Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Escuto a porta da biblioteca ser aberta e levo o olhar até lá. Oscar passa por ela com um sorriso em minha direção.
— Gostou mesmo desse lugar — Oscar diz, se aproximando.
— Sim.
— Gosta de ler, então? — Ele senta na poltrona à minha frente. — Como começou a gostar?
— Quando eles se tornaram minha única companhia. Quando eu estava no hospital com ela.
— Você me lembra a sua mãe.
— Prefiro não falar dela. — Me ajeito na poltrona, colocando o livro na minha perna.
Oscar assente lentamente.
— O que está lendo? — Aponta para o livro.
— Romance — respondo simplista.
Oscar novamente assente lentamente antes de abrir um sorriso, pensativo.
— Você lê por que gosta? — ele pergunta.
— Exato.
— Não é por outro motivo? — soa sugestivo. — Talvez o romance esteja em sua vida.
— Não entendo entrelinhas. Se quer perguntar algo, deveria fazer isso.
— Mário Parker.
Franzo o cenho.
— Algo está acontecendo entre vocês? — pergunta. — Não precisa me dizer se não quiser. Eu só quero ter certeza que ele não vai machucar você...
— O que? — praticamente grito e arregalo os olhos. — Eu não tenho nada com o senhor Parker. Desculpe dizer isso, mas você enlouqueceu?
— É só que eu vi vocês juntas e pareciam...íntimos.
— Impressão sua. Ele e eu não sentimos nenhum tipo de atração um pelo outro, nem carnal.
— Tudo bem, me desculpe te abordar assim. — Oscar levanta e caminha até mim. — Mas se algo mudar, só tome cuidado. Eu sei que você vai fazer 23 anos, já é adulta, mas ele é filho do diretor da sua universidade.
— Eu sei disso — falo, balançando a cabeça em sinal de concordância. — De verdade, Mário nunca me viu com outros olhos, do mesmo jeito que eu não vejo ele. Nós nunca vamos ter nem um encostar de lábios, isso é um fato.
— Certo. — Ele sorri. — Vivienne está chamando você na cozinha.
— Obrigada, Oscar. — Deixo o livro na poltrona e levanto.
Saio da biblioteca e sigo pela mansão até a cozinha. Vivienne está de costas, parecendo cozinhar algo e eu me aproximo dela.
— Me chamou? — pergunto.
— Talvez queira confeitar biscoitos — sugere. — Fazer algo juntas. Mas tudo bem se não quiser, não é tão importante.
— Claro que eu quero. — Sorrio. — Só vou lavar as mãos.