Capítulo 27

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Chego na cozinha da minha sala com a Medusa brincando de passar pelo meu pé, e as minha irmãs me olham

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Chego na cozinha da minha sala com a Medusa brincando de passar pelo meu pé, e as minha irmãs me olham.

Fico esperando eles falarem alguma coisa de mim, ou me chamar de ridículo, mas estranhamente hoje elas não abrem a boca.

— O que? — pergunto.

As loiras continuam com a boca fechada e nenhuma expressão de deboche. Franzo o cenho.

— Falem alguma coisa — mando. — Que tipo de brincadeira é essa?

— Elas estão fazendo brincadeira de silêncio — Xavier diz, entrando na sala de jantar. — Não adianta, eu já falei com a Clara umas 50 vezes e ela não respondeu.

— Que consiste em...? — pergunto.

— Quem perder vai levar o seu carro para o conserto.

— A Beatriz ainda não foi levar? — praticamente grito. — Aquele fusca é relíquia, foi muito caro. Fala alguma coisa, Triz.

Ela apenas me olha, mas não abre a boca.

— Se eu chegar e meu carro ainda estiver amassado, vocês vão ver. Todas as três — aviso e caminho para fora da sala de jantar.

Vou junto com o Xavier para a frente da mansão onde o meu carro está estacionado e entramos nele. No caminho, ficamos conversando enquanto ouvíamos músicas antigas no meu carro vintage. O trajeto para a universidade não demorou tanto hoje, o trânsito estava bem tranquilo.

Estaciono meu carro na minha vaga e saio do carro ajeitando o blazer no meu corpo, fecho os botões da minha camisa que estava aberto e entro na universidade. Olhares são direcionados a mim e ao Xavier, ouço alguns cochichos.

— Você é tipo famoso aqui — Xavier fala. — O Brad Pitt dos universitários? — debocha.

— Venha aqui dois dias e você também vai ser. Você vai ser o Leonardo DiCaprio.

— Eu sou casado, olha a minha aliança. — Ele ergue a mão e balança o dedo anelar. — Sou muito feliz com a sua irmã, essas jovenzinhas não me chamam atenção.

— O único impedimento é você ser marido da minha irmã e a pessoa correr o risco de ser expulsa, nada mais.

— Então a Clara é a minha salvação? — debocha.

— Exatamente.

Maneio a cabeça para o lado e meus olhos se encontram com olhos verdes curiosos e inexpressivos, não tão inexpressivos como antes ao abrir um sorriso ladino disfarçado para mim. Abro um sorriso e abaixo a cabeça, deixando que meu cabelo caia para frente e o jogo para trás ao levantar a cabeça novamente. Mantenho o contato com a Manoela como se ela fosse a única coisa em meu campo de visão.

Algo sempre me puxa para o olhar dela, mesmo ela estando longe ou nem mesmo me olhando. Seus olhos de gato são os mais bonitos aqui, eu os veria a quilômetros de distância. Fico intrigado como ela não passa nada no seu olhar algumas vezes, apenas a expressão de que ela não dá a mínima para o que está olhando. Contudo, consigo ver que ela se importa sim em me olhar agora, nesses dias que nos aproximamos mais e mais.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora