Capítulo 47

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Passo entre as prateleiras da biblioteca, passando a ponta dos dedos nos livros e caminhando em direção a mesa que fica ao fundo

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Passo entre as prateleiras da biblioteca, passando a ponta dos dedos nos livros e caminhando em direção a mesa que fica ao fundo.

Cruzo os braços enquanto me aproximo da mesa e deixo um sorriso escapar ao ver Manoela dormindo serenamente com a cabeça na mesa. Sento ao lado dela silenciosamente e tiro os fios de cabelo que estão cobrindo o seu rosto.

Ela dorme serenamente, tão perfeita com os olhos fechados e a aparência angelical. Uma respiração calma sai dela, porém a posição que ela se encontra não parece nada confortável. Me sinto encantado vendo ela dormir, mal posso conter o sorrisinho fofo que aparece em minha feição.

— Manoela? — chamo baixo e a cutuco devagar. — Manoela? — chamo de novo, um pouco mais alto.

Manoela mexe um pouco as mãos e abre os olhos lentamente. Me deixa surpreso quando abre um sorriso fofo ao me olhar ainda bastante sonolenta, mas sorrio de volta para ela.

— Nossa, nem percebi que estava cansada — diz, voltando a ficar com a expressão normal. — Está aqui há muito tempo? — Ela se espreguiça.

— Não. Cheguei há pouco tempo e te vi dormindo.

— Entendi — diz, começando a juntar as suas coisas.

— Vai aonde? — questiono.

— Para casa, acho que preciso de um descanso.

— Sei.

— Que tom acusador é esse? — Ela coloca as mãos na cintura.

— Nada, apenas parece que foge de mim.

— Percebeu isso agora? — debocha.

— Você e suas belas respostas.

— É um dom. — Dá de ombros. — Tchau, senhor Parker.

Manoela levanta da cadeira, dá um aceno de cabeça e caminha em direção a saída, mas para em uma das prateleiras e me olha.

— Esqueceu algo? — pergunto com as sobrancelhas erguidas.

— Você acha que sonhos tem significados? — Ela ergue as sobrancelhas também.

— Qual tipo de sonho?

Manoela anda em minha direção e volta a se sentar na mesa, colocando suas coisas em cima.

— Sonhar com alguém — faz uma pausa —, alguém conhecido?

— Talvez significa que está pensando demais na pessoa.

— Isso pode ser uma verdade — ela murmura.

— Com quem sonhou, Manoela? — questiono.

— Não é da sua conta, Mário.

Eu adoro quando ela me chama pelo nome, faz parecer que somos realmente íntimos.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora