Anahi e Alfonso se encararam. Alfonso parecia atordoado com a explosão de Andrés e também estava perdendo a paciência. Ela percebeu isso quando ele apertou os lábios para não dizer besteira.
— Respondam, porra. - Andrés rosnou.
— Fala baixo, cacete. A garota só conseguiu dormir agora. - Anahi bufou, franzindo o cenho.
— Ele quem fez essa merda no seu corpo, Anahi? E tem mais marcas? Tanto no seu pescoço quanto no dele. Você só vai para o trabalho. Estão transando no ambiente de trabalho por acaso? - cruzou os braços, bufando. Anahi e Alfonso coraram, Andrés arregalou os olhos em incredulidade - Puta que pariu. - esfregou os olhos com força.
Ótimo, tudo o que Anahi precisava era o irmão a infernizando por causa de Alfonso.
— Eu juro que se ele fizer merda como o Tom fez, eu o mato. Não me importo com a minha carreira ou com quem esse cara seja. - Andrés apontou para Alfonso, furioso. Já Alfonso fechou o punho pronto para começar uma briga.
— Andrés, chega - Anahi gritou. Andrés a encarou com os olhos faiscando de ódio - Eu sou adulta e dona dos meus atos. Coloque-se no seu lugar. Minha vida sexual diz respeito a mim e você não tem o direito de falar com o Alfonso desse jeito, entendeu? - disse rispidamente.
— Anahi... - Alfonso sussurrou o seu nome.
— Relaxa, Alfonso - Anahi o olhou rapidamente antes de voltar a encarar o irmão - Antes de tentar se meter na minha vida, que tal resolver a sua e a da Maite?
— O quê? - Andrés piscou com confusão - Anahi, eu só não quero que você se magoe de novo. Maite e eu não temos mais nada.
— Andrés, só não se meta assim na vida, tudo bem? - Anahi esfregou os olhos - Resolva a sua e nós conversamos. - forçou um sorriso.
Andrés assentiu com a cabeça, pegando a chave e saindo de casa. Ele não estava mais furioso. Só parecia chateado. Anahi olhou para Alfonso e viu que ele a observava surpreso.
— Desculpa por ter perdido a cabeça. Isso não costuma acontecer - Anahi sorriu tristemente, enchendo a sua taça de vinho - Sirva-se. Acho melhor você dormir aqui essa noite. Dakota vai precisar de você amanhã.
— Tudo bem - Alfonso sorriu, pegando a taça vazia e enchendo-a de vinho. Anahi se sentou no tapete, encostando as costas no sofá e bebericou o vinho, fechando os olhos. Ele se sentou ao seu lado - Obrigado por estar ajudando a Dak.
— Eu a adoro. Não precisa agradecer. - sorriu, ainda com os olhos fechados.
— Posso te perguntar uma coisa?
— Claro. - bebericou o vinho.
Anahi sentiu o braço dele roçando no seu, imaginando que ele também havia apoiado as costas no sofá, muito próximo a ela. Ignorou a faísca que surgiu em seu peito.
— O Tom que Andrés disse é o mesmo que foi te ver na empresa?
Anahi hesitou. Não queria entrar num assunto pessoal com um parceiro de trabalho. Mas afinal, ela já quebrara todas as regras com ele, não é? O seu código de ética apitava toda vez que ele chegava perto, mas ela simplesmente ignorava.
— Sim. - murmurou.
— Eu posso saber o que houve?
Alerta! Perigo! De novo! Não aprofunde tanto na sua vida pessoal!
Ela se remexeu inquieta e o encarou, sentando-se ereta. Ele imitou o movimento e largou a sua taça, segurando a mão dela com delicadeza, acariciando-a como se ele a idolatrasse. Esse momento de vulnerabilidade fez com que ela quisesse se jogar nos braços dele. Tomou todo o vinho de sua taça e a de Alfonso também. Ele esperou pacientemente enquanto ela tomava algumas respirações, criando coragem para se expor. Ele não usaria isso contra ela e talvez isso o assustasse o suficiente para que ele caísse fora.
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No Limiar do Desejo
RomanceDepois de ter sido abandonada no altar, Anahi vive para o trabalho. Ao se tornar vice-presidente do prédio Herrera&Smith Enterprises, se vê amiga de toda a família Herrera, exceto o novo CEO e recém chegado no país, Alfonso Herrera. O homem a desarm...