Poucos minutos de conversa foram o suficiente para que Mário ficasse intrigado e disposto a desvendar a acidez por trás das palavras de Manoela, fazendo ele começar a reparar mais na aluna da universidade da sua família. A diferença entre eles é com...
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— Bom dia — cumprimemto ao passar pelo Mário parado na porta da sala.
— Bom dia, senhorita Martin — ele responde.
Caminho para a mesa vaga e coloco o meu material em cima, me sento na cadeira e cruzo os dedos em cima da mesa tediosamente.
Quando muitos alunos chegam, Mário começa o seu discurso sobre algo relacionado a uma palestra importante sobre o futuro. Sinto que ele, tanto quanto a gente, odeia ter que vir falar com a gente quando uma figura importante faz visitação ao campus.
Toda vez que escuto sobre decisões da vida adulta e que devemos escolher a nossa profissão com cautela porque será isso que faremos da vida sempre, me dá vontade de morrer. Como vou saber se daqui a alguns anos não irei me enjoar da minha profissão? Esse discurso só me faz pensar mais sobre as decisões da minha vida.
Depois de alguns minutos, menos do que o normal, Mário finalmente encerrou as suas belas palavras falsamente alegres e saiu da sala. O cheiro dele nem havia saído da sala e as meninas já começaram a falar sobre como ele é lindo.
Aff. Ele nem é tudo isso.
— Ele com certeza me daria uma oportunidade fora daqui — diz uma garota ruiva da minha turma.
— Aposto que essa pose profissional não duraria um segundo se eu fosse lá dentro — diz Hanna.
— Já perceberam como os homens mais bonitos são aqueles que mais se fazem de difícil? — Ashley diz. — Aposto que ele deve ser muito bom na cama.
— Você acha? Eu tenho certeza — Hanna diz.
— Porém eu faria igual a Kisa Vezenic e escolheria o Alfredo. Já viu o quão gato ele é? Prefiro os morenos. — Ashley sorri. — Aquelas fotos só de cueca que estão no site da Vezicci.
— Victor Angeles é um grande gostoso e não é casado. Eu toparia em ser madrasta por ele — Hanna diz, sorrindo.
— Não importa se é casado, eu ainda ficaria com Alfredo Martell.
Não consigo me segurar e solto uma risada irônica.
— Está rindo do que, Manoela? — Ashley pergunta.
Ashley e Hanna, a duplinha, são como se fossem as meninas malvadas. Elas se esqueceram de crescer quando chegaram na faculdade.
— Nada importante — respondo com ironia.
— Quero saber o motivo de tal risada.
— Você realmente acredita que conseguiria ficar com o Alfredo? — questiono.
— Eu aposto que sim. O que eu não tenho que Kisa Vezenic tem?
— Caráter, educação e o marido.
— Está querendo dizer o que com isso? — Ela levanta e sobe as escadas para vir até mim.
— O Alfredo ama demais a esposa e não seria qualquer garota metida que conquistaria ele. — Vejo ela abrir um sorriso irônico. — Mas se ainda não entendeu o que eu quis dizer, eu vou dizer. O Alfredo não ficaria com uma sem caráter e...como chamam as meninas que desejam o marido de outra? — finjo pensar. — Lembrei: vadia.
