Capítulo 39

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  A garrafa já havia terminado e Anahi se sentia deliciosamente relaxada. Ela e Alfonso conversavam sobre tantas coisas e ela pôde perceber mais uma vez o quanto tinha em comum com ele. E agora que estava parcialmente – ou bastante – alcoolizada, se perguntou por que os dois não podiam se dar uma chance. Mas ambos nunca haviam conversado sobre isso, então ela simplesmente jogou o assunto de lado. Nem se ela quisesse poderia aprofundar nesse assunto.

— Anahi, você me ouviu? - a voz de Alfonso estava rouca. Anahi o encarou e os olhos dele estavam divertidos - No que estava pensando?

— Hãm - ela balançou a cabeça, tentando clarear as ideias - Não lembro - mentiu - O que você tinha dito?

— Perguntei se você ainda precisa de alguma coisa.

  De você.

  Ela balançou a cabeça e ele abriu aquele sorriso arrogante. Anahi sabia o que aquilo significava. Ah, sabia, sim. Alfonso se levantou e sem dizer nada, estendeu a mão a ela. Assim que ela segurou, ele entrelaçou seus dedos e um choque percorreu todo o corpo de Anahi. Deus, as mãos deles se encaixavam tão bem. Ele a guiou até o corredor dos quartos e Anahi balançou a cabeça mais uma vez, tentando deixar de lado aqueles pensamentos românticos. Maldito champanhe. Ele fechou a porta e a prensou contra a parede, espalmando as mãos ao redor de Anahi.

— Estou mesmo tentando não ser um maluco quando estou com você, Anahi - resmungou, trilhando beijos úmidos pelo pescoço dela. Anahi arqueou as costas, sentindo uma parte específica do corpo reagindo à aquele toque - Mas, cacete, eu não consigo. Não consigo ir devagar, porra.

— Então não vá. - sussurrou, sentindo-se mais ousada do que o seu habitual.

  Alfonso ergueu a cabeça e a encarou com um sorriso malicioso e as pupilas completamente dilatadas. Era como se ela tivesse dito o que ele precisava ouvir. Anahi não teve tempo de reagir, pois, com uma força exagerada, Alfonso a jogou na cama se posicionando acima dela. Sua mão segurava as dela acima de sua cabeça e a outra tapava a boca. Ela se assustou, mas assim que olhou nos olhos dele, relaxou.

— Não grite - alertou-a - Temos companhia lá fora.

  Alfonso a segurou com força e abriu espaço entre suas pernas posicionando-se entre elas. A saia de Anahi resistiu dificultando a sua manobra. O CEO sorriu demoníaco. E que sorriso lindo!

— Any - Alfonso puxou o ar com força e colou sua testa à dela - Eu sou louco por você, Anahi.

  Ah, definitivamente ela não estava preparada. Ele a desarmou completamente.

— Alfonso... - ele a beijou. Um beijo doce que foi ganhando força aos poucos, fazendo Anahi ceder aos seus encantos.

  Beijava-a de maneira fracionada. Seus lábios se juntavam aos dela e depois se afastavam, voltavam para ela outra vez e então partia. Seus dedos acariciavam a nuca dela fazendo-a relaxar.

— Não, Alfonso - murmurou com a voz fraca - Não aqui. Dulce e Christian estão aqui perto. - mas ele a beijava ainda e suas mãos acariciavam o corpo dela por cima da roupa. Carícias firmes e leves. Anahi ansiava por mais.

— Eu quero você, Anahi! Não apenas hoje, nem da forma como você acredita, eu só... - Ele hesitou sem poder dizer o que pretendia. O tom de sua voz na pele dela deixou-a totalmente arrepiada e ofegante - Quero você toda para mim.

  Como dizer não quando seus lábios estavam na pele dela descendo rapidamente por seu busto enquanto sua mão desabotoava os botões da camisa dela? Alfonso cercou o seio com sua mão capturando-o, sua boca se apossou dele e seus dentes pressionaram o bico com a pressão na medida certa, fazendo-a quase entrar em combustão.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora