Capítulo 51.

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*Hendrick Kavinsk*

Eu estava me sentindo um merda, a cada minuto que passava mais eu sentia falta daquela mulher em meus braços, como eu queria tocá-la e amá-la. Depois daquela noite meus dias se resumiram a beber e ficar estressado vinte e quatro horas por dia.

Até mesmo demiti a Carla quando ela veio cheia de gracinha para cima de mim.

flashback on

- O que pensa que está fazendo? - pergunto a Carla ao vê-la completamente nua em minha sala.

- Eu pensei em acalmá-lo e mostrar como uma mulher de verdade faz - diz vindo em minha direção e virei o rosto para o lado não querendo vê-la nesse estado.

- Se vista agora mesmo, Carla. Eu não sei o que te fez ou faz pensar que um dia vou desejar você, lamento dizer que esse dia nunca chegará, sinto muito. Isso passou do limite, termine de se vestir e pegue suas coisas, você está demitida! - digo e me retiro da sala, era só o que me faltava agora..

flashback off

- Miguel não disse nada com você? - perguntou Peter me tirando dos meus devaneios.

- Ele sumiu, não me disse nada também. Isso me soa preocupante demais.

Ficamos os dois calados sentados no sofá do meu apartamento bebendo whisky, Miguel havia sumido desde o dia em que viu Helena chorando e a levou para casa, na verdade o mesmo não me disse quase nada na noite em que briguei com Maria Júlia.

Ouvimos a porta ser aberta e o mesmo passou por ela arrumado e sorridente.

- Olá meus queridos - diz se servindo de whisky e sentou-se na poltrona a nossa frente.

- Por onde estava? - perguntei.

- Acho que você não vai querer saber.. - diz e arqueio a sobrancelha para ele que estava rindo demais até então - estava transando, satisfeito?

- Todos esses dias? você não tá zangado? - Peter semicerrou os olhos analisando cada movimento de Miguel.

- Sim, Peter. todos esses dias, estava precisando, tinha algo me deixando tenso.

- Quer contar para nós? - perguntei bebendo do meu whisky.

- Sinceramente? não.

- Você vai sair agora também? - perguntou Peter.

- Vou, agora mesmo, só passei para dar um oi. - diz olhando em seu relógio.

- Cristhina? - perguntei.

- Ela mesmo, mas mudando de assunto. Como vocês estão?

- Nada bem - dissemos Peter e eu em uníssono.

- Ufa! ainda bem, se estivessem bem eu iria ficar extremamente triste em saber disso.

- Agora é uma boa hora para você dar aqueles conselhos bacanas - comentou Peter e apontei para ele concordando.

- Verdade, não tá afim de chamar o Miguel sério por alguns minutos e nos aconselhar?

- Tsc! não vai rolar irmãozinhos - piscou para nós se levantando - estou de saída, não tenho porque ajudar duas pessoas que escolheram magoar alguém.

- Não foi bem minha culpa - digo em minha defesa - ela disse que não me amava, o que eu podia fazer?

- Não se faça de tolo, você tem sua parcela de culpa também. Você entrou nessa já sabendo como ela era, você mesmo nos disse o quanto ela é fechada e insegura, todos nós sabemos que você é um observador e tanto Hendrick. E mesmo com isso, você deixou Renata se aproximar um pouco de você e eu ainda avisei para que tomasse cuidado com isso. Se você ama essa mulher então vá atrás dela, oras!

- Eu já fui e ela me expulsou, satisfeito?

- Não, não estou. Vocês dois quebraram a única regra que a gente exige um do outro, não magoar a mulher que amamos! isso é tipo uma regra sagrada e vocês dois quebraram.

- Não é bem assim - Peter diz e entendi o que ele quis dizer rapidamente e o cortei.

- Você a ama sim, só não quer enfrentar isso. - digo sério.

- Eu fiz o que vocês me aconselharam, levei o tempo que foi preciso!

- Nada disso! Peter o que você fez foi um comportamento ridículo. - Miguel começou a andar de um lado para o outro tentando se acalmar - Você devia ter sido honesto desde o começo, você não teve culhões para dizer a ela que não seria algo sério, deixou ela se enganar num mar de ilusão sozinha, você foi babaca! extremamente babaca!

- Aí, vamo se acalmar, não é pra gente brigar por causa disso - digo tentando apaziguar a situação.

- Ninguém tá brigando, se ele ficar bravo por ouvir a verdade pois sinto muito para ele.

- Eu não estou bravo, eu sei que estou errado - diz Peter friamente e Miguel o encara sério - você acha que não me arrependo? você pode achar essa merda toda fácil mas para mim não é, não diminua o que sinto.

- Então não use isso como justificativa pra ser cuzão - Peter se levantou e levantei também entrando no meio dos dois.

- Já chega dessa porra! calem a boca os dois - os dois se sentam novamente calados - Peter você errou, eu já disse que você ter traumas não te dá passe livre pra ser cuzão com ninguém! e eu também errei com a Júlia, eu sei disso. Eu devia ter tido calma mas eu estava enraivado e com ciúmes, muito ciúmes em vê-la com o Jace - olhei para Miguel - nós dois quebramos a regra, sabemos disso, mas nós precisamos ficar juntos agora e não brigar um com o outro, eu preciso de ajuda e um plano bom.

- Tá bom, você tem razão - Miguel diz e levanta indo em direção à Peter - me desculpe por isso, mas não retiro as verdades que disse.

- Tudo bem, eu mereço ouvi-las mesmo.

Os dois se abraçaram e fui entrar no meio também e ficamos assim por alguns segundos.

- Qual o plano? - perguntou Peter.

- Não faço ideia, ela não quer falar comigo.

- Eu tenho um plano, mas ele é um pouco maluco. - olhei para Miguel assim como Peter.

- Envolve algo do tipo invadir casas?

- Não exatamente..

- Maluco em que nível, Miguel? - perguntou Peter o encarando sério.

- Depende da forma que se olha. - diz e respiramos fundo para ouvir a nova ideia mirabolante de Miguel.

Eu precisava dar um jeito de fazer ela me ouvir, precisava esclarecer as coisas com ela e ter ela de volta, ela vai ser minha custe o que custar.

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Boa leitura!

Só para avisar vocês que estamos na reta final desse casal maravilhoso e que estou feliz demais em ver que vocês chegaram até aqui comigo nessa jornada tão maluca! Eu amo tantos vocês meus príncipes e princesas! ❤

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora