Capítulo 36

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— Manoela, não esqueça a sua chave

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— Manoela, não esqueça a sua chave. Irei para Nova Jersey — Camile diz pela milésima vez.

— Eu já entendi, Camile — digo. — Irei colocar agora na minha bolsa.

Caminho para a prateleira, pego a minha chave e coloco na minha bolsa que está no sofá.

— Satisfeita? — pergunto em deboche.

— Sim.

Caminho de volta para o banheiro e termino de ajeitar o meu cabelo. Quando acabo de fazer o que preciso, sigo para o meu quarto, pego a minha bolsa e sigo para a saída da minha casa.

Com a Camile, caminhamos para o ponto de ônibus. Chegamos na hora exata do ônibus passar. O caminho de ônibus até a universidade demorou bastantes minutos, o ônibus parou em mais pontos que o rotineiro. Quando Camile e eu chegamos, Priscila e Ashley já estavam no pátio sentadas e conversando.

— Oi, meninas — cumprimento.

— Oi — elas respondem juntas.

— Hoje tem prova, Manoela — Ashley lembra.

— Pelo menos está acabando — digo.

— Será horrível sem vocês aqui, ficarei sozinha — Priscila choraminga.

— Prometemos não te esquecer — Camile diz.

— Vamos nos ver todo dia trabalhando no mesmo lugar — digo.

— Pelo menos isso. — Priscila sorri.

— Hora de ir para aula. — Ajeito a bolsa carteiro no meu ombro. — Hora de enfrentar aquela prova.

Sigo junto com a Ashley para o terceiro andar, onde fica a nossa sala de aula. Sento na minha cadeira, coloco a minha bolsa na cadeira ao lado e pego apenas caneta para a prova.

As horas passam lentamente, meu cérebro frita com tantas questões em uma prova. Posso dizer que me saí bem na maioria das questões.

O resto do dia na universidade foi de pura paz comparando com aquela prova e o quanto o professor é chato e rigoroso. Passei algumas horas na biblioteca lendo, lanchei com as minhas amigas, apresentei o meu trabalho para a classe inteira. Hoje eu realmente me mantive o dia inteiro ocupada na universidade. As meninas saíram bem mais cedo que Ashley e eu.

Quando finalmente saí da aula, caia uma chuva terrível. O pior de tudo era não ter um guarda chuva em minha bolsa e ter que ir na chuva até o ponto de ônibus. Eu não deveria ter parado na biblioteca, deveria ter aproveitado a carona da Ashley quando ela me ofereceu.

Fico decidindo entre ficar debaixo da parte coberta ou finalmente encarar o fato que pegarei chuva. Corro bastante pelas ruas molhadas, fazendo com que a barra da minha calça molhe e eu fique completamente encharcada.

O ponto de ônibus nunca pareceu tão longe. Pior do que pegar chuva é um carro passar em uma poça e te molhar inteira. Foi o que aconteceu.

— Filho da puta! — vocifero, mostrando o dedo do meio para o carro.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora