estou tão animada que resolvi tentar com essa história, visto que, ao que parece não estão gostando dela, então essa é a última tentativa dela.
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Pov Eugênio Barbosa
Me lembro perfeitamente bem, a primeira vez que vi Violeta, estava tentando comprar as terras da família dela, quando a vi entrando na sala, tinha acabado de sair do banho, pois seu cabelo estava molhado e ela tentando seca-lo com uma toalha, nenhum pingo de maquiagem no rosto, apenas um leve vestígio de batom nos lábios, a blusa branca e a saia branca com detalhes preto, o nariz empinado e o jeito sarcástico de falar, foi ali que eu me apaixonei por ela.
No inicio achei que ela seria uma mulher como as outras, uma completa cabeça de vento, mas foi justamente o contrario, ela se mostrou uma mulher forte e determinada, horas depois do nosso primeiro encontro fiquei sabendo que sua filha tinha falecido, sua irmã acabou falando isso e pensei que depois dessa tragédia não a veria mais, só que foi justamente o contrario, ela voltou para campos e aceitou fazer sociedade comigo, claro que no inicio foi realmente estressante trabalhar com ela mas, depois as coisas foram mudando.
Violeta se mostrou ser uma mulher forte, obstinada e que luta por aquilo que quer, praticamente pulou o luto para cuidar da família e da fabrica também, nossa relação era bem complicada, pois um vivia para implicar com o outro, mas no meu caso essa implicância toda era apenas para mascarar meus reais sentimentos por ela.
E os anos foram passando e com eles meus sentimentos por ela foram aumentando, a primeira vez que estive com ela em meus braços foi depois de um surto do Matias, que a deixou bem abalada e eu consegui acalma-la, sentir seu perfume foi uma das melhores sensações e depois daquele dia parece que ela passou a confiar mais em mim e nossa relação foi ficando mais próxima e nos tornamos amigos mesmo que ela negue, somos amigos sim, talvez eu seja um dos poucos que já viu Violeta Camargo frágil.
- Eugênio... pombas... está dormindo no serviço- Violeta fala e me assusto ao vê-la em minha sala.
- quer me matar do coração? E eu não estava dormindo, estava apenas... distraído- respondo e ela se senta ficando em minha frente.
- daqui parecia que estava dormindo sim- diz.
- mas não estava- falo e fico a observando, todos os dias ela se supera, sempre linda, quando mesmo vou ter coragem e me declarar pra ela?
...
- bom dia... precisamos conversar- Clarinha fala assim que entra em minha sala, dez minutos depois que sua tia.
- eu fiquei preocupada com você, chegou tarde- fala e a menina beija seu rosto e depois se senta.
- como eu não tinha hora marcada, tive que esperar uma vida e depois encontrei algumas amigas e fomos jantar e acabei perdendo a hora- fala e Violeta está certa, tem algo acontecendo com ela, mas nem me atrevo a perguntar pois essa menina é igualzinha a tia, quando ela quiser vai falar com alguém.
- e ele vai nos ajudar?- Violeta pergunta.
- Violeta, como é que vamos pagar ele?
-Eugênio... deixa para se preocupar com isso na hora certa- responde
- bom, ele aceitou sim nos ajudar, disse que terá que ter mais algumas informações, por isso terei que levar a ele os documentos que você tem eugênio.
- vocês duas confiam nesse homem?- pergunto.
- até agora ele não fez nada para me fazer desconfiar dele- Clarinha responde.
