— Você está nu? - Anahi levantou a voz, incrédula, com os olhos arregalados. Alfonso sorriu malicioso e tomou um gole de seu vinho.
— Eu não sabia que alguém estava acordada me espionando. - deu de ombros enchendo a taça dela.
— Eu não estava... - parou, sabendo que precisava abaixar o tom de voz - Eu não estava te espionando. Estava sem sono, eu já disse. - resmungou.
— Cristo, bebe logo esse vinho e relaxa. Eu não vou me sentir mal por estar sem roupa num horário que eu costumo estar sozinho e ainda mais no meu santuário. - piscou, fechando os olhos.
Anahi pensou em retrucar, mas ele já estava absorto ao som de Kovacs, cantando My Love. Ela seria capaz de ter um orgasmo só de pensar no quanto o gosto musical dos dois era parecido. Ela nunca encontrara alguém com gostos tão parecidos. Nem Tom. Ela bebericou o seu vinho, fechando os olhos e se permitindo mergulhar na música. Ela não gostava de comparações, mas era impossível quando se tratava de Alfonso e Tom. E Alfonso parecia tão relaxado naquele momento. Ele tinha mesmo um filho? Será que era de Elizabeth? Cristo, o peito dela apertou só de imaginar outra mulher carregando em seu ventre um filho dele.
Não que ela quisesse isso um dia. Qualquer sonho sobre casamento e filhos ficou enterrado no dia do seu quase casamento.
Tom era tão descontraído, com o sorriso fácil, despreocupado com a vida. Alfonso já era centrado, sempre de olho em tudo e em todos e definitivamente não era um cara fácil de sorrir. Ao contrário, tinha uma mania de manter-se impassível, que o deixava mais sexy. Mas que também a deixava insanamente irritada.
— Você tem uma voz linda - ele murmurou, fazendo-a abrir os olhos, enrugando a testa - Sua voz. Eu estava ouvindo a sua voz.
— Eu não estava cantando. Para de me enrolar. - soltou uma risada, bebericando o seu vinho. Delicioso.
— Você estava cantando, sim. E porra, você tem a voz linda. Tão doce - sorriu. Anahi corou - E você fica adorável quando cora.
Anahi ficou calada, estudando o rosto dele. Não parecia estar brincando. Ela sorriu timidamente e ele pegou a taça dela gentilmente, colocando as duas numa mesinha ao lado da hidromassagem. Com movimentos gentis ele a puxou para si, acariciando as costas dela.
— Você me encanta, Anahi. Sabe disso, não sabe? - Alfonso murmurou roçando os lábios nos dela.
Anahi evitou um gemido de satisfação quando ele desamarrou os nós da parte de cima do biquíni, se permitindo apenas envolver o pescoço dele com seus braços e encará-lo. O membro dele pulsava em seu sexo, fazendo o ventre de Anahi se contrair. Se não estivesse na água, Anahi estaria completamente molhada.
— Por que está me olhando assim? - beijou o pescoço dela - Estou louco para te comer. Mas porra, preciso saber que você não vai surtar depois.
— Do que você está falando? - franziu o cenho. Ele sorriu e agarrou um dos seus seios, passando o polegar no mamilo endurecido. Ela agarrou os cabelos dele e se remexeu. Ambos gemeram - Alfonso...
— Preciso saber que você não vai me culpar pelo que pode e o que eu quero que aconteça aqui. Somos adultos, Anahi. Não é um problema termos uma vida sexual ativa. A gente se atrai - lambeu o pescoço dela. Ela apertou os olhos - Deixe o resto de lado.
Ela o encarou. Ele sorriu e Anahi arregalou os olhos, sabendo exatamente o que ele ia fazer. Então seus lábios abocanharam o mamilo dela e o sugaram brincando com o mamilo endurecido igual rocha. A outra mão estava no meio das pernas dela. Agarrou o sexo de Anahi, deslizando o dedo para dentro da calcinha e a colocando de lado, brincando com o clitóris. Sua língua brincava com mamilo, deixando-o duro e pontudo, e ele cravava de leve os dentes na carne sensível.
— Diga que me quer, Anahi. É só isso que eu preciso ouvir. - sussurrou no ouvido dela.
— Eu quero você dentro de mim, Alfonso - pediu sem pensar duas vezes - Agora!
Alfonso sorriu malicioso e lambeu os lábios de Anahi ao mesmo tempo em que a penetrou, fazendo-a gemer alto. A sensação de preenchimento era simplesmente incrível. Alfonso atingia um ponto que só ele fora capaz de chegar.
Anahi agarrou o rosto de Alfonso com as mãos, inclinou a cabeça até o ângulo perfeito e juntou os lábios aos dele. Começou bem devagar, com sucções leves. Mordeu sem muita força seu lábio inferior, depois se entregou ao beijo para que todos os problemas e medos se esvaíssem ao contato das suas línguas.
Ela acariciou com as mãos seu peito largo e feriu a pele dele com as unhas. Alfonso não se limitava a pôr o membro para fora e enfiar numa mulher. Ele sabia usá-lo por inteiro, explorando a sensação de atrito, experimentando diferentes ângulos, alternando a profundidade da penetração. E Deus, agora ele estava experimentando com ela e ela nem queria imaginar como seria quando essa brincadeira acabasse.
— Pare de pensar, cacete - ele grunhiu, apertando os quadris dela. Ela o encarou atônita e ele sorriu - Você fica com o corpo tenso quando pensa demais, Anahi. Está dificultando um pouco a nossa vida.
Anahi sorriu e procurou relaxar. Ela não precisava se desesperar pelo que aconteceria depois. Ela se ergueu, o sexo dele deslizando para fora. Ele agarrou os quadris dela, querendo abaixá-la de novo, mas ela segurou o queixo dele.
— Fique quieto, Herrera. Eu mando - deixou que a pontinha de seu membro escorregasse para dentro dela, abrindo caminho. Depois deixou os quadris desabarem sobre ele, soltando um grito ao sentir que tinha penetrado profundamente nela, alargando seu ventre a uma extensão quase insuportável.
— Caralho - ele resmungou, trêmulo - Puta que o pariu.
A reação incontida dele a estimulou. Posicionou as mãos uma de um lado do seu corpo e se ergueu, tirando-o dela, expondo o sexo trêmulo. Depois desceu de novo, deslizando mais facilmente. Quando suas nádegas se encontraram com as coxas dele, ele estremeceu e soltou um gemido torturado, soltando palavrões.
Subiu de novo, devagar, fazendo com que sentissem a intensidade daquela fricção deliciosa. Quando desceu mais uma vez, a sensação de preenchimento, de intimidade acalorada, era boa demais para ser contida. Soltou um gemido e ele começou a se mover inquietamente, remexendo os quadris em movimentos circulares sem nem se dar conta disso.
— Você é tão gostoso. - Anahi sussurrou, esfregando em seu membro com seu sexo faminto. Subindo e descendo.
Anahi envolveu os quadris de Alfonso com as pernas, convidando-o a entrar mais fundo, sentindo seus glúteos se flexionarem e relaxarem contra suas panturrilhas enquanto ele demonstrava para o corpo dela que ia penetrar até o fim. Ele a beijou na boca e começou a se mover, entrando e saindo com uma habilidade enlouquecedora, num ritmo preciso e incansável, apesar de tranquilo e sem pressa. Anahi sentia cada centímetro do seu membro duro, sentia que ele tomaria posse de cada pedacinho de seu corpo. Ele reiterou a mensagem sem parar até ela ficar sem fôlego beijando sua boca, movendo-se sem parar ao seu encontro, arranhando-o como uma felina.
Alfonso soltava palavras elogiosas e excitantes, dizendo o quanto ela era linda...
O quanto ela era perfeita para ele... que ele não ia parar... não conseguia parar. Anahi gozou com um grito agudo de alívio, sentindo o corpo vibrar de êxtase e ele também estava quase lá. Acelerou o ritmo em várias estocadas arrebatadoras e depois chegou ao clímax sussurrando o nome dela, gozando dentro dela.
Anahi relaxou nos braços dele, sentindo-se sem forças, suada, molhada e totalmente preenchida. Ele saiu da hidromassagem e colocou a toalha em volta da cintura. Em seguida a tirou de dentro e arrumou o biquíni dela, pegando-a no colo. Ela sentia-se tão cansada que sequer tinha chances de protestar.
— Relaxa, Anahi. Vou cuidar de você. Você vai dormir comigo hoje.
O corpo de Anahi se retesou e ele riu baixinho, beijando o topo da cabeça dela. Ela se aninhou mais no peito dele, fechando os olhos.
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No Limiar do Desejo
RomanceDepois de ter sido abandonada no altar, Anahi vive para o trabalho. Ao se tornar vice-presidente do prédio Herrera&Smith Enterprises, se vê amiga de toda a família Herrera, exceto o novo CEO e recém chegado no país, Alfonso Herrera. O homem a desarm...