Capítulo 37

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Escuto a porta ser aberta e continuo na mesma posição de costas para a porta, apoiada no parapeito da sacada

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Escuto a porta ser aberta e continuo na mesma posição de costas para a porta, apoiada no parapeito da sacada.

— Fiz café da manhã, se você quiser, eu trago para você.

— Você pode me levar para casa? — peço.

— Te levo depois do café da manhã.

Deixo de olhar a chuva fraca que cai pela manhã nublada e o encaro.

— O que fez de café da manhã? — pergunto.

— Tem bolo, pão, suco e frutas. Mas se quiser, posso fazer algo para você...

— Bolo está bom.

— Manoela, precisamos...

Não deixo ele terminar a sua fala, passo em sua frente e caminho para a saída do quarto. Desço as escadas correndo, quero evitar qualquer tipo de conversa sobre o que aconteceu ontem. Quando chego à sala de jantar, espero o Mário para que eu me sente à mesa.

Me sento após ele se sentar e começo a comer bolo de laranja e beber suco de maracujá, evitando o olhar no loiro e a conversa que provavelmente ele quer ter comigo.

— Precisamos conversar — ele diz. — Você não pode evit...

Seu telefone toca, interrompendo o que ele ia dizer.

— Você pode pegar para mim? — ele pede, apontando para o celular ao meu lado.

— Por que você não pega? — retruco.

Mário está do outro lado da mesa, de frente para mim.

— Ele está do seu lado.

— Então levanta e pega.

— Manoela, por favor — pede, sem paciência.

Olho o celular de canto de olho e o pego. A foto de uma mulher está na tela junto com "morena da balada". Entrego o celular para ele e levanto.

Então é isso? Ele me beijou, mas não passou de um beijo bobo. Uma mulher está ligando para ele, e o número dela está salvo no celular dele. O que eu estava esperando? Eu já tinha consciência das intenções de homens como ele, eu não deveria estar surpresa.

— Eu quero ir para casa, se não me levar, eu irei sozinha — digo.

— Termina seu café da manhã.

— Já disse que quero ir para casa. Não quero ficar nem mais um segundo aqui com você.

— Manoela, eu já entendi que você ficou irritada com o beijo, mas tem como você relaxar? Eu não vou te beijar de novo.

— Porque você percebeu que não sou burra de cair no seu papinho.

— Se eu quisesse te levar para a cama, eu estaria te convencendo já. Eu não teria te beijado de um jeito tão respeitador que eu nunca fiz.

De Repente, Você - Spin-off de Minhas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora