Capítulo 49

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  A verdade era que, durante a noite inteira, ficaram entregues um ao outro.

— Abra os olhos. Você não pode perder a melhor parte do dia. - Alfonso sussurrou em seu ouvido.

  Alfonso, com um único movimento, a colocou de joelhos na cama. O corpo dela lutava para se entregar à letargia, mas ele a colocou entre as suas pernas. Ele estava sentado sobre os calcanhares e a deixou na mesma posição.

Seu peitoral forte estava colado às costas dela e a bunda encostada em seu membro. Anahi lutou contra a força do sono tentando entender o que ele queria.

— O sol está nascendo - sussurrou em seu ouvido - Abra os olhos.

  Suas mãos seguravam o corpo dela contra o dele. Ela forçou a vista e viu pequenos raios se projetando no céu escuro, deixando-o rosado em poucos pontos. Com a cortina aberta à frente podíamos ver a praia, além de ouvir o som das ondas que os embalaram durante toda a noite.

— Está vendo? - seus lábios tocaram o pescoço de Anahi causando choques em sua pele.

  Merda! Como ela ainda conseguia reagir a ele?

— Sim. É lindo demais. Único! - os raios aos poucos se projetavam no céu a frente.

— Não, Any. Linda e única é você.

  Ele a puxou um pouco mais para o seu corpo e... Puta que pariu! Como podia estar outra vez excitado? Como conseguia estar dentro dela quase a noite toda e ainda demonstrar mais disposição?

— Já fez amor assistindo ao nascer do sol? - seus lábios tocaram a orelha dela, deixando sua pele arrepiada e o sexo úmido.

— Não.

— Imaginei. - suas mãos já percorriam o corpo de Anahi como cobras se apossando da presa. Os toques eram firmes e lentos. O sol invadia o céu e Alfonso a olhava com verdadeira devoção, penetrando-a.

  Involuntariamente. Anahi começou a se movimentar de maneira a permitir que ele se apossasse ainda mais dela.

  Ele a possuía lentamente, como se tivessem todo o tempo do mundo. Sua mão tocava ora os seios, ora puxando os quadris de Anahi ao seu encontro. Quando o familiar formigamento iniciou no ventre de Anahi, ela sabia que não suportaria por muito mais tempo.

— Alfonso...

— Eu sei, linda. Posso sentir sua buceta pulsando.

  Seus movimentos se intensificaram. Anahi gemeu, aceitando que ele conseguisse o que quisesse dela.

  Mal começou a se recuperar, dolorida pela extensa sessão de sexo, Alfonso levantou o corpo dela aprofundando mais os movimentos.

  Ele se movimentou forçando-a a acompanhá-lo. Foi com imensa satisfação que ela percebeu que suas atitudes o levaram ao êxtase. Alfonso se entregou ao momento como se o restante do mundo tivesse deixado de existir, e apesar de acreditar que era impossível, o corpo de Anahi outra vez formigou, pulsou e esquentou, liberando mais um orgasmo quase ao mesmo tempo em que Alfonso se entregava ao dele.

— Querida, acorde. Você precisa comer - a voz sussurrada de Alfonso fez a pele de Anahi se arrepiar. Ela se espreguiçou e gemeu de dor. Merda, merda! O corpo inteiro estava dolorido. Destruído para ser mais exato. Ele riu baixinho. - Amor, você precisa mesmo comer.

  Anahi abriu os olhos e viu que as cortinas estavam fechadas. Considerando que ela não se lembrava de como foi parar no quarto de Alfonso, permitiu-se entrar em pânico. Sentou-se na cama e foi percebeu que usava uma camisa dele. Estreitou os olhos ao encará-lo, esperando uma explicação. Ele riu novamente.

— Você apagou, Anahi. Acho que eu te cansei - encolheu os ombros e colocou a bandeja no colo da loira - Coma!

— Você me apagou? Caramba, você é uma máquina, Alfonso. Eu estou destruída. - resmungou, tomando o seu suco.

— Você é muito exagerada. Eu só queria que você visse o nascer do sol. É a coisa que eu mais gosto daqui. A vista é de tirar o fôlego. E com você do meu lado, foi incrível. - beijou castamente a testa dela.

  O coração de Anahi aqueceu depois daquelas palavras. O cara sabia mesmo o que dizer para domar uma mulher. Ele entrou no coração dela de uma forma tão devastadora que ela sequer teve a chance de protestar.

— Está tudo bem?

  Anahi balançou a cabeça, saindo dos seus devaneios e o encarou com um sorriso tímido. Ele estava lindo. Cabelos bagunçados, a barba aparada, calça jeans e camisa social com as mangas enroladas nos cotovelos. Uma visão incrível.

— Está sim. - suspirou.

  Ela continuou comendo em silêncio, grata por ele ter pensado na alimentação dela. Flashes da sessão intensa de sexo passou por sua cabeça e ela sorriu sozinha. Ele a encarou com um sorriso questionador, mas ela preferiu não falar e mencionar o rumo que seus pensamentos haviam ido.

— Cadê a Dulce e o Christian? - Anahi perguntou tomando o último gole do suco.

— Foram até a cidade. Dulce queria comprar algo para alguém que não lembro o nome e Christian pediu para ir com ela. - deu de ombros.

— E a reunião? - arregalou os olhos. Droga, a reunião. Ficou tão absorta. Os membros poderiam chegar a qualquer momento e ela pensando em sexo.

— Calma, Any - ele segurou as mãos dela, impedindo-a de levantar - A reunião já aconteceu.

  O quê?

— Do que está falando? Quantas horas são?

— Hum - olhou o relógio em seu pulso - Cinco e dezessete.

— Puta que pariu - berrou - Não acredito nisso, Alfonso - levantou-se rapidamente, ignorando as dores - Você sabe como essa conta é importante para a Dulce.

— Ela estava lá, Anahi - permaneceu tranquilo, o que a deixou mais furiosa - E mandou muito bem. Foi segura e encontrou soluções incríveis para o problema.

— Por isso você não me deixou dormir? Para ficar sozinho na reunião? O que você quer? Me desmoralizar? - rosnou.

  Alfonso estreitou os olhos, levantou e cruzou os braços, encarando-a ferozmente.

— Você está maluca? - grunhiu - Por que está agindo desse jeito? Você estava cansada, eu preferi deixar você dormir. Porra, para de esquentar a cabeça por nada, Anahi.

  Anahi o fuzilou com os olhos. Claro, ele só podia ter feito aquilo de propósito para mostrar aos investidores que ela não era suficientemente boa para uma reunião. Reunião que fora o motivo da viagem. Puta que pariu!

— Vá se foder, Alfonso. - berrou, saindo do quarto.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora