Na manhã de segunda feira, a ruiva acordou cedo, apesar de não ir trabalhar. Queria aproveitar para descansar da viagem longa. Só voltava ao trabalho daí a dois dias.
Maraisa: Acordaste cedo - sorriu na mesa da cozinha
Maiara: Bom dia, meninas - deixou um beijo na testa da Maraisa e outro na da Marília - quero aproveitar para passear - sentou-se com elas na mesa - vocês vão trabalhar?
Maraisa: Sim, tenho o prazo a começar a apertar - suspirou
Marília: Eu também tenho umas reuniões, hoje - sorriu de canto
Maiara: Vou aproveitar para passear um pouco - sorriu de canto - talvez vá à praia
Maraisa: Sem nos fazeres inveja, ok? - brincou
Conversaram um pouco, mas as duas tiveram de sair para os seus trabalhos.
Maraisa: Mai? - a ruiva olhou para ela - incomoda-te que a Marília durma cá, ou passe cá algum tempo?
Maiara: Não, claro que não - sorriu - ela é uma excelente companhia, além disso, adoro ver-te feliz
Maraisa: Oh, lá vem - sorriu e revirou os olhos
Maiara: Quando é que admites que estás perdida de amor por ela? - abraçou a amiga - deixa de ser cabeça dura
Maraisa: Nós estamos bem assim, não temos de rotular nada - sorriu
Maiara: Cabeça dura - deu uma risada
A morena foi trabalhar para o seu escritório, e a ruiva depois de arrumar a cozinha, colocou o biquíni e foi até à praia. Na mala, levava um livro, e nos ouvidos música animada para lhe levantar o astral.
Estendeu a toalha na areia, tirou o vestido solto que estava a usar, e antes de ficar só a aproveitar, tirou uma foto, que colocou nas redes sociais.
Viu as mensagens que tinha no telemóvel e, muitas, eram do Gustavo. Ele pedia-lhe que falasse com ele, que o deixasse explicar-se. A ruiva resolveu ignorar. Precisava de espairecer um pouco a cabeça antes de falar com ele, se chegasse a falar.
No hospital, o médico estava entre as suas consultas, o que o ajudava a não pensar tanto na Maiara, e no que sentia por não poder estar com a sua ruiva. Durante a manhã, fez uma pausa, e desceu para tomar um café. Estava sentado na mesa, a ver as redes sociais, quando lhe apareceu uma foto da engenheira. Ela estava na praia, certamente a aproveitar alguma folga. A ruiva estava magnífica. Tinha o cabelo preso em um coque largo, e tinha um sorriso amoroso na cara. Ele, ficou a observar a foto por algum tempo. Estava com saudades dela.
Henrique: Posso? - falou à frente do amigo e ele assustou-se - não te queria assustar - deu uma risada - que cara é essa? Não conseguiste resolver as coisas com a Maiara?
Gustavo: Não - suspirou
Henrique: As mulheres são foda, meu amigo - sorriu compreensivo
Gustavo: Falei com a Mara, ela vai dar-me uma ajuda, porque a Mai não me quer ver, nem banhado de ouro - suspirou derrotado
Henrique: Ela pensa que te meteste na cama de outra assim que foi embora, é normal que não te queira ver, companheiro - sorriu - ela bateu forte aí dentro
Gustavo: Mais do que eu achava - sorriu de canto
Henrique: Luta por ela - sorriu
Depois de conversarem mais um pouco, voltaram ao trabalho. O dia estava corrido e agitado para o Gustavo. Comeu algo rápido no gabinete entre consultas.
Já Maiara, estava a aproveitar a praia. Deu alguns mergulhos, apanhou sol, e descansou, o corpo e a mente. Voltou para casa, ao início da tarde. Tomou um duche para tirar o sal, e areia do corpo. Estava a preparar-se para voltar a sair.
Maraisa: Não sabia que já tinhas chegado - sorriu na entrada do quarto da amiga
Maiara: Sim, mas vou já sair - sorriu - há uma exposição aqui perto, vou lá
Maraisa: Adoro que estejas a tirar tempo para ti - abraçou a amiga
Maiara: Sabe bem, e ajuda-me a espairecer a cabeça - sorriu de canto
Maraisa: Não achas que...
Maiara: Preciso de organizar a cabeça antes de saber se quero ouvir ou só ignorar - interrompeu a amiga
Maraisa: Eu acho que o devias ouvir - a outra olhou-a surpreendida - sim, ainda me apetece dar-lhe um chuto em um certo sítio, mas acho que só vais saber a versão dele se o ouvires - sorriu
Maiara: Eu depois decido - deu um beijo na cara da amiga - precisas de alguma coisa?
Maraisa: Que aproveites muito - deu um abraço e um beijo na testa da amiga
Depois de se despedirem, a ruiva saiu em direção à exposição. Passou ali horas e horas ali. E saiu já perto da hora de jantar. Aquelas horas sozinha tinham-lhe feito demasiado bem. Sentia-se leve, e animada.
Ainda era dia, apesar de já ser perto da hora de jantar, então optou por ir para casa a pé.
Caminhou pela cidade, o caminho demorou cerca de 30 minutos. Parou em um restaurante e comprou jantar para levar para casa. Contou com a Marília, não sabia se a loira ia estar lá, mas levou para ela também.
Quando entrou em casa, deixou as coisas na cozinha e quando ia até ao quarto, ouviu barulho no escritório da Maraisa. Foi até lá.
Maraisa: Oi, Mai. Não te ouvi entrar - sorriu
Maiara: Como correu o trabalho? - perguntou animada - trouxe jantar
Maraisa: És um amorzinho - abraçou a amiga
Maiara: Vou tomar banho, e jantamos, está bem?
Maraisa: Combinado - sorriu
A ruiva, foi até ao quarto, tomou um duche. Depois, colocou uns shorts confortáveis, e uns tshirt comprida. Saiu até à sala e ouviu a campainha tocar. Achou que era a Marília, então deixou para ser a Maraisa abrir a porta. A morena não apareceu, ela chamou-a, e ouviu a campainha novamente.
Foi até lá, e quando abriu, não viu ninguém. Estranhou, e quando ia a fechar a porta, viu uma caixa branca no chão.
Pegou nela, levou-a para dentro e fechou a porta atrás de si, ela não queria criar expectativas, mas tinha uma ideia de quem poderia ter deixado ali aquilo. Quando abriu a caixa, lá dentro, havia uma garrafa de vinho, e uma caixa com os seus chocolates favoritos.
Estava a estranhar a Maraisa não ter aparecido ainda. E, a ruiva, percebeu que o quer que estivesse a acontecer tinha o dedo dela.
Ela apercebeu-se, depois, que na caixa havia um pequeno bilhete. Abriu-o.
"Mai, eu só peço que me oiças. Não te quero magoar. Ouves-me?"
A engenheira, deu um sorriso com aquele bilhete. Estava a sentir-se acarinhada. Mas também não se esquecia do que viu, nem na porta do hospital, nem no barzinho, à noite. Aquela mulher pendurada do pescoço do Gustavo, e a provocá-lo.
Ela, pegou no telemóvel, e parou, sem saber o que escrever para o homem.
Nesse momento, a campainha de casa voltou a tocar.
———————————————————
Aiiii... O que será que vem aí? 😬

VOCÊ ESTÁ LENDO
Contramão
FanfictionMaiara, uma engenheira cheia de gavetas desarrumadas na sua mente, encontra em Gustavo o ombro amigo que lhe fazia falta, para voltar a sorrir depois da sua vida ter sido virada do avesso. Além de uma bela amizade, haverá espaço para algo mais? Fiq...