boa leitura, espero que gostem
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Recomeço- cap 11
Pov Eugênio Barbosa
Não teve jeito, não consigo mais me concentrar no trabalho depois de tudo que a Violeta me disse, ainda não consigo acreditar que o Joaquim e a Úrsula são pessoas tão cruéis assim, me custa acreditar que o menino que eu vi crescer seja esse sem caráter todo que ela me disse.
E sabendo que não vou render nada, saio da minha sala e vou procurar Violeta que deve está em sua sala, mas assim que dou alguns passos vejo o delegado entrando e ir falar com Dona Iara e ela aponta em minha direção.
- boa tarde delegado.
- boa tarde Dr. Eugênio, estamos aqui por causa da sua denuncia.
- imaginei delegado- falo- a Dona Iara vai leva-los até a sala do Joaquim, os encontrarei em segundos- falo e eles concordam.
- delegado?- Violeta se aproxima de nós, mas parando ao meu lado e me olha- é o que estou pensando?
- sim Violeta- respondo.
- boa tarde dona Violeta- o delegado fala para ela, enquanto apertam as mãos.
- você está bem com tudo isso?- ela pergunta baixo.
- ficarei- digo e ela faz um carinho em meu braço e entendi o que significa, que ela estará ao meu lado me dando apoio o tempo todo e sorrio em agradecimento.
- podemos ir?- o delegado pergunta.
- é claro... vamos sim- falo e olho para Violeta- vai também?
- você acha mesmo que vou perder isso? Achei que dez anos convivendo juntos você me conhecesse melhor- ela fala- anda logo Eugênio.
Ela fala e logo estamos indo até a sala do Joaquim, que está fazendo alguma coisa, entramos sem ao menos pedi licença.
- padrinho... Dona Violeta, o que isso significa? O que está acontecendo aqui?- ele pergunta enquanto deixa os papeis na mesa.
- senhor Joaquim, o senhor está preso- o delegado fala.
- que brincadeira de mal gosto é essa? Padrinho eu exijo que fale o que está acontecendo- diz ficando exaltado.
- não é brincadeira senhor, o senhor foi denunciado pelo desvio de dinheiro da tecelagem- o delegado fala.
- isso é mentira... eu não fiz nada, estão querendo me encrencar.... só pode ser aquele pulha do Rafael, padrinho faça alguma coisa- fala me olhando, mas não quero ver ele saindo daqui algemado, o menino que eu criei com todo amor do mundo, cresceu e se transformou nisso, saio da sala dele ouvindo seus gritos e palavrões, vou para a sala da Violeta que fica mais afastada da sala dele.
Violeta entra em seguida.
- sinto muito por você passar por isso- fala e se aproxima de mim, não resisto e a abraço, e aos poucos vou me acalmando, acho que só a presença dela tem esse efeito calmante que eu tanto amo.
- obrigado- falo assim que nos afastamos um pouco.
- sempre que precisar- responde e antes que eu possa falar algo, a sala é invadida por Isadora, Clara e Rafael.
- mamãe... o que... Eugênio o que faz aqui?
- olha os modos- Clarinha diz.
- filha, o que posso fazer por você?- Violeta volta sua atenção para a filha.
