Capítulo 30.

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*Maria Júlia*

Meu pés doíam de tanto dançar, eu já havia dançando com 6 homens e algumas vezes rodando pelo salão avistei Kavinsk dançando com alguma mulher, mas seu olhar ficou o tempo todo nas mãos dos homens que dançaram comigo.

Saí em direção ao bar e pedi um Martini ao garçom, estava com sede.

- Eu espero que tenha guardado um cartão para mim - virei para ver quem era o dono da voz.

- Jace? o que faz aqui? - perguntei.

- Nossa, olá para você também - pôs a mão ao peito ofendido.

- Desculpe, só não esperava vê-lo - peguei minha bebida e dei um gole sendo perseguida pelo seu olhar.

- É compreensível, eu só vim para acompanhar uma amiga, apenas - diz e se encosta ao bar do meu lado - então, tens um cartão para mim? - arqueou a sobrancelha e sorriu ladino.

- Tenho - estiquei meu braço para que ele assinasse um dos cartões e assim o fez, depositando um beijo no dorso da minha mão.

- Você já marcou a data do seu evento?

- Não, eu cancelei assim que soube que tiraram você da linha de frente - diz calmamente.

- Você fez isso mesmo? - o olhei surpresa.

- Eu pedi o seu trabalho, se não é para ter você, então prefiro não ter nada - Franzi o cenho tentando entender se ainda estávamos falando do trabalho mas uma voz nos interrompeu.

- Bom, terá que se contentar com o nada - Hendrick aproximou-se ficando ao meu lado e passando um braço em minha cintura.

- Kavinsk - Jace o cumprimentou e eles ficaram por alguns segundos se encarando - se não se importa, gostaria de ter minha dança agora, Júlia - diz e sorriu para mim.

Assenti e quando ia sair, Kavinsk segurou minha mão e me puxou para dar-me um beijo na testa.

A música começou e nos posicionamos para dançar.

*Hendrick*

Eu podia matá-lo aqui e agora mesmo, Jace Forts é realmente uma pedra no meu sapato.

Estava encostado ao bar bebendo meu whisky e olhando ele dançar com Júlia, minha vontade era de ir até lá e agarrá-la, mas não é assim que homens como eu se comportam e no momento a única coisa que me interessava mesmo era que Júlia confessou à mim que sentia o que eu também sentia, o que eu não entendia muito bem, mas era algo bom e só isso importa no momento.

A minha única vontade é de tirá-la desse baile e possuí-la o restante da noite, eu estava indignado com tantos homens ao redor dela. Mas era de se esperar, ela é simplesmente a mulher mais linda daqui, a mulher que está comigo e confessara que não parava de pensar em mim.

- Não vai assinar um de meus cartões? - virei minha cabeça e encontrei Renata.

- Desculpe minha arrogância, quer dançar comigo agora? - perguntei e ela sorriu assentindo.

Fomos para o salão de começamos a dançar do meio da música mesmo.

- É ela? a garota na qual você está interessado - perguntou.

- Sim, é. - digo.

- Mas você a ama?

- Renata, eu só quero dançar, não quero partilhar a minha vida pessoal, se não for problema para você - e era verdade, eu podia ver em seus olhos o quanto ansiava pela resposta, mas nem eu entendo de meus sentimentos direito ainda e terei que dar essa informação à ela?

Ela apenas assentiu e continuamos a dançar, a música acabou e nos retiramos da pista, menos a Júlia, que outro homem a chamara para dançar. Renata também foi dançar com outro homem logo depois e voltei para o bar pedindo um Martini.

- Ela dança muito bem - nem precisei me virar para reconhecer a voz do insuportável do Jace Forts, apenas continuei provando do meu drinque.

- Deve ser um fogo na cama - continuou, eu sabia bem o que ele queria - cuidado, Kavinsk, eu também a quero e não vou desistir de tê-la.

Terminei meu drinque e virei para olhar esse indivíduo lastimável.

- Pode tentar, ela está ali no salão e é solteira também - digo sem nenhuma expressão.

- Já vai desistir? - zombou.

- Não, só sou inteligente demais para esse joguinho que você está tentando fazer.

- Ah, é mesmo? por que? - semicerrou os olhos e arqueou uma sobrancelha e sorri ladino com sua irritação.

- Primeiro, eu não sou tolo. Segundo, eu tenho um autocontrole impecável, terceiro, eu sempre estou a 5 passos adiantado de você - dou um gole no meu whisky, precisava de uma bebida mais forte para aguentar esse mimimi tosco.

- Quem lhe garante que não posso tomá-la de você?

- Bom, essa é a diferença entre você e eu. Eu estudo, analiso e procuro a melhor maneira possível de atacar, já você, você só ataca como um verdadeiro selvagem que é - levantei-me ficando frente a ele - e mesmo eu lhe contando a minha tática, você nunca será melhor do eu, porque eu, querido jace - sorri ladino - sempre mudo de tática, apenas aceite de uma vez que você não alcançará meu nível. - virei para o garçom - uma dose de whisky para o homem aqui ao meu lado, por favor, ele vai precisar de algo forte para engolir doses de verdade e de fracassos - tornei meu olhar à ele - não é, meninão?

Sorri e me retirei, Jace iria precisar de muito mais do que isso para me irritar. Posso ser um tolo e brincalhão quando estou com as meninas e com meus irmãos, mas isso não me faz um fraco. Ninguém tira de mim o que eu decido ter, isso nunca aconteceu e não será dessa vez que acontecerá.

Puxei minha mãe para dançar e fomos para a pista.

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Isso aí Hendrick, mostra teu lado machão pra esse mano. 😎

esse baile vai render muita coisa 🤭

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora