha e me mostra o espelho, caninos mais afiados e pontiagudos.
— Eu... eu não sei o que e isso!
— Isso, foi o que aconteceu quando o sangue do Patrick entrou em contato com o seu.
— Mais nunca misturamos nossos sangues. - Digo encarando ele.
— Não da maneira comum, Patrick pode ter furado os lábios quando estava bebendo seu sangue... o sangue de um vampiro pode fazer efeito mais leva tempo e isso explica sua "evolução" tardia.
— Um vampiro? - Questionei olhando minha boca.
— Sim!
— Olha... novamente. - Me afasto deles dois indo para a janela e ouvindo o grito mais sofrido e dolorido. — Ele disse... Rei da Lua?
— Eu não ouvi nada!
— Caçadores, pilha de Carvalho e coqueiro. - Disse meu avo se aproximando.
— Do que está falando vovô?
— E você! Ele está te chamando!
— Quem está chamando o Gab, afinal dá para dizer o que esta acontecendo aqui?
— Tem alguém me chamando amor, parece está sofrendo!
— Patrick vá com o Gabriel. - Ordenou ele.
— Para onde? - Questionou ele sério.
— Para onde aquela fumaça ao sul está vindo. - Ele mostrou um mancha negra no céu, pela primeira vez eu via o céu tão claro é bastante distante.
— Aaaaaa o que e isso? Por que minha visão está assim! - Coço meu olhos sem entender
— Se chama de longo alcance, vai ter que aprender a controlar seu dons de vampiro agora!
— AJUDAAAAAAAAAAA REI DA LUA! - Ouço aquele grito mais forte e agora entrando com força em minha cabeça e encaro Patrick.
— Agora eu ouvi! - Pego sua mão. — Não... eu não gosto de sumir e aparecer em outro lugar. - Fecho meus olhos saindo do quarto e aparecendo em uma floresta ouvindo várias vozes.
— "BRUXO"
— "MORRA SUA CRIATURA"
— "DESPREZÍVEL" - ao fundo o som de sinos tocando e o coro de uma igreja.
— "Majestade se puder me ouvir... eu lhe suplico, SALVE-ME NÃO PERMITA QUE EU MORRA DE MANEIRA TÃO IRRISÓRIA"
— Amor... não! - Patrick tocou meu ombro e afasto um galho a minha frente e vejo aquela cena de horror me arrepiando e voltando para trás.
— Fogo...
— Aaaaaaaahhhhhhhh me ajudeeeeeeee. - Tampo meus ouvidos me ajoelhando no chão.
— Amor vem, vamos embora! - Ouço ao fundo a você de Patrick.
— "CRIATURA DO DEMÔNIO"
— "ALMA MANCHADA"
— "DEMÔNIO"
— Gab... calma vamos embora anda. - A voz de Patrick se misturava naqueles gritos e críticas, o som da madeira crepitando ao fogo, o som dos sinos tocando, o cheiro da madeira queimando o tecido, o cheiro de água benta.
— Sem dor...