Capítulo 22 - O celeiro

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Pietro vê quando Camille sobe para o quarto e seu coração começa a disparar de ansiedade, já havia conferido se estava tudo certo no lugar em que queria levá-la e só de imaginar no que poderia acontecer, já ficava excitado.

            Camille entra no quarto e encontra sua roupa do dia anterior lavada e passada. Madalena era realmente sensacional. Um casaquinho simples de moletom, aberto na frente, estava dobrado ao lado na cama. Isso provavelmente seria obra de Sara. Camille pega o celular "esquecido" na cômoda e pensa por alguns segundos se deveria ligá-lo. Com medo de ter sinal para uma das quatro operadoras, ela o enfia dentro de sua maleta, bem no fundo.

            Quando a casa está toda em silêncio, Pietro sai para buscar Camille. Posiciona a escada na direção da janela do quarto de Camille e quando a alcança, ele sorri. Camille está ajoelhada na cama como que esperando por ele.

            - Olá, Julieta. — ele sussurra.

            - Olá, Romeu. — ela sorri.

            Ela está vestindo as roupas de ontem e um casaco de moletom cobre-a até os quadris.

            - As sandálias? — ele pergunta num tom baixo.

            Camille levanta um saquinho de tecido pela ponta e ergue uma sobrancelha. Pietro apenas sorri lendo rapidamente o nome da loja no saquinho. Aquele par de sandálias não deve ter custado menos de 1000 reais.

            - Venha. — ele ergue a mão para ela.

            Camille se apoia nos ombros dele e olha para baixo apreensiva, não era muito alto na realidade, mas um tombo dali poderia machucar bastante.

            - Essa coisa aguenta nós dois?

            - Essa coisa é uma escada e, sim, ela aguenta até um elefante. — Pietro pega Camille pela cintura e a posiciona à sua frente no degrau acima do que ele pisa. — Eu desço e você desce.

            Camille revira os olhos e o segue descendo a escada escorregadia por causa da chuva fina que cai. A temperatura caiu consideravelmente nesse início da madrugada e Camille quase se esquece de que eles já estão no dia 1º de Dezembro e dentro de vinte dias estarão no Verão. Quando alcançam o chão, um cavalo de cor marrom claro está ali tranquilamente esperando por eles. Pietro enfia o saquinho com a sandália de Camille na mochila que deixara no cavalo e a põe nas costas em seguida.

            - Você sabe montar isso? — Camille sussurra em desespero.

            - Isso é um cavalo. — Pietro ri e pega Camille pela mão. — E sim, eu sei montar isso melhor que um príncipe encantado.

            Camille põe a mão na boca para suprimir sua risadinha e com a ajuda de Pietro, sobe no cavalo. Pietro sobe em seguida, ficando atrás dela e pega as rédeas abraçando-a por trás encostando seu corpo ao dela o máximo possível. Sua ereção dá sinal de vida e Pietro usa de seu autocontrole respirando fundo bem devagar.

            - Segure firme, senhorita. — Pietro indica que ela segure nas rédeas junto com ele.

            Eles cavalgam por alguns minutos até que Camille avista uma luz fraca vindo de algum ponto no alto. Quando se aproximam, ela reconhece que a luz vinha de um lampião preso na entrada de um celeiro. Seu corpo se enrijece com a expectativa.

            Dentro, o celeiro era enorme. Tinha até um segundo andar todo em madeira e grades também em madeira. Fenos em blocos enormes e tudo o que se precisa ter num lugar como aquele. Pietro deixa Camille na entrada e sai para acender uma lâmpada. Acende apenas uma, deixando todo o lado atrás dos blocos de feno na penumbra.

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