Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Batuco as unhas na mesa enquanto os meus pés balançam freneticamente. Me sinto nervosa desde que a professora entrou em sala e disse que o senhor Parker viria na sala, mas não é o Mario, é o seu pai.
Será que ele veio mandar alguma indireta para mim? Dizer sobre as normas da universidade? Dizer que pode levar a minha expulsão? Será que Clara contou? O que será que ele irá dizer?
Meu Deus, estou a ponto de ter um surto!
Saio dos meus pensamentos nervosos quando vejo o Senhor Parker entrar na minha turma. Ele dá as devidas saudações de educação e começa a falar. Diferente dos meus pensamentos, ele fala sobre a formatura e algo sobre o desempenho dos estudantes.
Tiro a atenção do senhor Parker e presto atenção na pessoa ao seu lado. Começamos um tipo de conexão onde nada mais parece importar, o olhar começa a ser mais importante. Reparo em seu cabelo preso e consequentemente presto atenção nos detalhes do rosto do Mario.
Apoio a cabeça nas mãos e fico olhando-o fixamente, mal podendo desviar o olhar e apenas lembrando daquele maldito beijo. Isso que é estar apaixonada? Mario também não faz muita questão de desviar o olhar, parece ter um imã que traz o seu olhar sempre para mim.
— Não é, Mario? — o senhor Parker nos tirar daquele transe com a sua pergunta.
Pisco algumas vezes e belisco um pouco a minha mão, voltando a mim e pensando se eu não poderia ter sido mais burra.
— É claro, Pai — Mario confirma.
Não evito a risadinha sabendo que o Mário concordou com algo que nem ao menos sabe. Ele me olha, olha para baixo e abre um sorriso.
O discurso do senhor Parker durou longos e cansativos minutos. Quando por fim acabou, nós, alunos, nos retiramos da sala para finalmente poder ir para casa. Passo por Mario e seu pai ao sair da sala, vejo de canto de olho Mario me acompanhar com olhar.
Assim que chego ao pátio, caminho para a saída, mas a voz de Ashley me gritando me impede de dar mais algum passo.
— Eu percebi — ela diz ao se aproximar.
— O que? Eu indo embora? — Franzo o cenho.
— Percebi o olhar do senhor Parker, Mário, para você.
— O que?! — Gargalho falsamente, sentindo meu nervosismo aumentar. — Acho melhor ir ao médico, Ashley.
— Eu não sou burra quando se trata de exalar tensão. E vocês dois estavam com bastante na sala.
— Está imaginando coisa. Mario e eu? Nunca! — Volto a gargalhar e enrolo uma mecha do meu cabelo em meu dedo.
— É claro que algo está rolando. Manoela, foi tipo como se eu estivesse vendo um filme romântico quando o casal cria um momento só seu.