Capítulo 41.

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*Maria Júlia*

Acordei sentindo um cheiro delicioso de café, ovos e bacon e percebi que Hendrick já havia acordado. Levantei da cama sentindo um pouco de dor em minha intimidade mas logo sorri lembrando-me do que causara isso e fui tomar meu banho.

Desci as escadas e avistei Hendrick somente de calça deixando seu peito nu e seus músculos a mostra e mordi meu lábio inferior o secando descaradamente.

- Se você continuar me olhando assim, eu vou foder você aqui mesmo - diz e ri fogosa indo abraçá-lo - Bom dia minha princesa.

- Bom dia gostosão - bati em sua bunda e sentei-me à mesa tomando meu café - as meninas não apareceram aqui? que estranho - digo - sempre tomamos café juntas.

- Acho que elas sabem que estou aqui, devem ter ouvido você ontem - zombou e joguei minha sandália nele que gargalhou ao senti-la.

- Você está muito engraçadinho pro meu gosto.

- Estou é? - deu de ombros - nem ligo sabia.

- Idiota.

Sentou-se na mesa e tomamos nosso café antes de ele ir para casa trocar de roupa e ir trabalhar assim como eu.

- Quer que eu passe aqui para deixá-la no trabalho? - perguntou.

- Não vai se atrasar?

- Eu sou o chefe, se alguém achar ruim por isso eu o demito.

- Nossa Hendrick, não seja o chefe babaca - digo em meio aos risos.

- Eu não sou, trato todos muito bem, só não são pagos para encher meu saco.

Assenti e continuamos a comer. Logo que terminamos me despedi dele com um beijo e subi para me trocar, optei por uma calça social preta, um top branco e um blazer na cor nude combinando com meus saltos e prendi meu cabelo em um coque deixando alguns fios soltos e desci a escada encontrando Hendrick de camisa social branca e um colete, sexy demais.

- Você é muito gostoso.

- E todo seu, minha linda - puxou me para um beijo e logo saímos indo para a minha empresa.

Desci do carro depois dele abrir a porta para mim e estava me despedindo do mesmo quando vimos meu chefe aparecer e olhar surpreso para nós. Hendrick e ele se encararam por longos segundos até que ele entrasse na empresa.

- Eu não gosto nenhum pouco desse cara - diz e pude ver seu maxilar travando.

- Eu também não.

- Toma cuidado com ele, por favor. A qualquer sinal de algo diferente me liga na mesma hora.

- Ei, se esqueceu que eu sei me defender?

- Eu sei disso, só se cuida. Eu não sei o que eu seria capaz de fazer se ele fizesse algo contigo. - franzi o cenho por sua fala mas a ignorei por hora.

- Tudo bem, não se preocupe. Vem me buscar?

- Sim, mas vamos voltar com os meninos, vou buscar eles no trabalho hoje, é bom que jantamos todos juntos, o que você acha?

- Para mim parece ótimo - dei-lhe um beijo e adentrei a empresa me preparando para mais um dia.

O baile fora um sucesso e eu estava cheia de eventos para organizar, Marina cumprira sua promessa de indicar meu trabalho para todos naquele salão e agora meu telefone não parava de tocar, todos pediam por mim e meus serviços.

A linha do chefe tocou e atendi ouvindo-o me chamar para sua sala e assim fui.

- Pois não? - digo me sentando à sua frente.

- O baile foi um sucesso, Júlia. Meus parabéns a você, nossa empresa está muito bem falada.

- Obrigada - sorri orgulhosa para ele.

- Não tinha como dar errado, haja vista que está dando para o filho da dona do evento, devo dizer que realmente você me surpreendeu agora. - meu sorriso morreu no mesmo instante e minha única vontade era de voar em cima dele para arrancar lhe o pescoço fora.

- Tudo deu certo por minha competência, eu sempre fui esforçada e dedicada em relação ao meu trabalho. O que faço fora não é da sua conta.

- Desculpa, você tem razão. Não há porque me zangar com seu comportamento de vadia que dorme com nossos clientes, quem será o próximo? - ele sorriu ladino e senti meu corpo esquentar, mas eu não iria perder a postura, não para ele.

- Acho que feri seu ego, né? - digo sorrindo e o mesmo para de rir - Me queria tanto, acredito até que sonha com isso, mas lamento dizer a você, você nunca me terá. - me levantei e saí da sua sala pisando duro.

Estava decidida a cair fora desse lugar, só precisava fechar todos os eventos que tenho para concluir e assim que terminar, estou fora. Quem sabe eu não abra minha própria empresa? não sei, pensarei melhor depois. A única coisa que quero é cair fora desse lugar e ir para longe desse idiota.

O restante do dia parece que se arrastou, estava terminando de organizar um evento quando ouço uma batida na porta e Gustavo passa pela mesma.

- O que você quer? me insultar mais?

- Não, me redimir.

- Você? - arqueei uma sobrancelha olhando para o homem na minha frente.

- Você tinha razão, o que você faz fora daqui não é da minha conta. Agi como um babaca.

- Hum - digo.

- Não precisa me desculpar, eu errei e está tudo bem, só precisava pedir desculpas a você.

- Está certo, já acabou?

- Sim, você ainda vai ficar aqui? todo mundo já saiu, não ouviu eu dizendo que poderiam sair mais cedo?

- Ouvi sim, só preciso terminar isso aqui e irei ir embora, não se incomode.

- Não estou, eu ainda não vou embora também. Vim buscar um café, estou de cabeça cheia.

- Eu que o diga.

- Aceita um também?

- Eu pego um para mim já já.

- Não tem problema, eu pego. Me deixe ao menos fazer isso, por favor.. - respirei fundo e assenti, estava com a cabeça quente demais para discutir.

Não demorou muito para que ele voltasse e assim que me entregou tomei na mesma hora.

- Isso aqui está muito bom.

- Eu também gosto dele assim - Diz e se retira da sala me deixando sozinha.

Volto para os meus afazeres e estou quase concluindo quando sinto uma sensação estranha no corpo, como um formigamento, minha vista começa a embaçar e sinto meu corpo pesar para a frente caindo na mesa e tudo escurecer imediatamente...

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Boa leitura! 👀

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora