Capítulo 33

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  Após horas de conversa entre risadas e revelações juvenis e duas garrafas de vinho vazias, Alfonso olhou o relógio, arregalando os olhos. Anahi imitou o gesto. Eram duas da manhã e às nove ela tinha uma reunião. Mas a companhia de Alfonso estava tão boa que a única coisa que queria era ele por perto.

— Acho melhor eu ir - ele sorriu, colocando a taça já vazia na mesinha de centro. Sem pensar, Anahi deixou de lado a sua taça e segurou o braço dele, impedindo-o de levantar. O simples contato fez a pele dela esquentar, o desejo tomando conta do corpo. Ele respirou fundo e comprimiu os lábios - Tudo bem, Anahi?

— Sabe o que eu estive lembrando? - ela perguntou. Ele balançou a cabeça - Eu nunca toquei em você - ele apertou os olhos, confuso. Ela sorriu, acariciando os braços dele. Não sabia se era efeito do álcool ou o fato de terem passado algum tempo juntos. Ela o queria. Ah, com certeza era o álcool - Não me olha assim. Toda vez que a gente transa você fica no controle ou é uma coisa tão bruta que eu não tenho cabeça para te tocar.

— Você quer me tocar? Por quê? - ele franziu a testa, imóvel.

  Anahi montou nele, acariciando a nuca, o pescoço, o maxilar e o contorno do rosto dele. A pele de Alfonso era macia, mas ainda assim era máscula. Um toque único de Alfonso, ela tinha certeza disso. E adorava. A forma como ele reagia a ela. Ela sentiu a ereção crescente embaixo dela, ele fechou os olhos.

— Por que fechou os olhos, Herrera? - Anahi murmurou, contornando as sobrancelhas dele, as pálpebras e as bochechas.

— Estou aproveitando. - ele respondeu entre dentes.

  Estava óbvio que não era a resposta que ele queria dar, mas ela se contentou. Por ora.

  Ela acariciou as orelhas dele, dando atenção a um ponto sensível, arrancando um suspiro dele. Cristo, o homem era gostoso para caramba. Anahi sugou o lábio inferior dele e quando ele se inclinou para chegar mais perto, ela se afastou dando uma risadinha.

— Fique quieto, Herrera. - murmurou, tirando a camisa dele.

— Gamóto. - resmungou, ainda com os olhos fechados. Ele repousou as mãos nas coxas dela, mantendo-as imóveis.

— Espero que isso seja um elogio.

— Não é. - bufou.

  Anahi riu. Depois descobriria o que ele estava querendo dizer. Agora que ele estava exatamente onde ela queria, não sabia ao certo por onde começar. Deixou suas mãos vagarem sobre o peito dele, indo até os ombros e então descendo pelos braços antes de estacionarem na barriga musculosa. Tracejou cada linha da barriga de tanquinho e então desceu sua cabeça para traçar um caminho similar com sua língua. A mão dele agarrou o seu cabelo com força e apertou, enrolando os dedos firmemente contra o couro cabeludo, segurando-a ali com a boca colada contra sua pele. Ajeitou-se no colo dele e tirou a regata. Segurando os ombros dele, mordiscou o lóbulo da orelha dele, fazendo-o gemer mais alto, uma onda primitiva de satisfação brotando no peito dela.

— Vou perguntar de novo: por que fechou os olhos, Herrera? - sussurrou no ouvido dele. Sentiu a pele dele se arrepiar e não conteve um sorriso malicioso, enquanto acariciava a nuca dele com ambas as mãos.

  Alfonso gemeu, apertando os quadris dela com tanta força que ela se remexeu. O membro dele saltou e Anahi soltou um suspiro excitado.

— Anahi - ele respirou fundo, mantendo os olhos apertados - Se eu abrir os olhos e você não sair de cima de mim, você pode ter certeza que eu não vou perder tempo em tirar a sua roupa ou a minha para te foder - rosnou, apertando os quadris dela - E vou cagar se o seu irmão aparecer aqui também.

No Limiar do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora