Creep da Radiohead preenchia o silêncio quase constrangedor até a Upper East Side. Anahi estava atordoada com o carro terrivelmente opulento de Alfonso. Materiais autênticos como madeiras naturais e couros nos acentos de bom gosto para uma sensação rica e elevada. A cabine generosa se expandia no conforto pessoal. Os assentos aquecidos e refrigerados da frente e os assentos traseiros aquecidos. Expandia as possibilidades com portas maiores e espaço para as pernas adicionais para acomodar confortavelmente até oito passageiros. A área de assento da terceira fila possuía uma tela digital completa de nove polegadas de diagonal e assentos dobráveis que desapareciam rapidamente. O carro era tão bonito que Anahi teve vontade de chorar.
— Me conta sobre você. Você não é americana, certo? - a voz de Alfonso a tirou do transe que Anahi estava ao observar o carro.
— Ah, não. Cidade do México - sorriu orgulhosa. - Nascida e criada.
— E o que te trouxe aos Estados Unidos? Parece uma bela mudança, não?
Anahi estreitou os olhos, evitando o desconforto em falar da sua vida pessoal a alguém que não conhecia há muito.
— Não tinha faculdades que me interessavam lá. Existem algumas referências lá, mas não podemos comparar com Harvard ou Oxford, certo? - riu, gesticulando uma balança com as mãos.
— Certo - ele riu. - E por que ficou?
— Consegui um estágio na H&S no quarto semestre da graduação. Sendo uma empresa renomada, eu seria muito lerda se deixasse a oportunidade passar.
— Meu pai sempre disse que você é uma ótima profissional. Você é formada em Relações Internacionais, certo? - Anahi assentiu com a cabeça. - Você é bastante eficiente, Anahi. Meu pai não costuma dar esse tipo de proximidade aos funcionários. A ninguém, na verdade.
Anahi sentiu um tom de amargura na voz na voz dele. Alfred Herrera, de fato, era um homem frio sobre sentimentos, mas sempre era presente na família, com suas reuniões e festas. Colocou o pensamento de lado. Seja qual fosse o problema, não era da conta dela.
Alfonso estacionou em frente ao prédio de Anahi. Um silêncio constrangedor surgiu quando a música acabou e Anahi pigarreou, estendendo a mão para ele.
— Não vou te morder, Anahi. Não precisa ficar toda tensa comigo - sorriu. - Quero me desculpar pelo meu comportamento. Não é do meu feitio causar uma impressão tão ruim logo de primeira. - riu, desconfortável com a situação.
— Fica tranquilo, Herrera - ela consolou, tentando ignorar as ondas elétricas que o contato das mãos estava transmitindo nela. - Só espero que não tenhamos problemas profissionais. Esse trabalho significa muito para mim.
Ele sorriu e com a mão livre colocou uma mecha rebelde dela atrás da orelha, acariciando o rosto em seguida.
— Não vai atrapalhar - sussurrou. - Nós somos adultos, Anahi - se aproximou, fazendo o pulso dela acelerar. - Sabemos como lidar com essas coisas, certo? - ele olhou os lábios dela e umedeceu os seus em resposta. Um gemido escapou dos lábios dela antes que ela pudesse ajudar. Ele abriu um sorriso malicioso, agarrando gentilmente os cabelos dela. - Você não está nos ajudando, gata.
Alfonso a beijou com seus lábios macios e tentadores. Uau. Definitivamente, uau! Era um beijo confiante e habilidoso, com a quantidade ideal de agressividade. Anahi mal registrou o momento em que levantou as mãos para agarrar os cabelos macios e sedosos dele. Ele gemeu, tornando o beijo ainda mais profundo, atacando a língua de Anahi com movimentos lascivos. Anahi sentiu seus batimentos descontrolados contra o peito.
— Me deixa entrar - sussurrou no ouvido dela, lambendo o lóbulo de sua orelha em seguida. Uma mão dele desceu até o final do vestido, subindo-o lentamente e passando a mão pela borda da calcinha dela. - Vamos subir, Anahi. - ele a encarou, o cheiro do vinho atingindo em cheio as narinas dela, fazendo-a fechar os olhos e apertar a nuca dele.
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No Limiar do Desejo
RomanceDepois de ter sido abandonada no altar, Anahi vive para o trabalho. Ao se tornar vice-presidente do prédio Herrera&Smith Enterprises, se vê amiga de toda a família Herrera, exceto o novo CEO e recém chegado no país, Alfonso Herrera. O homem a desarm...