Baltazar Lewis
— O senhor vai deixar essa festa acontecer? - Sou tirado de meus pensamentos por Aang, que entrou na biblioteca me olhando seriamente.
— O que quer que eu faça?
— Não pergunte a mim, o senhor é o rei! Você tem suas vontades.
— Está fora de meu alcance!
— Mais fora ainda é mais uma baixa contra o Rei da Lua!
— Rei da Lua?
— E assim que os outros o chamam.
— A igreja está à frente disso, e ele não saberá. - Ele suspirou me olhando atenciosamente.
— Não subestime ele Vossa Majestade, conversas vão e passam dos muros deste portão!
— ...
— Com sua licença. - Disse ele saindo.
— Não... Quero lhe pedir uma coisa!
— ...
— Mantenha os nobres dentro destas paredes, verifique quando ainda temos de estoque...
— Sobre tudo?
— Centeio, Vinhos e uvas, animais e outros!
— Vamos está preparados para uma outra baixa? - Ele assentiu saindo e me posiciono na janela de vidro olhando a praça decorada e já se enchendo de pessoas, não temem o mal... e acham que a igreja os salvará de tudo! Pode até ser, mais eu tenho certeza que a salvação vem com o sofrimento, fico um tempo admirando aquelas pessoas e logo Aang me volta com os papéis e outros guardas. — Eu espero boa notícias.
— Tranquei os portões e todas as saídas, deixei guardas nas entradas e verifiquei os estoques do palácio.
— ...
— Tenho provisões suficiente para três ou quatro meses, os galpões da cidade estão bem abaixo do limite esperado com provisões que durariam um mês para toda a população.
— E o estoque da igreja?
— No máximo, com frutas, uvas, vinhos, e todas as outras coisas que já esperava. - Olho para a praça vendo a fogueira sendo acesa e ele se aproxima de mim olhando para a janela próxima a minha!
— Acha que estamos seguros?
— Nem nos nossos mais sinceros sonhos Aang. - Ele me olhou apreensivo e olho para os guardas. — Desejo sorte e força a todos nos... porque se essa festa realmente acontecer e sair destes muros não estaremos protegidos.
— ...
— Alguma notícia do reino vizinho?
— ...
— Você excitou!
— Bem senhor... acredita que o reino vizinho tenha se transformado em uma colônia dele.
— Explique-se.
— Os viajantes contam que com a perda de muitas coisas e recursos o rei ficou perdido e então ele surgiu! Em troca de tudo que fez o rei converteu o reino em colônia, deixando a coroa ao Gabriel e se tornando apenas um Grã-Duque.
— Ele tem esse poder, converteu as terras em ducados?
— Foi lhe dado! Ele tem poder sim.
— O reino de Alexandrer sempre foi fortemente militarizado... com esse poder em suas mãos não somos nada para ele. Nossa aliança?
— Desfeita senhor! - Me vejo perdido e sem rumo, Gabriel estava nos cercando de todos os lados para nós deixar a mercê da própria sorte, mal produzimos comidas para todo o reino e com isso...
— Eu sinto muito senhor! - Aang parou e me olhou! — Talvez uma bandeira branca.
— Bandeira branca? Não tem trégua nesta guerra Aang, ele vai nos aniquilar até que não reste nada sobre essas casas! Me sento na minha poltrona respirando fundo e olhando para a taça de água que tinha a minha frente, minúsculas ondas se formaram na água me fazendo aproximar ainda mais dele. O chão começou a tremer também a mesa balançava com tudo sobre ela.
— TERREMOTOOOOOOOOOOO. - Aang gritou é um dos guardas correu para o seguras e o colocou debaixo da mesa comigo e eles ali. O chão tremeu mais assim como surgiu também sumiu, olho em volta vendo coisas e outras no chão e me levanto ajudando Aang também.
— Mais o que? - Me aproximo da janela vendo um clarão azul na direção ao reino de Gabriel! O clarão percorreu o céu e transformou o dia em noite.
— Isso... - Aang se aproximou da janela comigo olhando pro chão! Embaixo a fogueira tinha apagado e o jardim no meio da praça e o da igreja estava em chamas com todos tentando apagá-la, a igreja tinha um rombo no telhado e os vitrais estavam quebrados ou danificados.
— Você tinha razão Aang... ele descobiu! - Digo olhando o fogo consumir.
— Não... não vai ajudá-lo?
— Já tivemos baixas demais! Eu avisei a ele para não brincar com o fogo, mais não ele não só brincou como zombou dele e agora está ali... isso é só o começo Aang, e só o começo...