Capítulo 11

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  Anahi o fitou e não sabia se já tinha bebido o suficiente, mas podia ter certeza que Alfonso havia sorriso assim que ela entrara em seu campo de visão.

  O maldito estava lindo, com calça sarja, camisa pólo com mangas longas que estavam casualmente dobradas até os cotovelos. Os cabelos estavam desgrenhados como sempre e a barba já estava aparecendo. Tênis Sandro Moscoloni compunham o visual com um relógio Jaeger-LeCoultre.

  Anahi tinha toda a certeza que nunca se cansaria da visão de Alfonso. Formal ou casual, ele era um homem incrível de se observar.

— Merda, Anahi, esse é o cara? - Maite indagou no ouvido de Anahi.

— É. - cerrou os dentes, tensa. Virou o copo de uísque e encarou pasma o barman que logo enchera o copo novamente, dando uma piscadela para ela.

— Dakota, seu irmão é um gato. - Maite gritou para ela.

— Você acha? - Dakota fez uma careta, causando risadas em Anahi.

— Você acha que ele e Anahi podem ficar juntos? Ai. - resmungou ao sentir o beliscão de Anahi em seu braço. Mais vergonha, impossível.

— Se eu acho? - Dakota arregalou os olhos e gargalhou. - Você tinha que ter visto como ele estava na ceia de natal. Não tirava os olhos dela.

— Não é verdade. - Anahi corou.

— Boa noite. - Alfonso gritou, olhando para Anahi.

— Alfonso, Anahi vai cuidar de você o resto da noite. - Dakota riu e beijou o pescoço do noivo.

— Dak, não acho uma boa ideia. Alfonso não está com o melhor humor e ele e Anahi vão acabar brigando - Dan coçou a nuca. - Eles não vão sobreviver juntos.

— Dakota você mal consegue andar. - Alfonso repreendeu-a.

— Alfonso - Dakota berrou. - Eu nunca tenho tempo por causa da maldita faculdade que eu nem quero fazer e o maldito estágio que o papai me obriga a fazer para ser uma filha exemplar - desdenhou a forma como o pai a chamava. - Será que por uma noite eu posso esquecer toda essa merda e simplesmente me divertir?

— Pare, Dak. Papai faz isso para o seu bem. - Alfonso resmungou, enfiando a mão livre no bolso e tomou um gole de seu uísque.

— Por isso você foi embora? - Dakota o encarou, visivelmente chateada. - Por isso você abandonou todo mundo para correr atrás do que você queria? - enxugou uma lágrima que caíra.

— Dak, não foi assim. - Alfonso se defendeu.

— Dakota, vá se divertir com o seu noivo - Anahi sorriu e beijou a bochecha da pequena Herrera. - Eu cuido do Alfonso essa noite - piscou. - Vá se divertir. A noite é sua. - garantiu.

— Está falando sério? - os olhos de Dakota brilharam.

— Claro. Vai lá. Vocês vieram juntos? - Dakota assentiu e Anahi deu algumas notas de cinquenta para ela. - Se incomodam de voltarem de táxi? Tenho certeza que Dan vai cuidar de você. - sorriu para o noivo de Dakota.

— Anahi? - Alfonso a chamou. Ela ignorou.

— Não se preocupe com ele. Vai ficar bem. - Anahi sorriu e Dakota a abraçou, saindo cambaleando com Dan a segurando fortemente.

— O que está fazendo? - Alfonso fez uma carranca, fazendo menção de ir atrás da irmã.

— Pare com isso - Anahi se pôs na frente dele, impedindo a passagem. - Ela está chateada, deixe-a curtir a noite.

— Anahi, sente-o no bar logo. - Maite resmungou, revirando os olhos.

  Anahi o sentou no bar com grande esforço, já que ele não estava facilitando.

— Por Deus, você é muito grande. - Anahi reclamou e se sentou ao lado dele. Então reparou que Maite também estava ao lado dele. Quando ela havia mudado de lugar?

— Quem é você? - Alfonso fitou Maite com o cenho franzido.

— Maite. Maite Perroni - estendeu a mão para ele, sorridente. - Ouvi muito sobre você, senhor Herrera.

— Alfonso - ele apertou a mão dela, abrindo um sorriso radiante no rosto. - Me chame de Alfonso. Adoraria saber o que você soube de mim.

— Para começar, não deixe mais marcas na minha amiga - Maite riu e tomou um gole de seu uísque. - Sabe como dá trabalhar para maquiar depois? - repreendeu-o.

— Maite. - Anahi berrou, atônita. Alfonso virou as costas para ela, bloqueando a vista da loira, deixando-a furiosa.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora