*Maria Júlia*
Depois de um longo banho, vesti um short de malha preto e uma camisa branca enorme e desci ao ouvir a campainha tocar.
- Hendrick? - olhei para o homem na minha frente com uma flor na mão e uma sacola em outra - chegou mais cedo - digo dando passagem para que entre.
- vim para ver como você estava e para lhe entregar essa flor - peguei a flor em minha mão e fiquei a admirando por alguns segundos - é uma Protea, a flor simboliza a força da transformação, esperança e coragem.
o olhei um pouco emocionada e o abracei sendo recebida por seus braços fortes.
- obrigada Hendrick, e me desculpe por ontem - depositou um beijo em minha testa e foi em rumo à cozinha.
- Eu fiz lasanha e trouxe três pedaços para você comer, não sei se você se alimentou de ontem para hoje.
Estranhei sua mudança de assunto e perguntei:
- Você não está bravo comigo?
Ele se aproximou de mim novamente e segurou meu rosto com as duas mãos oferecendo um olhar cheio de ternura.
- Eu não faço ideia do que está acontecendo com você, mas sei também que não é o momento para você se abrir comigo e está tudo bem, eu vou esperar até que esteja pronta para se abrir comigo, só não se afaste, eu fiquei completamente louco de preocupação.
Sorri boba e assenti dando-lhe um beijo em sua bochecha e ele seguiu para a cozinha novamente.
- Não estou com fome, não precisava - digo seguindo seus passos.
- Come ao menos um pouco, por favor princesa - fez um beicinho e ri com o seu gesto, quem vê esse homem desse tamanho não o imagina desse jeito.
- Tudo bem - ia pegar o prato mas ele estendeu a mão me impedindo e me pôs sentada ao banco do balcão e montou meu prato - Eu posso fazer isso.
- Eu sei, só que você não tá bem, estamos aqui para ajudar você, somos seus amigos e minha mão não vai cair por causa disso - colocou o prato na minha frente e comecei a comer, estava uma delícia e quase não consegui terminar tudo.
- o que você está olhando? - perguntei a ele que me encarou a todo momento enquanto eu comia.
- você é muito linda, só isso - sorri boba e desci da cadeira dando a volta e o abraçando ficando no meio de suas pernas.
- você é o melhor, Kavinsk - encostei a cabeça em seu peito e ficamos assim por alguns minutos até ouvirmos a campainha tocar e logo em seguida passos.
- Eu tô falando cara, dessa forma a gente consegue sentir mais o filme. Vai ser como se estivéssemos lá dentro vivenciando tudo - lá vem..
- Sem chance - diz Peter entrando de mãos dadas com Helena e com a outra mão cheia de sacolas de comida e Ana logo mais atrás.
- Qual a da vez? - perguntei rindo.
- Miguel comprou pijama de leão para todo mundo usar enquanto assistimos todos os filmes de rei leão - Peter jogou-se no sofá e puxou Helena a enchendo de beijos.
- Eu gostei dessa ideia.. - confessei e senti as mãos de Hendrick me virando fazendo com que eu o olhasse.
- Não faz isso comigo, por favor - pediu quase implorando.
- Eu também quero fazer isso - diz Ana contente e Miguel a abraça.
- Helena? - perguntei entusiasmada e Peter a beijou para que ela não concordasse e todos rimos, ela levantou o polegar concordando e batemos palmas.
- Ótimo - Miguel passou entregando o pijama de cada um e fomos nos vestir.
Era uma cena engraçada de se ver, seis adultos andando pela casa espalhando colchões pela sala, ajeitando os lanches e organizando os filmes vestidos de leões com seus rabinhos balançando.
Olhei para Hendrick que estava concentrado ajeitando os colchões e gargalhei com o rabinho mexendo conforme se movimentava.
- Do que você está rindo em? - virou-se para mim vindo em minha direção e tacando uma almofada.
- Do seu rabinho - prendi o riso e ele torceu o canto da boca e saiu rebolando o mexendo mais ainda me fazendo dar uma gargalhada alta.
Tudo já estava ajeitado, colchões espalhados, comidas postas e suco também, demos play no primeiro filme e deitei no peito de Hendrick para assistir e quando chegou na parte da música quem dorme é o leão todos cantamos juntos, era como se tivéssemos voltado a ser crianças, mas confesso que era muito bom.
E foi quando percebi, que eu não estava sozinha, nunca estive. Sempre tive as meninas comigo e elas sempre fizeram de tudo por mim, e agora tinha esses três patetas também, que cuidam da gente e nos acolheram tão bem nos incluindo em tudo em suas vidas, eu não precisava mais fugir para a minha concha, eu tinha uma família para recorrer.
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boa leitura!!
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Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros
RomanceTodo mundo merece a chance de viver um amor clichê como nos livros, todos merecem uma nova chance de ser feliz novamente. Mas será que Maria Júlia Romano conseguirá se entregar ao amor depois de tantos traumas? ela será capaz de deixar o passado de...