Mário sempre foi acostumado a conquistar o que queria, incluindo mulheres. Filho de uma família tradicional e dono de um carisma irresistível, ele vive despreocupado e seguro de si. Mas tudo muda quando uma conversa rápida com Manoela, aluna da univ...
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Acompanho a professora pelo auditório e ajudo ela, junto com outros alunos, a colocar os panfletos nas cadeiras.
Hoje terá mais uma palestra para os alunos de medicina e eu, como uma aluna muito querida pelos professores e alguém que não está tendo aula agora, fui chamada para ajudar a colocar panfletos. Eu adoro ser útil nos meus tempos livres, odeio não estar fazendo nada.
— Manoela?
Escuto meu nome ser chamado pela professora e deixo o último panfleto na cadeira para direcionar o olhar a ela.
— Sim? — respondo.
— Poderia pegar mais panfletos na salinha ali dentro, por favor? — pede.
— Claro. — Abro um sorriso.
Deixo a sacola plástica que estava com os panfletos em cima da cadeira e caminho para a sala que fica depois do pequeno camarim que fica atrás da cortina do auditório. Os panfletos estão dentro dessa salinha menor, então entro nela e vou pegar os papéis.
— O que você sabe sobre mulheres?
Escuto uma voz masculina vindo do camarim e fico quieta, não sabendo se atrapalho ou não, ao mesmo tempo tentando reconhecer a voz grossa.
Não que eu seja fofoqueira e queira ouvir a conversa, longe de mim fazer isso.
— Sei bastante sobre mulheres.
Essa com certeza é a voz do Mário, eu reconheço esse tom mais calmo e brincalhão. Se eu estava com vontade de não ouvir antes, passou rapidamente no momento que escutei a palavra mulher na voz do Mário. Oh, eu definitivamente preciso ouvir sobre o seu conhecimento sobre as mulheres.
— Não estou falando sobre deixar elas de manhã, Mário. Estou falando sobre as mulheres, seus achismos e opiniões.
— Nem eu — Mário diz — Mulheres são difíceis, astutas e com língua afiada demais. Elas são tão...difíceis de entender, difícil de ler.
— Alguém específico? Pois está parecendo.
— Apenas dizendo o que sei das mulheres que eu conheço. Elas fingem muito sobre as coisas, como gatas traiçoeiras. E eu nem estou falando da beleza.
— Jura que não está pensando em ninguém? — Jonas questiona. — Está dizendo com tanta convicção que parece pensar em alguém.
Dou um leve passo para frente para conseguir vê-los. Eles estão de costas para onde eu estou, estão parados com garrafinhas de água nas mãos.
— Pode até ser que seja alguém específico. — Mário toma um gole da sua água.
— Não me diga que é aquela garota que te deixou intrigado? Isso apenas porque ela não sentiu nada por você? — Jonas ri.
— Aquela garota...Você não percebe como ela é? Como ela é astuta com as palavras e ações.
— É Manoela, certo? — Jonas pergunta — A garota do auditório e do casamento da Kisa? Estou ouvindo e vendo bastante sobre ela ultimamente.