66. Mensagem

182 23 13
                                        

⚠️ alerta de possível gatilho ⚠️

Capítulo surpresa da noite 🤍

Espero que não se esqueçam da ⭐️, foi difícil conseguir publicar dois hoje!

———————————————

A espera estava a ser agonizante para a Maraisa, e o Gustavo, que estavam na esquadra. Os amigos e família, estavam todos juntos em casa da morena. A Marília tinha-os levado para lá. Os pais do Gustavo, também estavam ali.

Gustavo: Digam-nos alguma coisa, por favor - falou para dois agentes que estavam ali

Agente: A operação ainda está a decorrer, vão mesmo ter de esperar - falou com compaixão

Gustavo: Mas encontraram-na? - tentou saber alguma informação

Agente: Lamento, mas vão ter mesmo de esperar por notícias do Delegado Huff - sorriu de canto

O médico sentou-se com a Maraisa, os dois estavam agitados. Algum tempo depois, a mãe do Gustavo entrou na esquadra, acompanhada da Marília.

Jussara: Como é vocês estão? - abraçou a morena e depois o filho

Gustavo: Ainda não sabemos nada - suspirou

Maraisa: O Gustavo falou com ela - falou abraçada à Marília - com aquela filha do demónio

Marília: Falou?

Eles contaram às duas mulheres o que tinha acontecido, e o que tinham falado com o delegado. Além disso, também lhes disseram o que a Laura tinha falado e dito ao telemóvel.

Jussara: Meu Deus, pobre menina - falou e não conseguiu controlar as lágrimas

Os quatro ficaram abraçados durante bastante tempo. A mãe do médico, levantou-se pouco depois e trouxe comida para a Maraisa e o Gustavo.

Maraisa: Eu não tenho fome, obrigada - sorriu de canto

A mais velha baixou-se à altura dela.

Jussara: Eu acredito que não, querida - limpou-lhe algumas lágrimas da cara - mas não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui, nem o que vai acontecer, e precisamos de ti, forte - sorriu carinhosa - come, está bem?

Marília: Vá lá, amor, faz esse esforço - deu-lhe um beijo na cabeça - por ti, pela Mai e pela Júlia, pode ser?

A morena aceitou o pão e comeu a custo.

Jussara: Tu também, filho - esticou-lhe a comida - vocês precisam de se manter fortes

Gustavo: Não me passa nada na boca, mãe

Jussara: Faz o esforço, por elas - pediu com calma e um sorriso carinhoso

Eles assim fizeram e comeram, depois disso, beberam um enorme café. A noite já estava a cair e eles continuavam sem notícias.

Gustavo: Dói-me tanto a cabeça - suspirou - só as quero de volta - chorou

Jussara: Não podemos perder a esperança - abraçou o homem

Começaram a ouvir um grande barulho na entrada da esquadra. Foram até lá, e viram alguns polícias, entre eles o delegado Huff, a chegar. Todos eles traziam as roupas ensanguentadas. Isso não podia ser um bom sinal.

D. Huff: Eu só preciso de 2 minutos para trocar de roupa - falou para um dos agentes da recepção - já vou ter com a família

Eles ouviram aquilo ao longe, porque o homem não os tinha visto. O Gustavo e a Maraisa caíram em um choro sem fim, o cenário não era nada bom, e na cabeça deles, e só podia significar uma coisa.

D. Huff: Boa noite, podem acompanhar-me à minha sala? - apareceu na sala de espera algum tempo depois

O Gustavo e a Maraisa seguiram atrás dele, a Marília, e a Jussara, ficaram na sala de espera da esquadra.

D. Huff: Podem sentar-se - apontou para as cadeiras - antes de mais peço desculpa pela demora e a falta de notícias

Maraisa: Delegado, a Maiara e a bebé? Nós vimo-lo entrar cheio de sangue - falou ainda em pé

D. Huff: Bom, eu vou contar-vos tudo, então - respirou fundo - nós conseguimos localizar onde a Laura tinha a Maiara, o lugar era a cerca de 1 hora daqui, pelo que ainda demoramos um pouco a chegar

Os dois à frente dele estavam em pânico, e na expectativa do final da história.

D. Huff: A casa estava guardada por alguns seguranças, o que nos atrasou um pouco, porque não tínhamos a certeza do que íamos encontrar lá dentro - suspirou - elas estavam em uma casa velha, houve uma troca de tiros entre nós e os seguranças que estavam ali - olhou sério para os dois à  frente dele - mas enfim, conseguimos entrar na casa

Gustavo: Delegado - pediu com lágrimas nos olhos

D. Huff: O que vos vou contar a seguir não é fácil de ouvir - falou sério - a Laura provocou o parto à Maiara

Os olhos do Gustavo e da Maraisa rasaram de água nesse momento. O coração deles acelerou de uma forma descontrolada.

D. Huff: Mas, como o corpo da mãe ainda não estava devidamente preparado, nem a criança na posição correta, não estava a correr como a Laura queria - suspirou - quando entramos, ela estava a fazer uma cesariana na Maiara, ela já tinha a barriga dela cortada

Maraisa: Eu mato aquela filha da puta - levantou-se de repente e deu um pontapé numa parede - eu juro que a mato com as minhas mãos - falou com raiva

O Gustavo levantou-se e abraçou a morena. Os dois estavam a chorar imenso.

D. Huff: Eu sei que não é fácil de ouvir, e lamento não termos chegado mais cedo, só queríamos ter evitado tudo isto, na mãe, e na bebé - suspirou

Depois de algum tempo, os dois voltaram a sentar-se nas cadeiras à frente do delegado.

D. Huff: A Maiara estava inanimada

Gustavo: Ela cortou-a a sangue frio? - o delegado concordou com a cabeça

D. Huff: A Maiara estava amarrada, e bom... - suspirou - ela estava sem qualquer reação

Maraisa: Que puta - gritou - como é que alguém é tão cruel? Como? Isso é tortura - a morena estava claramente alterada

D. Huff: Por isso é que nos viram ensanguentados - respirou fundo

Maraisa: Ela está presa aqui?

O Gustavo estava sem reação, pela cabeça dele passavam as hipóteses de tudo o que aconteceu. O corpo da Maiara a ser mutilado, a tortura que ela sofreu por ter sido cortada a sangue frio. O facto de o parto ter sido provocado e de a bebé poder não ter sobrevivido, assim como a ruiva. Ele ainda não sabia como estava a Maiara, nem a filha.

Maraisa: Delegado, se ela está presa aqui, eu quero vê-la - a voz dela era carregada de raiva

Os olhos da arquiteta estava cheios de lágrimas.

Maraisa: Feche-me em uma sala com ela - pediu com raiva - eu vou espancá-la, eu vou matá-la... Aquela puta

D. Huff: Não, ela não está presa - os outros dois olharam espantados para ele - a Laura foi abatida a tiro, por um dos meus agentes, que ela tentou agredir

Maraisa: E que arda no inferno

Gustavo: Delegado, a Maiara e a nossa filha? - ele engoliu em seco

Nesse momento, o telemóvel do delegado apitou com uma mensagem. Ele depois de ler, respirou fundo.

D. Huff: Venham comigo...

————————————————

Até amanhã 🫣

Contramão Onde histórias criam vida. Descubra agora