Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Olho a hora em meu relógio pela milésima vez e solto um suspiro impaciente. Alguns alunos passam pelo corredor, e eu aceno levemente com a cabeça para eles.
Disfarço o quanto posso, como se eu estivesse no corredor apenas por acaso. Me sinto levemente ansioso, como se eu fosse uma criança prestar a aprontar. Olho o relógio várias vezes, a hora parece não passar. Me sinto como se eu estivesse prestes a cometer uma loucura das grandes, porém não é nada disso.
Quando finalmente a Manoela aparece no corredor, claramente distraída olhando para algo em seu celular, eu entro na sala de aula vazia e fico dentro, mas tendo visão de fora pela fresta da porta. Assim que Manoela passa distraidamente pela porta da sala, eu a puxo pelo braço e encosto a porta. Foi de um jeito tão rápido e repentino, fez Manoela arregalar os olhos e deixar que o seu celular caia.
Por sorte, eu peguei rapidamente o celular dela graças a um bom reflexo e tampei a boca dela com a mão antes que ela gritasse.
Seu corpo gruda no meu, sinto o seu perfume e aquela mesma vontade da noite chuvosa que eu infelizmente não consegui me controlar e beijei ela. Tiro lentamente a mão da boca dela e encaro seus lábios avermelhados iguais suas bochechas. Sendo sincero, eu faria de novo e de novo, beijaria ela novamente. Que lábios chamativos e convidativos.
— Inferno! Você ficou doido? — ela vocifera, me empurrando. — Quase me matou do coração.
O seu rosto está completamente vermelho de raiva, as mãos repousadas em seu peito estão tremendo e a sua respiração ofegante. Os olhos ainda arregalados, antes beirando o medo, porém agora beirando a raiva. Suas pupilas estão dilatadas, é como uma gato assustado.
— O que deu em você? — ela pergunta, o tom de voz mais alto do que de costume.
Estico a mão até a porta.
— Não tranca! — ordena.
Tranco a porta.
— Senhor Parker! — exclama, irritada.
— Ontem você me deixou falando sozinho, então agora precisa me ouvir.
— Já tínhamos acabado a conversa — ela diz, se afastando de mim.
— Acabamos quando eu digo que acabou.
Ela me lança um olhar cerrado e cruza os braços. Manoela solta uma risada irônica antes de falar.
— Acabamos quando eu deixei claro que foi um erro idiota — ela diz, apontando para mim.
— Como seu superior...
— Como meu superior — ela diz, me cortando. — você não deveria ter me puxado para uma sala, muito menos me beijado daquela forma.