Capítulo 16.

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*Maria Júlia*

Guarda_jab_direto_gancho

Ele cambaleou para trás e fui para cima lhe dando uma sequência de chutes de três golpes

parte lateral da coxa_costela_queixo

O corpo do homem no qual estava lutando comigo tombou para trás no tatame, sorri e me virei pro professor

- Você sempre derruba todos os caras da academia, desse jeito só faz eu me apaixonar ainda mais por você - disse Tyler, meu professor que me ensinara desde nova vários tipos de luta

Tyler era alto, forte, bronzeado, cabelo preto e os olhos escuros como a noite, quando comecei ele tinha a mesma idade que eu, mas ele já lutava desde que se entendia por gente, eu comecei aos 16 anos depois de cansar de apanhar no colégio para uma garota e seu grupinho.

- Quer apanhar também? - zombei

- Eu que te ensinei, garota, me respeite! - colocou a mão no peito ofendido e sorri com o gesto.

- Me ensinou e hoje em dia sou melhor que você. - dei uma piscadinha e desci do tatame.

- Júlia - me virei para ver o dono da voz, era o homem no qual eu havia derrubado a um minuto atrás, Charles.

- O que você tem nessa mão? - perguntou e gargalhei junto de Tyler.

Coloquei as mãos frente ao rosto e disse:

- Punhos de aço, meu amigo. - sorri ladino ele saiu indo em direção ao banheiro alegando que ficaria meia hora na banheira com gelo em casa.

- Você está muito danadinha Júlia, não tô gostando.

- Você que me ensinou a ter ao menos um pouco de confiança, Tyler. Terá que me aguentar.

Dei uma batidinha leve em seu peito e saí em direção ao banheiro feminino para banhar e me trocar. Miguel ligou para todos dizendo para sairmos juntos para jantar haja vista que agora éramos um grupo e tínhamos que agir como tal.

Dei partida no carro e fui em direção ao restaurante, passei pela porta giratória e cheguei encontrando apenas o Kavinsk.

Meu coração deu uma leve acelerada, minhas mãos começaram a suar e senti minhas pernas amolecerem

mas que porra é essa dona Júlia?

- Olha só se não é a mulher mais bela que eu conheço - sorri sem jeito e me sentei à mesa ao seu lado.

- Oi Hendrick, você tá sumido em - mudei o assunto mas sei que ele notara pois sorriu e disse:

- Ando bastante ocupado, consegui fechar negócios com todos os peixes grandes do evento, é muita coisa para organizar no momento, desculpe-me pelo sumiço. - tocou por cima da minha mão e senti uma leve corrente elétrica passar por todo meu corpo.

Olhamos sincronizados para nossas mãos juntas e ele levantou o olhar de encontro ao meu, engoli em seco e tentei buscar ar que eu nem sabia que tinha fugido de meus pulmões.

- Júlia, eu queria conversar com você sobre...

- PETER EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ POR HOJE - ouvimos Miguel gritar enquanto Peter entrava de mãos dadas com Helena e Ana mais a frente.

Puxei minha mão rapidamente e respirei fundo tentando manter a postura que eu já não estava mais sabendo manter perto daquele homem e fiz uma pequena nota mental de agradecer ao Miguel depois.

- Olá meus queridos - Miguel sentou-se à mesa e logo em seguida todos sentaram-se também.

Peter logo que se sentou olhou entre mim e Hendrick como um falcão, como se tivesse sentindo a tensão toda pelo ar, ele semicerrou os olhos e sorriu discretamente.

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora