Cap-04

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Pov Violeta Camargo

Acordo sobressaltada, com os gritos vindo da sala, e não é preciso de muito esforço para saber o que está acontecendo, me levanto e vou até lá ver o que está acontecendo.

- tira essa lambisgoia de perto de mim- Matias fala, enquanto Leonidas tenta segurar minha irmã que está a um passo de matar Matias.

- papagaios, o que está acontecendo aqui?

- a culpa é do Matias, eu já disse... interna ele de uma vez por todas.

- o mundo por acaso está acabando?- Clarinha aparece do meu lado, assim como Dorinha.

- tá vendo o que você fez seu maluco? Acordou todo mundo.

- minha rosa calma- Leonidas fala, quando Clarinha se aproxima de mim e coloca a cabeça em meu ombro.

- não me chama de rosa e NÃO SOU SUA ROSA Leonidas.

- isso é um pesadelo, só pode ser um pesadelo- Clarinha fala.

- um pesadelo que estamos presos há dez anos, meu amor.

- Leonidas, vai cuidar desse maluco e me solta.

- por favor Leonidas, tente acalmar o Matias, antes que a coisa saia do controle- falo.

- está bem- fala e depois de muito custo consegue acalmar o Matias e o leva para o quarto, agora até o sono já passou, Clarinha, Dorinha e Heloisa estão sentadas no sofá.

- Violeta minha irmã, você precisa entender que estamos indo a loucura com o Matias aqui.

- eu já disse que não vou internar o Matias, isso é desumano demais Heloisa- falo e me sento ao seu lado, quando Clarinha se levanta e sai da sala por alguns minutos voltando com uma garrafa de bebida e um copo.

- está ficando doida? Bebe a essa hora da noite?- Heloisa pergunta e tenta pegar a garrafa.

- talvez depois de secar essa garrafa eu bebo.

- Clarinha, por Deus... vai dá três da manhã, não seja maluca- Dorinha fala também.

- eu estava tendo um sonho lindo e depois fui parar no meio de um pesadelo, me deixem- fala e bebe um pouco.

- você tem que trabalhar amanhã- falo.

- ai terei que aguentar a senhora e o Eugênio se matando e me colocando no meio disso, papagaios, porque todo mundo me odeia?- fala brava e depois vai para seu quarto e leva a garrafa junto.

- eu vou falar com ela- Dorinha fala.

- não... deixa que eu vou- falo- vá dormir meu amor, já tivemos emoções demais por uma madrugada.

- eu vou com a Dorinha até o quarto- Heloisa fala e depois todas vamos para o andar de cima, e eu entro no quarto da minha sobrinha e vejo que ela está perto da janela, olhando a escuridão lá fora.

- está tudo bem?- eu pergunto

- sim tia.

- então me dá essa garrada aqui- falo me aproximando dela.

- tia... não vou encher a cara de bebida, bebi só um pouco- fala.

- o que está acontecendo?

- não é nada tia- fala e sai de perto da janela e volta para a cama e eu me sento perto dela também.

- eu te conheço há muito tempo para saber que tem algo errado, não confia em mim?

- confio, sabe disso mas... não rem nada pra falar- fala me olhando e sei que realmente tem algo acontecendo.

RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora