Capítulo 52

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  O terceiro e o quarto dia foram exaustivos. Anahi e Dulce conversaram com os integrantes do CCC e encontraram a solução que não era das melhores, mas que era o mais cabível naquele momento. Durante o tempo livre, Anahi e Alfonso ficavam juntos, fazendo o que eram de melhores: sexo.

  Na areia, no mar, na piscina, na cama, na cozinha, na banheira, no corredor. Em qualquer lugar em que sentissem vontade.

— Amor, está pronta? - Alfonso entrou no quarto de Anahi, sorrindo amplamente. Parou assim que a viu.

— Quase - terminou de colocar os brincos e se olhou no espelho - Eu já teria terminado se você tivesse me dito para onde vamos. Essa coisa de não saber me deixa em dúvida sobre que roupa usar.

— Você está gostosa. - murmurou com um sorriso malicioso, aproximando-se dela.

  Anahi gargalhou. Usava um vestido vermelho de seda, com alças finas e uma fenda profunda na perna. Os cabelos estavam num coque francês e a maquiagem leve. Saltos Louis Vuitton, pulseiras e brincos complementavam o visual.

— E você não está nada mal - piscou, dando-lhe um beijo casto - Fique longe. Não quero que meu batom saia agora.

  Ele tirou as mãos das costas, mostrando uma caixa de veludo. Anahi estreitou os olhos e o encarou. Alfonso abriu a caixa, revelando um colar de diamante em ouro amarelo, com uma pedra solitária embelezando ainda mais o acessório. Anahi o encarou com os olhos arregalados, atônita. Alfonso sorriu e tirou o colar, estendendo-o a ela.

— O que é isso? - Anahi perguntou num fio de voz.

— Um colar - riu - Vira, deixa eu colocar em você.

  Incapaz de reagir, simplesmente virou e aguardou que ele colocasse. Segurou a delicada pedra, em choque. Ele beijou o pescoço dela, fazendo-a estremecer. Acariciou os braços dela gentilmente. Anahi se arrepiou.

— Acho melhor a gente ir - sussurrou no ouvido dela - Ou eu vou rasgar esse vestido antes da hora. - deu um tapa em sua bunda.

  Anahi se afastou rapidamente. Ela não havia morrido para conseguir fazer aquele coque para os dois acabarem cedendo aos desejos da carne.

— Vamos logo. - ela sorriu docemente, saindo quase correndo do quarto. Não queria correr o risco.

  Ainda ouviu a risada dele atrás de si.

— Aqui é lindo, Poncho. - Anahi sorriu encantada.

  Alfonso a havia levado para Atitamos, um restaurante tão sofisticado quanto o Aleria, mas ainda com o toque mais romântico.

— Animada para uma noite inesquecível? - ele perguntou assim que se sentaram e fizeram seus pedidos.

— Bom, a nossa noite inesquecível foi há algumas noites atrás, quando você me comeu até eu perder a consciência.

  Alfonso jogou a cabeça para trás e riu profundamente, o som como uma brisa de onda fresca, enviando arrepios por todo o corpo de Anahi. Ele continuou com um sorriso travesso quando pegou as mãos de Anahi, beijando-as suavemente.

— Querida, quero te dar todos os motivos para você ficar comigo.

  Anahi sorriu como uma perfeita adolescente apaixonada, admirada com a facilidade que ele tinha em deixá-la cada vez mais presa a ele.

  O jantar seguiu tranquilo, com assuntos leves e flertes perigosos.

— Pronta para continuarmos a noite? - Alfonso murmurou após a sobremesa.

  Anahi olhou o relógio em seu pulso e olhou sugestivamente para o homem a sua frente.

— São dez horas. Todos estão acordados em casa... Não vamos poder usar a hidromassagem.

  Alfonso riu.

— Eu criei um monstro. - ele gargalhou.

  Pagaram a conta e Alfonso a guiou a pé pelas ruas de Atenas enquanto conversavam sobre tudo e nada. O assunto fluía facilmente e Anahi não podia estar mais satisfeita.

  Entraram num bar chamado Baba au Rum. Anahí franziu o cenho.

— O que foi? - Alfonso a encarou.

— Um bar? Quer me embebedar, Sr. Herrera? - esboçou um sorriso malicioso.

— Adoraria - Alfonso agarrou a cintura de Anahi, beijando-a - Mas preciso fazer uma coisa antes. - abriu a porta para ela e entraram no bar.

  O local era espaçoso e barulhento. As pessoas praticamente gritavam e gargalhavam e tinha... Um karaokê, com alguém tentando cantar Demis Roussos, um músico grego. Sentaram-se numa poltrona perto do palco do karaokê e pediram duas cervejas.

— Você está aprontando alguma coisa, não está? - Anahi perguntou, tomando a sua cerveja.

  Alfonso a olhou com os olhos brilhando.

— Você não faz ideia, querida. - beijou a testa dela.

  Um arrepio percorreu a coluna de Anahi com as possibilidades.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora