Genesis
Infelizmente o dia de voltar chegou, não queria sair daqui nunca, mas tudo que é bom dura bem pouco. O mais difícil foi me despedir da Tempestade, minha selvagem quê eu não voltaria a ver por um bom tempo. Abracei e beijei ela várias vezes, antes de ir. Me despede do Pablo com um beijo e um desenho e sube no carro.
- Que viagem maravilhosa.
- Realmente.- Nick e eu sorrimos e conectamos nossos celulares no carro e "Just like fire " começou a tocar e nós começamos a saltar no banco que nem loucas, essa música era animada demais para ficar parado.
- Ei, fogo?! - Gustavo, gritou e nós rimos.
- Prontas para ir?
- Sim!- gritamos e rimos.
Gustavo, deu partida no carro e começamos a nos afastar da fazenda, sentiria saudades desse lugar incrível.
Começou " Yellow" e saltamos de novo, por isso adoro viajar com meus irmãos e amigas, a viagem é sempre animadas e divertida.
Durante o caminho dormimos, comemos, dançamos, rimos e depois de quatro horas agitadas chegamos ao Rio.Deixamos as meninas em suas respectivas casas e fomos para a nossa casa. Logo que chegamos saltei do carro e corre para o meu quarto.
Tirei a roupa, entrei no box tomei um banho relaxante e refrescante e sai. Abre o closet e escolhi um vestido preto justo no colo que cobria todos os meus membros superiores e batia até depois do joelho, coloquei um salto médio e desce.
- Onde vás princesa?
- Ao cemitério.
Mamãe me olhou com pesar e assentiu, sai e logo avistei o carro do Mat, na entrada. Me aproximei e entrei.
- Oi.
- Oi.- selei nossas lábios em um beijo rápido.
- Onde é?- coloquei o endereço no GPS e ele deu partida no carro.
Avistei uma floricultura e pede para que parasse, desce comprei dos buquês de lírios e voltei a entrar. Fomos o caminho todo em silêncio e agradece por isso.
Chegamos no cemitério, mas antes de descer ele apertou minha mão na sua e sorri fraco para ele. Descemos e caminhamos entre os túmulos até chegar a dois em especial.
Respirei fundo controlando as lágrimas e me abaixei tirando as flores mortas e colocando os lírios. Chamei o Mat, com a mão e ele se aproximou.- Geralmente faço isso sozinha, pois gosto de estar aqui com eles a sos. Contudo..- respirei outra vez, mas não consegue conte-las.- Mat, esses são Henrique e Andreia, as pessoas mais importantes para mim.
- Olá, mesmo já estando no céu.- sorri fraco e me virei para as lápides.
- Andrea tinha nove anos quando morreu e Henrique onze. Nós crescemos juntos no hospital, eles eram crianças bem loucas e arruaceiras.- não conseguia controlar as lágrimas por mais que quisesse.- Andrea tinha problemas cardíacos, como eu..- ele apertou meus ombros.- Mas uma noite, o coração dela não aguentou e teve uma parada cardíaca que a levou desse mundo - solucei não aguentando a dor das memórias - Foi a pior noite minha vida. Doeu muito saber que eu já não teria ela aqui para mim, não teria seus abraços, não rezariamos mais juntas, minha cama de noite já não estaria bagunçada por ela fugir do quarto dela e se refugiar no meu por ter medo das tempestades.
Solucei e as lágrimas continuaram caindo sem parar.
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Olhos vermelhos (CONCLUÍDO)
RomansaLivro 1 Cabelos brancos feito neve, olhos vermelhos como sangue, pele negra como diamente. Uma pura santa diaba, mas ela mal sabe que para toda santa a um anjo e para uma diaba um demônio.