Capítulo 2

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— Tenho novidades, Any. - Maite entrou no apartamento de Anahi, com a própria chave, jogando as bolsas no canto e alguns papéis na mesa de centro da sala de estar.

— Estou ouvindo - gritou da cozinha - Vai servindo o vinho. Estou levando os crepes.

  Anahi colocou os crepes nos pratos rapidamente e os levou para a sala. Colocou na mesa de centro, deu um abraço rápido na amiga e se sentou no tapete Isfahan, servindo-as com o crepe suíço.

— Me conta sobre esse Alfonso Herrera. - Maite enfatizou cada palavra do nome.

— Não sei nada sobre ele. Não tenho tempo para ler tablóides. Não tenho tempo para dar ibope a esses playboys que nasceram em berço de ouro - resmungou, dando uma garfada no crepe. Gemeu. Estava incrível. Observou Maite comer sem dizer uma palavra. - O que foi?

— Por que acha que ele é playboy que nasceu em berço de ouro? - Maite perguntou após uma longa pausa, tomando um gole do vinho.

— E não é?

— Ah, não, Anahi. Lê esses papeis que eu trouxe - apontou com a taça para os papéis ao lado - O cara é um gênio no mundo dos negócios. O currículo dele supera o seu, sinto informar! É o currículo de um maníaco por controle, por trabalho e nada além disso. - seus olhos brilharam.

— Sério? - indagou, pegando os papéis da mesa, passando os olhos pelo currículo de Alfonso - Como ele conseguiu licenciatura, pós, mestrado e MBA na Harvard?

— Parece que você encontrou alguém superior, minha flor! Quanto antes você aceitar, melhor. O cara tem um QI de dar inveja. E antes que você toque no assunto, ele é bem discreto. Nada de tablóides, nada de fofocas. Os únicos eventos que ele é visto são eventos puramente sociais e quando vai à baladas, nunca fica bêbado para contar história.

— Vida amorosa? - perguntou, intrigada.

— Ele foi noivo há uns cinco anos. Ninguém sabe o motivo do término e a mulher foi embora ninguém sabe para onde. Depois disso, não apareceu em público com nenhuma mulher que não fosse a mãe ou alguma das irmãs.

— Interessante. - murmurou.

  Parece que Alfonso não é um retardado em berço de ouro.

— Tem alguma foto dele? As fotos que têm na casa do senhor Herrera são antigas, então não sei como ele é. Preciso saber quem cumprimentar devidamente amanhã.

— Deixa eu ver - Maite vasculhou alguns papéis e entregou um à Anahi - O cara, definitivamente, é gato para caramba! - exclamou, admirada - Se ele quiser alguém para se divertir, indique a sua amiga - piscou.

  Uau!

  Anahi piscou várias vezes para entender que a imagem era real. Agora entendia o apelido carinho de Dulce: o cara definitivamente era um Deus. Pele bronzeada, olhos esverdeados e redondos, demonstrando uma impassibilidade irritantentemente provocadora, lábios rosados na medida para fazê-la desejar enfiá-los no meio de suas pernas. Um sorriso arrebatador, os dentes brancos e perfeitamente alinhados, mas Anahi percebeu que esse sorriso não chegava aos olhos.

  Os cabelos negros, lindamente desarrumados, convidavam a passar as mãos e puxá-los enquanto ele a fizesse gozar.

  O quê?

  Afastou esse pensamento absurdo, sacudindo a cabeça violentamente e voltou a olhar a foto. As mãos enfiadas casualmente nas calças sociais, seguida por um terno feito sob medida, cobrindo o corpo esguio, mas olhando pelos braços ligeiramente flexionados, tinha um corpo musculoso. Será que ele malhava?

— Ficou interessada? - Maite perguntou sugestivamente, com uma sobrancelha erguida.

— O quê? - Anahi piscou, atônita.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora