Capítulo 52

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Sento na ponta da mesa e fico batucando os dedos por ela

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Sento na ponta da mesa e fico batucando os dedos por ela. Um certo nervosismo me incomoda, assim como a sensação de me sentir frágil e sensível. Eu nunca me senti assim, principalmente se tratando de uma mulher. Se tratando de ter dado um orgasmo a ela, mas essa mulher não é qualquer mulher.

Eu me deixei levar, eu não deveria ter feito o que eu fiz. Mas naquele momento eu não estava raciocinando bem, a cabeça de cima não foi a que falou mais alto. Eu simplesmente suguei a Manoela como um doido e eu não estou sabendo lidar com esse fato porque eu não consigo esquecer. Eu não esqueço seus gemidos, seus toques, seu gosto, seu corpo se arqueando na cama. Eu não esqueço nada.

É horrível não esquecer, porque mostra o quanto eu estou gostando da Manoela e esse sentimento me levou a outro problema. Um problema bem maior do que eu ter me envolvido com uma aluna sendo que eu sou o diretor.

Quando a porta é aberta, eu disperso dos pensamentos levando o olhar até ela e observo a Manoela fechar a porta com cuidado e completamente calada. Ela para em minha frente a alguns passos de distância e coloca as mãos na frente do corpo.

Ela não diz nada e também não me olha nos olhos, seus olhos parecem estar prestando atenção na contagem mental que ela faz dos segundos.

— Me chamou, senhor Parker? — ela pergunta ao finalmente me olhar, deixando eu ver as suas bochechas vermelhas de vergonha.

— Precisamos falar do que aconteceu.

— Não precisamos — Manoela se apronta em dizer.

— Manoela, você sabe o que aconteceu.

— Eu sei o que aconteceu, não sou burra.

— Não estou te chamando de burra...

— Mas pareceu.

Solto um suspiro impaciente.

— Eu não quero brigar, apenas falar do que aconteceu. — Paro de batucar os dedos na mesa e cruzo os braços.

— Eu não quero falar disso.

— Não foi nada grave ou de outro mundo, então precisamos falar.

— Não quero falar, estou com vergonha. — Manoela coloca o cabelo atrás da orelha.

— Vergonha por quê?

— Mário — começa com um tom baixo. —, você estava com a cabeça no meio das minhas pernas. É constrangedor.

— É uma coisa normal.

— Não para mim. — Ela comprime os lábios. — Por favor, não vamos falar disso.

— Precisamos esclarecer as coisas.

— Esclarecer mais? — Ela arregala os olhos. — Você me deu um orgasmo...bom, o primeiro, mas e daí?

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora