Capítulo 27.

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*Maria Júlia*

Depois de um longo banho, vesti um short de malha preto e uma camisa branca enorme e desci ao ouvir a campainha tocar.

- Hendrick? - olhei para o homem na minha frente com uma flor na mão e uma sacola em outra - chegou mais cedo - digo dando passagem para que entre.

- vim para ver como você estava e para lhe entregar essa flor - peguei a flor em minha mão e fiquei a admirando por alguns segundos - é uma Protea, a flor simboliza a força da transformação, esperança e coragem.

o olhei um pouco emocionada e o abracei sendo recebida por seus braços fortes.

- obrigada Hendrick, e me desculpe por ontem - depositou um beijo em minha testa e foi em rumo à cozinha.

- Eu fiz lasanha e trouxe três pedaços para você comer, não sei se você se alimentou de ontem para hoje.

Estranhei sua mudança de assunto e perguntei:

- Você não está bravo comigo?

Ele se aproximou de mim novamente e segurou meu rosto com as duas mãos oferecendo um olhar cheio de ternura.

- Eu não faço ideia do que está acontecendo com você, mas sei também que não é o momento para você se abrir comigo e está tudo bem, eu vou esperar até que esteja pronta para se abrir comigo, só não se afaste, eu fiquei completamente louco de preocupação.

Sorri boba e assenti dando-lhe um beijo em sua bochecha e ele seguiu para a cozinha novamente.

- Não estou com fome, não precisava - digo seguindo seus passos.

- Come ao menos um pouco, por favor princesa - fez um beicinho e ri com o seu gesto, quem vê esse homem desse tamanho não o imagina desse jeito.

- Tudo bem - ia pegar o prato mas ele estendeu a mão me impedindo e me pôs sentada ao banco do balcão e montou meu prato - Eu posso fazer isso.

- Eu sei, só que você não tá bem, estamos aqui para ajudar você, somos seus amigos e minha mão não vai cair por causa disso - colocou o prato na minha frente e comecei a comer, estava uma delícia e quase não consegui terminar tudo.

- o que você está olhando? - perguntei a ele que me encarou a todo momento enquanto eu comia.

- você é muito linda, só isso - sorri boba e desci da cadeira dando a volta e o abraçando ficando no meio de suas pernas.

- você é o melhor, Kavinsk - encostei a cabeça em seu peito e ficamos assim por alguns minutos até ouvirmos a campainha tocar e logo em seguida passos.

- Eu tô falando cara, dessa forma a gente consegue sentir mais o filme. Vai ser como se estivéssemos lá dentro vivenciando tudo - lá vem..

- Sem chance - diz Peter entrando de mãos dadas com Helena e com a outra mão cheia de sacolas de comida e Ana logo mais atrás.

- Qual a da vez? - perguntei rindo.

- Miguel comprou pijama de leão para todo mundo usar enquanto assistimos todos os filmes de rei leão - Peter jogou-se no sofá e puxou Helena a enchendo de beijos.

- Eu gostei dessa ideia.. - confessei e senti as mãos de Hendrick me virando fazendo com que eu o olhasse.

- Não faz isso comigo, por favor - pediu quase implorando.

- Eu também quero fazer isso - diz Ana contente e Miguel a abraça.

- Helena? - perguntei entusiasmada e Peter a beijou para que ela não concordasse e todos rimos, ela levantou o polegar concordando e batemos palmas.

- Ótimo - Miguel passou entregando o pijama de cada um e fomos nos vestir.

Era uma cena engraçada de se ver, seis adultos andando pela casa espalhando colchões pela sala, ajeitando os lanches e organizando os filmes vestidos de leões com seus rabinhos balançando.

Olhei para Hendrick que estava concentrado ajeitando os colchões e gargalhei com o rabinho mexendo conforme se movimentava.

- Do que você está rindo em? - virou-se para mim vindo em minha direção e tacando uma almofada.

- Do seu rabinho - prendi o riso e ele torceu o canto da boca e saiu rebolando o mexendo mais ainda me fazendo dar uma gargalhada alta.

Tudo já estava ajeitado, colchões espalhados, comidas postas e suco também, demos play no primeiro filme e deitei no peito de Hendrick para assistir e quando chegou na parte da música quem dorme é o leão todos cantamos juntos, era como se tivéssemos voltado a ser crianças, mas confesso que era muito bom.

E foi quando percebi, que eu não estava sozinha, nunca estive. Sempre tive as meninas comigo e elas sempre fizeram de tudo por mim, e agora tinha esses três patetas também, que cuidam da gente e nos acolheram tão bem nos incluindo em tudo em suas vidas, eu não precisava mais fugir para a minha concha, eu tinha uma família para recorrer.

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boa leitura!!

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Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora