Capítulo 48

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  Alfonso colocou algumas peças sobre a chapa que chiou e deixou um cheiro maravilhoso no ar. O assunto perdeu força. Comeram em silêncio, mas dividindo o mesmo prato, com ele colocando comida na boca dela e fazendo piadinhas românticas.

  Beberam mais uma garrafa de vinho e Anahi resolveu que seria bom andar antes de fazerem qualquer coisa que ele tivesse em mente. Estava frio e ela estava com um vestido de alças finas. Estremeceu. Percebendo isso, Alfonso passou os braços em seus ombros, tentando aquecê-la.

  Havia lojinhas interessantes onde ela poderia encontrar algumas lembranças. Maite a mataria se ela não levasse nada. Aproveitou para comprar um casaco.

— Vamos tomar banho. - segurou a mão dela, levando-a até a praia.

  Anahi ficou confusa, mas já tinha tido uma amostra significativa do seu gênio para convencê-la, então simplesmente deixou-se levar.

  Alfonso a conduziu até a beira do mar e voltou-se para ela. Seus olhos estavam amenos e seus gestos tranquilos.

  Muito carinhosamente buscou os lábios de Anahi, que não tentou desviar. Seu beijo foi lento e gentil e o toque quente e suave. Logo ela correspondia na mesma intensidade. Os dedos dele brincaram com as alças do vestido dela deixando que caíssem pelos ombros e com isso, a roupa deslizou pelo corpo até cair na areia.

  Ficou imensamente grata por estar de biquíni.

  Ele a olhou, observando cada detalhe, o que era embaraçoso, mas estava escuro, por isso tratou de relaxar.

— Vamos entrar no mar? Ainda não aproveitamos a praia e a água está quente. - sua voz estava doce.

  Anahi concordou com a cabeça. Ele retirou a camisa e a bermuda deixando-as na areia, ficando apenas de cueca. Seu corpo era lindo mesmo no escuro e ele estava excitado. Tal realidade fez com que as milhares de borboletas que habitavam no estômago de Anahi levantassem vôo, todas de uma só vez.

  Alfonso a puxou para um beijo romântico, leve e carinhoso, que ferveu no sangue dela. Levou-a até a água, que estava mesmo quente. Pararam quando o mar alcançava a cintura dele e ficaram abraçados, se beijando longamente. Ele a mantinha firme em seus braços, porém suas mãos estavam espalmadas na pele dela, cercando-a como um todo e fazendo movimentos circulares que tinham o poder de confundir a mente dela.

  Os pés de Anahi foram retirados do chão nivelando os corpos. Instintivamente cruzou as pernas na cintura dele, prendendo-se a ele, fez o mesmo passando os braços em torno do seu pescoço ganhando mais firmeza.

  Imediatamente as mãos dele correram livres pelo corpo de Anahi, se prolongando nas pernas e bunda dela. A posição em que se encontravam permitia maior contato entre os sexos. Era excitante.

  Ele não tinha pressa e aquilo a atordoava, porque ela estava no limite e não queria correr o risco de serem interrompidos no momento errado. Ele percebeu a apreensão dela.

— Com calma, Any. - sua voz estava rouca, cheia de tesão e quase a fez vibrar em resposta.

  Ela se afastou deixando que o corpo voltasse a temperatura normal. Droga, ela estava exageradamente excitada.

  Alfonso respeitou o momento de Anahi, mas não por muito tempo. Pouco depois ela estava outra vez grudada a ele, sentindo todas as emoções anteriores.

  Apesar de estar completamente perdida em seus toques e beijos, ela percebeu que se movimentavam em direção a areia. Os pés dela não tocavam o chão nem mesmo quando saíram da água e caminharam pelo cascalho.

  Anahi pensou que iriam para casa, porque não seria nada confortável deitarem sobre a areia cortante, mas pegaram outra direção. Seus olhos demoraram a entender o que fariam. A escuridão só era amenizada pela luz da lua, mesmo assim era complicado tentar enxergar qualquer coisa além de um metro deles, por isso só viu o que ele tinha preparado quando já estavam muito perto.

  Em meio ao negrume havia algo grande que se movimentava de acordo com o vento frio, e só tomou forma quando já estavam quase lá. Na praia, uma enorme cama de dossel, ou algo muito parecido com isso, aguardava por eles. Tudo branco e parecia brilhar sob a luz do luar.

  Ele caminhou até lá e a colocou sobre a cama com muito cuidado. Acendeu cada vela precisamente colocada dentro de buracos feitos na areia, que as protegia do vento e retirou o champanhe do balde que estava posicionado ao lado da cama, servindo as taças.

  Era para ela estar sentindo frio. Ventava. No entanto, seu corpo estava completamente aquecido. Ele ainda fechou cada uma das cortinas antes de se juntar a ela, tornando o momento ainda mais privado. Beberam, admirando o sabor da bebida.

  O contato visual era tão intenso quanto seria o toque. Sem voltar a beijá-la, Alfonso tirou a parte de cima do biquíni de Anahi, apreciando a imagem por algum tempo, depois tocou os seios, como se fosse a primeira vez.

  Ele a olhava como se estivesse a contemplando.

  O toque era calmo, mas seu olhar era quente. Uma verdadeira labareda de fogo. Colocando-a de joelhos sobre a cama, desfez o laço do biquíni, deixando-o cair por entre as pernas. Mais uma vez, demorou um tempo a contemplando antes de tocá-la verdadeiramente.

  Anahi pensou que derreteria quando seus dedos quentes a penetraram da maneira mais íntima. Foi no exato momento em que seus lábios se encontraram.

  Ela entregou-se ao prazer proporcionado pelas suas carícias. A língua invadia a boca dela enquanto os dedos a exploravam completamente. Era angustiante e estonteante. Ele dizia coisas em seu ouvido, contudo ela nada conseguia entender, apenas sabia que não tinha mais escapatória. Era tudo perfeito demais para ser errado ou impróprio.

  Não havia vice-presidente. Não havia CEO. Apenas dois amantes que se desejavam com uma intensidade avassalarora.

  Alfonso levantou, livrando-se da cueca. Deitaram e logo estava dentro dela, a possuindo de uma maneira única. Seu corpo a exigia a tal ponto que ela sentia como se não pudesse ser de outra forma. Estava completamente perdida nele.

  Não foi a única vez que se entregaram ao prazer naquela noite. Ele a exigiu inúmeras vezes e, mesmo sem acreditar que eram capazes de tanto, ela sempre rendia aos seus apelos. Também beberam, comeram e conversaram durante a noite.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora