Eduard Toker
— As vezes eu me esqueço o tamanho desse castelo. - Entro na biblioteca um dos principais lugares onde sempre Gabriel vivia, sempre lendo, sempre procurando, sempre criando ou aperfeiçoando algo em si ou nos livros.
— Não tinha noção de proporção...
— Grandes pensamentos, grandes vontades. - Me sento perto dele o encarando, ele me olha.
— Eu devo dizer que eu consigo sentir sua energia daqui... parece que está bastante "irritado" com algo!
— Por que as aspas?
— Chateação talvez. - Ele fechou o livro e me olhou!
— Você sabia que aqueles Reis se juntaria a você... finalmente entende porque sua coroa tem nove pontas.
— coincidência vovô. - Falou me olhando.
— Não quando você mesmo viu isso... - Ele suspirou estreiou o olhar ele encarou.
— Não vi eles, apenas deduzi que meu reino teria mais oito aliados, a nona ponta sou eu! - Ele riu.
— O que te incomoda? - Questiono o encarando.
— Como?
— Você pode enganar qualquer um aqui, mais não a mim... sinto o cheiro que você faz quando está incomodado, seu jeito e sua tensão.
— ...
— Tem haver com a viagem ao reino?
— Basicamente. - Ele ficou de pé pegando um pergaminho e me entregando.
— Onde achou isso?
— Foi me dado, como presente.
— A anos não vejo um pergaminho desse, magia antiga...
— Sim, consigo sentir a força nele.
— Não consegue?
— Pelo que entendi eu preciso de um coração corrompido ou um puro. E nem eu sei onde meu coração está agora. - Disse ele sério.
— Está entre aquela cidade e suas vontades. - Me levanto indo até ele que estava próximo a janela. — Você fez um belo mundo aqui, tem pessoas que o ama, tem uma vida boa é perfeita e deu qualidade de vida para as pobres almas que te cercam. Mais ainda sim você é você, não existe bem ou mal, não existe certo ou é errado.
— Não ficou claro o que quis dizer. - Ele riu me olhando.
— Faça o que você quiser, queime a igreja com todos dentro... salvem aqueles que foram contra o show de horrores que lhe foi presenciado.
— Eu não sei como fazer isso!
— Da mesma forma que consegue fazer as chamas de uma lareira aumentar consegue fazer o fogo crepitar.
— Não disso... mais das pessoas que não participaram daquele circo de horrores. - Suspiro o olhando e o virando.
— Olho em meus olho fixamente. - Me concentro olhando nos olhos de Gabriel e tocando seu terceiro olho no centro da testa.
— Aiiii o que foi isso?
— Perdão, imaginei que seus chácara tiverem abertos.
— Não todos... minha linha é dividida. - Ele colocou a mão na cabeça e olhou em volta. — O que o senhor fez?
— A visão... talvez uma dádiva que você devesse ter conquistador sozinho mais ainda sim é bom para você.
— Consigo?
— Ver o certo é o errado.
— Não disse que não existe eles?
— Só confia em mim... - E então ele riu e me agradeceu. — O que acha de tentar esse feitiço?
— Há para que? Não vai da certo mesmo. - Ele foi até o pergaminho pegando e ficou encarnado.
— Você agora tem uma visão diferente em demais assuntos, suas perspectiva está mudada agora. - Ele correu pro centro da biblioteca desenhando no chão um círculo. Com magia fez os elementos se posicionarem ao sua voltar e começou a falar o feitiço, ele pegou uma folha de hortelã e colocou de baixo de sua língua e respirou fungo. O círculo começou a pegar fogo, o fogo das bruxas azul e roxo ao mesmo tempo enquanto citava as palavra mágicas seu rolos se moldava nele.
Com um piscar lento de olho Gabriel se transformou, uma cobra de pele preta e de olhos laranjas com manchas vermelhas em sua roupa, grande e alta ele ficou transformar ele se aproximou de mim.
— Agradeço. - Soou com aquela voz de cobra estranha e esguio, ele voltou a sua forma normal rindo e pulando. — AAAAAHHHHH EU CONSEGUI... EU CONSEGUI. - Ele pulava e ria correndo pela biblioteca.
— Isso foi ótimo. - Sorri comemorando com ele.
— Tenho que contar ao Patrick. - Ele riu passando por mim correndo. Talvez eu devesse avisar que Patrick está treinando com Ethan... talvez...