boa leitura, espero que gostem
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Recomeço- cap 45
Pov Violeta Camargo
Depois de mais uma tempestade, estamos avaliando os prejuízos que vamos ter, e para nossa sorte, ainda bem que o estoque foi reformado e os tecidos ficaram protegidos, pois não iriamos ter como arcar com o prejuízo de tantos lotes de tecidos como quase aconteceu algumas vezes, por isso que decidimos concertar o estoque para que assim os tecidos ficassem a salvo.
- meus pés estão doendo tanto- Eugênio fala ao entrar em minha sala, desde que o dia clareou começamos a fazer a vistoria não só pela fábrica mas, na vila operaria também, quase não tivemos tempo nem para fazer uma simples refeição.
- sorte sua que só seus pés estão doendo, eu estou sentindo dor por praticamente todo meu corpo- resmungo, ele se senta na cadeira a minha frente.
- e ainda bem que dessa vez, o prejuízo não foi tão grande como já aconteceu.
- sim, ainda bem mesmo- falo, minutos depois Dona Iara entra em minha sala com uma garrafa de café e uns bolinhos que eu tinha pedido.
- muito obrigada Dona Iara.
- precisam de mais alguma coisa?- nos perguntam.
- não Dona Iara, só isso mesmo- falo e ela em seguida se retira da minha sala- aceita um pouco de café?
- claro meu bem- ele fala e eu lhe sirvo uma xicara com café e um pedaço de bolo, me servindo em seguida- tem falado com a Julinha ultimamente?
- falei com ela no inicio da semana, por quê?- pergunto
- eu encontrei com o Constantino ontem e ele acabou falando de um novo show que terá no cassino e nos convidou, disse que o convite seria passado a mim mas, que você também estaria convidada- comenta e eu acabo sorrindo- talvez Julinha tenha esquecido de falar.
- é... provavelmente é isso mesmo- comento, pois conheço muito bem minha amiga- falando nela...- começo a falar mas, não termino.
- o que foi?
- você acha mesmo que ela parou com as jogatinas?- pergunto e em seguida pego mais um pedaço de bolo.
- pelo que o Constantino disse, acredito que sim Violeta... porque você sabe que, dá ultima vez que ela jogou escondido, e o Constantino descobriu, o casamento deles ficou por um fio- termina de falar e concordo, realmente minha amiga ficou um trapo humano.
- espero que ela siga firme assim Eugênio, eles dois se amam mas, o vicio dela acaba atrapalhando tudo, lembro que as vezes Arminda chegava lá em casa arrasada porque eles tinham brigado por causa disso.
- vamos torcer para que ela se mantenha afastada desse vicio- concordo, ele então se levanta- o que você acha de sairmos hoje para jantar?
- meu amor, eu amaria jantar com você mas, estou tão cansada hoje, não pode ser amanhã? A gente sai e vai em um bom restaurante, mas hoje sem condições de me arrumar para sair- falo.
- tudo bem meu bem- fala e sei que ficou um pouco desapontado.
- bom... se você não se opuser, porque não vai jantar lá em casa?- eu pergunto.
- você está falando sério meu benzinho?- pergunta e vejo que ele está sorrindo.
- porque não? sei que não é a mesma coisa de sairmos para jantarmos fora mas, ao menos estaríamos juntos, então... o que você me diz?