Capítulo 29

129 23 5
                                    

Estico as pernas sobre o sofá e repouso o livro na minha perna para puxar mais o casaco para o meu tronco quando um vento forte bate contra o meu corpo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estico as pernas sobre o sofá e repouso o livro na minha perna para puxar mais o casaco para o meu tronco quando um vento forte bate contra o meu corpo.

Observo a vista da sacada da mansão do Oscar e suspiro. Fico olhando a imensidão escura e as palmeiras balançando.

Volto a pegar meu livro, mas não consigo ler e me concentrar ao ouvir um latido e risadas. Deixo o livro de lado novamente e caminho para a grade da sacada. Apoio os cotovelos nela e fico observando.

— É um tanto tarde, não acha? — pergunto, atraindo a atenção.

Mario procura, mas logo me vê na sacada e abre um sorriso. Ele está com conjunto de moletom cinza e o cabelo preso com fios soltos.

— O que está fazendo na sacada, então? — retruca.

— Sou rebelde — debocho e sorrio.

— É, você é.

— Não acha que é hora das crianças dormirem? — pergunto, aponto para a Medusa.

— Medusa gosta da tranquilidade da madrugada. E Você, o que está fazendo acordada às 1:00 da manhã?

— Eu estava lendo um livro — respondo.

— Não faz outra coisa além de ler, Manoela?

— Intrigo pessoas no meu tempo livre. — Dou de ombros.

Mario sorri.

— Qual livro? — ele pergunta.

— Um Quarto Com Vista.

— Por que não desce e me conta do que se trata? — sugere.

— Não costumo falar de livros que não gostei muito.

— Me diga o que te irritou, então.

— Não sei. — Coloco meu cabelo atrás da orelha.

— Por favor — pede, eu encaro ele com os olhos fixos. — Me faça companhia.

As borboletas do meu estômago estranhamente se agitam, fazendo eu soltar um suspiro.

— Está bem — digo.

Faço uma careta, e fico muito receosa em descer, mas desço mesmo assim. Passo pelo corredor e o hall tentando não fazer nenhum barulho para não acordar ninguém. Abro a porta, caminho em direção ao Mário e a Medusa e paro na frente deles com os braços cruzados.

— Oi — digo e abro um sorriso.

— Oi — ele diz. — Vamos andar.

Mario começa a andar com a Medusa presa à coleira ao seu lado direito, e eu começo a andar do lado esquerdo dele. A noite está fresca e muito agradável. O condômino está silencioso e algumas luzes estão desligadas.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora