Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Algo vem ocupando meus pensamentos desde sexta-feira. Ouvi, quando eu estava passando pelo corredor, Priscila dizer que se sentia triste pela Manoela. Ao ouvir o nome dela a conversa passou a me interessar e eu virei um fofoqueiro.
Hoje é dia 8 de Maio, domingo de dia das mães. Camile disse que iria para algum lugar passar o dia com a sua mãe, Ashley ficaria com a sua mãe, e a Priscila também passaria com a sua família, o que faria Manoela passar sozinha. Eu não tinha entendido o rumo da conversa até ouvir que seria o primeiro dela sem a mãe.
Passei sexta e sábado, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos, pensando em como deve ser difícil para ela, que com certeza ela deve estar triste. Ultimamente tudo que tem haver com a Manoela está me envolvendo, cada dia que passa eu percebo o quanto estou ferrado e criando sentimentos que até então eu nem conhecia.
Como uma menina que eu nem tinha contato se tornou a pessoa que faz eu largar a minha mãe em seu dia especial para ir até a sua casa vê-la? Sim, estou dirigindo para a casa da Manoela.
Estou sendo imprudente como um adolescente, fiz questão de procurar a sua ficha da universidade apenas para ver o seu endereço pois eu não me lembrava totalmente. Comprei chicletes de melancia após fazer a loucura de ligar para a Kisa e perguntar se ela sabe algo que a Manoela gosta.
Saio do carro após finalmente chegar e vou bater em sua porta. Não contive a minha preocupação quando ela abriu a porta com os olhos vermelhos.
Eu já estava sendo muito imprudente, então fiz valer a pena. Puxei Manoela e circulei o seu corpo com os meus braços. De início ela obviamente ficou surpresa pelo meu ato, mas logo circulou meu corpo com os seus braços e apoiou a cabeça em meu peito.
— Não posso imaginar como deve estar sendo difícil — sussurro. — Precisa de algo? Me diga, eu faço.
— Não tem nada que possa fazer — ela diz abafado por estar com a cabeça contra o meu peito.
— Posso pelo menos tentar te animar?
— Como? — ela pergunta, levando as mãos até a ponta do meu cabelo.
— Podemos fazer o que quiser hoje.
Ela tira a cabeça do meu peito e se afasta enquanto seu cenho franze.
— Não deveria estar com a sua mãe? — questiona, passando a mão embaixo dos olhos para secar as lágrimas.
Fico alguns segundos sem dizer nada, meio sem saber o que responder.
— Minhas irmãs estão entretendo ela muito bem — digo.
— Mas, ainda sim, é dia das mães.
— Ouvi suas amigas conversando sobre você e lembrei. Não as culpe.
— Não as culpo, só estão preocupadas comigo. O que eu não entendo é você aqui.
— Odeio feriados comemorativos. Como único único filho homem, as minhas irmãs são sempre as que decidem qual surpresa fazer. Se resume em compras e salão.