Capítulo 21.

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*Maria Júlia*

Ana parou a Van um pouco mais atrás da casa do meu chefe e nos viramos para Miguel que estava concentrado na tela do notebook hackeando o sistema de segurança

Íamos eu, Hendrick, Helena e Peter. Miguel vai ficar de olho no notebook e Ana pronta para dar partida no carro assim que sairmos

- Prontos? - perguntou Miguel e assentimos descendo da Van e encostando em uma parede escura que tinha na rua que estava deserta pois já era madrugada e era um local mais afastado da agitação

- Isso é muita loucura - sussurrou Peter e Helena bateu em seu braço - desculpa minha linda

- ao meu sinal, ok? - falou Miguel pelo aparelho que nos conectava e eu respondi um ok

passou-se dois minutos contados quando ouvimos Miguel

- Agora, vão vão vão!!! - Demos play no tempo do relógio todos ao mesmo tempo e corremos em direção ao muro

Peter e Hendrick correram ultrapassando eu e Helena pegando impulso e alcançando rapidamente o topo do muro com uma das mãos e puxando o corpo conseguindo ficar em cima do muro

como eles conseguem fazer isso tão rápido?

corri junto de Helena e fizemos o mesmo só que com duas mãos e nos puxando para cima, os meninos nos ajudaram e quando estávamos já em cima, nos jogamos na grama da frente da casa que estava absolutamente toda escura a não ser por nossas lanternas grudadas em nossas testas que ligamos

Peter se aproximou da porta e agachou puxando um ferrinho arrombando ela e mandou um sinal para Hendrick que foi para a janela a destravando da mesma maneira e entrando cada um por um lado

- você tem certeza que eles não fazem isso nas horas vagas? - perguntou Helena chocada e ri baixinho entrando na casa

acendemos a luz da sala e os meninos abriram a caixa com os ovos

Peter pegou um e tacou na parede gritando

- vai se foder seu chefe de merda!!

Sorrimos e começamos a tacar ovos por todos os cantos da casa, sala, cozinha, nas paredes e até na porra da TV

Subimos para o segundo andar e fizemos o mesmo processo antes de soltar os bichos e gargalhadas rolavam pelo ar com a pura adrenalina

Hendrick me entregou a gaiola onde o gambá estava preso

- Vá em frente minha princesa valente, se vingue - sorri boba e todos saíram do quarto que já estava com as coisas reviradas e com um odor horrível, soltei o gambá calmamente e fechei a porta descendo as escadas vendo Peter e Hendrick jogando os ratos de pouco em pouco nos cantos e Helena as baratas

*Miguel*

- Quanto tempo ainda? - perguntou aninha

- 5 minutos ainda, linda do miguelito - fiz carinho no seu cabelo sorrindo e ela riu boba

Mas logo nosso sorriso foi morrendo ao vermos um carro sendo estacionado frente à casa que estávamos atacando

Puta merda três vezes

Arregalei os olhos e fui para a parte de trás da Van falando com eles

- Abortar missão, abortar missão porra!! o urubu chegou, repito, o urubu chegou!! - me virei para a Ana- dirige, rápido

- QUÊ? MAS E ELES? VOCÊ TA LOUCO PORRA?

- Só dirige, eu sei o que tô fazendo mulher!! - ela pisou fundo fazendo o carro sair dali o mais rápido possível

*Maria Júlia*

abortar missão, o urubu chegou!!!

foram as últimas palavras que ouvimos de Miguel antes de ficarmos desesperados

- E agora? porra, eu não quero ser presa caralho!! eu vou matar aquela bailarina - exclamou Helena

- Vou perder tudo, vou perder tudo - Peter repetia isso para si mesmo

- Eu posso ser preso mas assim que sair eu vou atrás de você - diz Hendrick

Mas que diabos, até numa hora dessas?

- Cala boca imbecil, momento de tensão - digo irritada

- saiam pelos fundos, rápido porra, pulem o muro, nós estamos na rua de trás

- Mas tem mais casas atrás caralho, vamos ser vistos - diz Peter

- Qual da parte que as outras casas não tem segurança e tudo escuro você não entendeu?

Ouvimos uma risada masculina que acredito ser de Gustavo e risadas femininas e sem pensar duas vezes saímos correndo feito loucos para os fundos pegando impulso e subindo no muro pulando paro o outro lado

Ouvimos um tombo enorme e depois as reclamações de Helena dizendo que nunca mais faria isso de novo

Um fungar e latidos alcançaram nossos ouvidos e percebemos então, que nessa casa tinha cachorro, um não, três. TRÊS.

Eles latiam sem parar e as luzes do andar de cima foram ligadas, voltamos a correr como nunca aproveitando que estavam amarrados e pulamos o muro passando para outra casa e correndo por ela pulando de novo e de novo

pra que academia?

Os meninos faziam isso numa facilidade que tô começando a acreditar que não é a primeira vez mesmo, enfim chegamos à rua ofegantes e com os corações batendo forte que estavam para saltar do peito e avistamos a Van na esquina

- CORRE, PORRA, CORRE!! - gritou Miguel balançando as mãos como se fosse nos incentivar a correr mais rápidos

Corríamos desesperados e chegamos a Van entrando um atrás do outro, Miguel fechou a porta e Ana deu partida na Van pisando fundo e nos tirando dali. Ficamos uns segundos em silêncio respirando fundo buscando por ar e sentindo a adrenalina percorrer por todo nosso corpo e nos encaramos caindo na gargalhada, todos nós.

Tombei a cabeça no ombro de Hendrick gargalhando como nunca sorri na vida

- Eu nunca me senti tão vivo, porra!! - diz Peter sorrindo sapeca e limpando as lágrimas dos olhos

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no final deu tudo certo 🤣

esses seis ainda vão me deixar louca

foi uma ideia inesperada e errada? sim, mas lá na frente vocês vão desejar que eles tivessem feito pior.

votem e comentem. 💖

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora