Capítulo 35

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Por mais que a madrugada esteja fria, eu continuo na área da piscina com um livro na mão e uma xícara de café na outra

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Por mais que a madrugada esteja fria, eu continuo na área da piscina com um livro na mão e uma xícara de café na outra. Beberico o café e sinto a quentura na minha língua, faz eu assoprar o café e deixar ele em cima da mesinha.

Costumo ficar um pouco viciada em livros algumas vezes, fico tão viciada a ponto de esquecer de dormir ou fazer outra coisa que não seja ler. Eu realmente sou apaixonada por livros, eles me fazem esquecer de tudo. Eu mergulho em outro universo, deixo de lado as chatices da minha vida.

Escuto um barulho vindo do mato e deixo meu livro de lado, em cima da mesinha, para ver o motivo do barulho. Me levanto, levando a coberta comigo e olho em volta. Solto um suspiro aliviado ao ver que não é nada assustador e volto a me sentar.

— Está de madrugada, sabia? — pergunto. — Eu poderia ter me assustado com uma figura loira saindo do mato.

— O que está fazendo acordada, então? Se você se assusta tão facilmente, deveria estar lá no seu quarto — retruca.

— Estou lendo — respondo o óbvio, pegando o livro. — Não deveria andar pelo mato de noite, eu poderia achar que é um tarado. Se estivéssemos no banheiro, eu juraria que é a loira do banheiro.

— Acredita nessas besteiras de assombração de banheiro?

— Não vou dizer que não, ela pode se irritar e aparecer para mim — debocho e dou de ombros.

— O que está lendo? — pergunta, se aproximando.

Olho para o Mário, que está com uma calça de moletom e casaco, o cabelo está preso em um coque despojado e ele calça pantufas.

— O manual da conquista — respondo.

— Está tentando conquistar quem, Manoela? — ele pergunta, sentando ao meu lado.

— Obviamente ninguém.

— Impressionante o fato que você ama ler romances e não quer de jeito nenhum viver um. Você é contraditória.

— A vida é mais tranquila quando se está apaixonada por uma pessoa que não existe e você não pode ter.

— Não concordo. Imagina se apaixonar por alguém que nem existe. Considero loucura.

— Considero loucura não ter pelo menos uma vez a sensação de gostar de alguém.

— Então você é louca? — Mário retruca.

— Não.

Mario vira a cabeça bruscamente em minha direção e me olha com choque.

— Pare com isso. — Lhe dou um tapa no ombro. — Não aja como se eu não fosse uma garota comum.

— Manoela — começa ele, fingindo choque. —, então você já gostou de alguém?

— Quem nunca teve uma paixonite de escola? — Dou de ombros.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora