Poucos minutos de conversa foram o suficiente para que Mário ficasse intrigado e disposto a desvendar a acidez por trás das palavras de Manoela, fazendo ele começar a reparar mais na aluna da universidade da sua família. A diferença entre eles é com...
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Entro na Vezicci e caminho em direção ao elevador.
— Feliz aniversário, Manoela — Lídia diz ao passar.
— Obrigado. — Sorrio.
Eu costumava amar o dia 16/05. Eu costumava amar o meu aniversário quando eu era mais nova. Eu faltava aula, ganhava bolo e um dia especial. Mas quando você cresce, o bolo se torna café para te manter acordado porque você não pode faltar ao trabalho. No meu caso, eu realmente não posso faltar ao trabalho, não quando estou a um passo de ser contratada. Eu até poderia pedir a Kisa, ela obviamente entenderia, mas eu passaria meu aniversário em casa deitada.
Entro no elevador e me apoio no metal frio para esperar que ele suba até o andar que eu trabalho.
— Reunião de última hora — Marcel diz quando as portas abrem no andar que eu trabalho.
— O que aconteceu? — pergunto.
— Iremos nos encontrar com o advogado no Angeles. — Ele entra no elevador.
Quando as portas abrem no saguão da empresa, caminhamos para a entrada e vamos juntos para o seu carro, que o manobrista deixou na porta. O restaurante não fica tão longe, por isso o caminho foi muito rápido e tranquilo. Está um lindo dia hoje, calorento e ótimo para um passeio no Central Park. O carro é estacionado no porta do restaurante. Saio do carro e espero por Marcel. Assim que ele dá a chave para o manobrista, a gente entra no restaurante.
— Será uma reunião importante? — pergunto, vendo ele empurra a porta.
— Você verá — diz, abrindo a porta.
Tomo um susto e dou um passo para trás quando confetes voam em meu rosto e todos gritam "Surpresa!". Forço um sorriso diante da surpresa de aniversário, ainda me recuperando do susto. Levo a mão ao peito e solto o ar que eu tinha prendido.
— Obrigado. — Sorrio falsamente, ainda me recuperando do susto.
— Feliz aniversário, querida — Marcel diz.
— Foi armado — suponho.
— Feliz aniversário, Manoela. Eu quero te dar uma lembrancinha — Kisa diz ao se aproximar.
— Obrigado, mas não precisa. Já é legal terem preparado uma festa para mim.
— Minha mãe diz que presente você só aceita. — Ela sorri. — Aqui está. — Ela estende em minha direção.
Pego a caixa na mão e finjo costumo, mesmo que dentro de mim eu esteja gritando.
— Um ipad? — Sorrio de nervoso.
— Sei que você não é muito de gostar de coisas muito caras, ou chamativas, então eu comprei algo simples para você.
