Era sexta à hora de almoço, a ruiva estava com alguns colegas a almoçar, em um restaurante perto da empresa onde trabalhava.
X: Qual das senhoritas se chama Maiara? - apareceu uma funcionária na mesa
A ruiva identificou-se.
X: Entregaram isto para si - sorriu
A mulher, esticou-lhe um ramo de flores, maravilhoso e delicadamente embrulhado em um papel castanho. Dentro do ramo de flores, havia um pequeno envelope. Ela abriu-o.
"Jantas comigo, esta noite? Beijo de saudades 🤍"
A ruiva sorriu com aquilo e pegou no telemóvel, sobre o olhar e brincadeiras dos colegas que estavam com ela. Afastou um pouco.
Chamada On
Gustavo: Boa tarde, senhora engenheira - dava para notar o sorriso dele
Maiara: As flores são lindas - sorriu
Gustavo: Flores? Não sei do que falas - deu uma risada - fico feliz por teres gostado
Maiara: Agora vou ter ouvir os meus colegas, não é? - brincou
Gustavo: Bom, isso não será mau se aceitares o convite. Aceitas?
Maiara: Aceita, sim
[...]
Gustavo: Então, até logo e bom trabalho, ruivinha
Maiara: Até logo, e bom trabalho para ti - falou simpática
Chamada Off
Depois de falar com o médico, ela voltou à mesa e terminou o almoço. Apesar de alguns comentários dos colegas, eles estavam felizes porque a engenheira estava feliz. Eles sabiam o que lhe tinha acontecido.
Depois do trabalho, a ruiva seguiu até casa com o seu ramo de flores.
Maraisa: Flores? - sorriu
Maiara: Do Gustavo - sorriu sem jeito - mandou entregar no restaurante onde eu estava a almoçar
Maraisa: Que romântico, o doutor - brincou - são muito bonitas
Maiara: Pois são - sorriu e olhou para o ramo na sua mão - e traziam um bilhete
Mostrou o bilhete à amiga.
Maraisa: Jantarinho e tudo - sorriu - que romântico
Maiara: Ele faz-me sentir tão bem - sorriu de canto
As duas conversaram um pouco, na sala de casa.
Maiara: No domingo estava a pensar ir visitar a sepultura do Matias. Faz um ano que ele... - suspirou
Maraisa: Eu posso ir contigo, Mai - abraçou-a com carinho
Maiara: Se eu não o tivesse perdido, ele estava quase a fazer 1 aninho - chorou um pouco - talvez já balbuciasse alguma coisa, ou já andasse a gatinhar pelo chão - sorriu no meio do choro - já me chamava mamã numa língua só dele. Custa-me tanto - caiu em um choro compulsivo
Maraisa: Meu amor - abraçou-a com carinho e todo o seu coração
A ruiva chorou nos braços da amiga durante muito tempo. A dor da perda do filho era muito grande. A engenheira, sentia-se culpada pelo que aconteceu, mesmo sabendo que foi um acidente, e que o culpado disso foi o carro que bateu no dela. Mas a culpa que carregava no peito, tinha-a sempre. Achava sempre que podia ter saído mais cedo ou mais tarde do trabalho, e talvez assim tivesse evitado o acidente.

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Contramão
FanfictionMaiara, uma engenheira cheia de gavetas desarrumadas na sua mente, encontra em Gustavo o ombro amigo que lhe fazia falta, para voltar a sorrir depois da sua vida ter sido virada do avesso. Além de uma bela amizade, haverá espaço para algo mais? Fiq...