Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Passo entre as prateleiras da biblioteca, passando a ponta dos dedos nos livros e caminhando em direção a mesa que fica ao fundo.
Cruzo os braços enquanto me aproximo da mesa e deixo um sorriso escapar ao ver Manoela dormindo serenamente com a cabeça na mesa. Sento ao lado dela silenciosamente e tiro os fios de cabelo que estão cobrindo o seu rosto.
Ela dorme serenamente, tão perfeita com os olhos fechados e a aparência angelical. Uma respiração calma sai dela, porém a posição que ela se encontra não parece nada confortável. Me sinto encantado vendo ela dormir, mal posso conter o sorrisinho fofo que aparece em minha feição.
— Manoela? — chamo baixo e a cutuco devagar. — Manoela? — chamo de novo, um pouco mais alto.
Manoela mexe um pouco as mãos e abre os olhos lentamente. Me deixa surpreso quando abre um sorriso fofo ao me olhar ainda bastante sonolenta, mas sorrio de volta para ela.
— Nossa, nem percebi que estava cansada — diz, voltando a ficar com a expressão normal. — Está aqui há muito tempo? — Ela se espreguiça.
— Não. Cheguei há pouco tempo e te vi dormindo.
— Entendi — diz, começando a juntar as suas coisas.
— Vai aonde? — questiono.
— Para casa, acho que preciso de um descanso.
— Sei.
— Que tom acusador é esse? — Ela coloca as mãos na cintura.
— Nada, apenas parece que foge de mim.
— Percebeu isso agora? — debocha.
— Você e suas belas respostas.
— É um dom. — Dá de ombros. — Tchau, senhor Parker.
Manoela levanta da cadeira, dá um aceno de cabeça e caminha em direção a saída, mas para em uma das prateleiras e me olha.
— Esqueceu algo? — pergunto com as sobrancelhas erguidas.
— Você acha que sonhos tem significados? — Ela ergue as sobrancelhas também.
— Qual tipo de sonho?
Manoela anda em minha direção e volta a se sentar na mesa, colocando suas coisas em cima.
— Sonhar com alguém — faz uma pausa —, alguém conhecido?
— Talvez significa que está pensando demais na pessoa.
— Isso pode ser uma verdade — ela murmura.
— Com quem sonhou, Manoela? — questiono.
— Não é da sua conta, Mário.
Eu adoro quando ela me chama pelo nome, faz parecer que somos realmente íntimos.